Regina Márcia Moura Tavares 523h
O ano em curso marca uma efeméride significativa: os 500 anos de nascimento de Luís Vaz de Camões, o grande poeta português. A data de seu nascimento ainda é uma das zonas nebulosas em sua trajetória. Isabel Rio Novo, escritora portuguesa e autora da recente obra” Fortuna, Caso, Tempo e Sorte: Biografia de Luís Vaz de Camões” diz que num documento de 1550 o poeta tinha 25 anos; assim sendo, terá nascido entre 1524 e 1525.
Em Portugal, eventos, palestras, exposições e leituras de “Os Lusíadas” e de suas poesias líricas vêm acontecendo ao longo do ano e irão até 2026. Universidades, bibliotecas e academias literárias do mundo todo têm se engajado em reavivar a obra e a vida de Camões, buscando não só rememorar seu impacto, mas também estimular novos olhares e interpretações sobre seu legado.
No Rio de Janeiro, o Real Gabinete Português de Leitura promove o evento “Quinhentos Camões – o Poeta Reverberado”, que prevê a cada mês uma mesa-redonda com convidados do Brasil e exterior até junho de 2025. Já a Biblioteca Nacional sediou até outubro a exposição “A língua que se escreve sobre o mar – Camões 500 anos”.
Em outros países lusófonos, com Angola, Moçambique e Timor – Leste, também ocorrem eventos em homenagem ao poeta, destacando a herança cultural partilhada por esses povos através do uso da mesma língua.
“Os Lusíadas”, poema épico de 8.816 versos, narra a viagem marítima de Portugal até a Índia, entre 1497 e 1499, liderada pelo navegador Vasco da Gama. Esta obra é considerada um dos maiores feitos da literatura renascentista europeia, ao lado da “Divina Comédia” de Dante e a “Eneida” de Virgílio; nela, não apenas estão relatadas as aventuras marítimas dos portugueses, mas temas universais como a coragem, a fé, o amor, os desafios e as glórias de uma nação em expansão.
Em todo o mundo não faltam elogios à esta obra de Camões que em versos imortais sintetizou a identidade e a alma do povo português, ao mesmo tempo que projetou a língua e a cultura lusitana para além das fronteiras de Portugal. O prof. aposentado da FFLCH-USP, João Adolfo Hansen, o considera um dos maiores poetas que já existiram pela síntese que sua poesia faz de uma experiência aristocrática, de elementos da filosofia cristã elaborada, da cultura greco-romana, dentre outros.
Ao associar história e literatura o livro ganhou versões em outros idiomas, sendo traduzido para o inglês em 1655 e lido na Alemanha onde, segundo alguns autores, influenciou o surgimento do Romantismo no final do século XVIII. Na Rússia a primeira tradução foi feita do francês no fim do século XIX.
Além da epopeia, Camões escreveu poesias líricas e sonetos, onde aborda temas filosóficos e amorosos os quais refletem, muitas vezes, sua percepção da fugacidade da vida. As peças de teatro “Auto de Filodemo” e “Auto dos Anfitriões” são, também, atribuídas ao poeta e foram exibidas no final do século XVI.
Apesar da escassez de fontes, a pesquisadora portuguesa Isabel Rio Novo, autora da recém-lançada “Fortuna, caso, tempo e sorte: Biografia de Luís Vaz de Camões” (Contraponto, 2024), conta que Camões teve várias experiências no campo militar na Índia e na África, tendo servido o Império português por 17 anos. Após sobreviver a um naufrágio no delta do Rio Mekong, no Sudeste Asiático, Camões embarcou para Moçambique em 1567, onde viveu em condições precárias. Embora de origem nobre e bem relacionado, precisava trabalhar para sobreviver e foi numa missão na África que perdeu um de seus olhos num acidente com arma de fogo.
Com a ajuda de amigos o grande poeta voltou a Portugal em 1570 e finalizou “Os Lusíadas”, o qual foi publicado em 1572. Tal publicação rendeu-lhe uma pensão vitalícia pelos serviços prestados à pátria, mas principalmente em virtude de a epopeia ter sido dedicada ao então rei Dom Sebastião.
Luiz Vaz de Camões conheceu boa parte do Império português, mas nunca visitou o Brasil. Entretanto, segundo o professor da UFRJ, Marco Lucchesi, a presença de Camões entre os bons escritores brasileiros como Machado de Assis e Manuel Bandeira já estava consolidada no séc. XIX.
Não resta dúvida de que a Literatura é uma das áreas das múltiplas Culturas das sociedades humanas capaz de partilhar a multiplicidade, a originalidade e a grandeza das criações do Homo Sapiens com todos os seus semelhantes, sem preconceitos e com beleza.
Regina Márcia é antropóloga, profa. universitária aposentada, escritora, conferencista, membro da ACL, do IHGGC e demais entidades culturais
www.reginamarciacultura.com.br
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(Leitura sugerida aos Prefeitos e Vereadores recém-eleitos)
Regina Márcia Moura Tavares
Como estudiosa do desenvolvimento de nossa espécie HOMO SAPIENS em seus aspectos físicos e culturais ao longo de sua existência no planeta, nos últimos 40 anos venho me dedicando à Ação Cultural “BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS: PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE” no Brasil, na América Latina e em vários países da Europa. (Meu livro de mesmo nome com cerca de 100, entre Brincadeiras e Brinquedos, já “tombados” pelo CONDEPACC, está indo para a 3ª. edição, incluindo os documentos extraídos em encontros nacional e latino-americano).
É preciso que se entenda de uma vez por todas que “brincar” na infância não é apenas uma atividade recreativa, mas uma Prática Cultural essencial ao desenvolvimento pleno do Ser Humano que ocorre em todas as sociedades humanas do planeta. Quando apresentam variações na forma, os princípios que as regem são os mesmos, propiciando o pleno desenvolvimento físico, motor, cognitivo, social e afetivo dos recém-chegados à sociedade.
Os inúmeros trabalhos de especialistas que documentaram, ao longo da história, os Brinquedos e as Brincadeiras de diferentes povos são suficientes para revelar a longevidade dessa atividade infantil, bem como a sua universalidade, garantindo-lhe assim a condição de Cultura Lúdica, Patrimônio Cultural Imaterial Mundial a ser preservado para que o Ser Humano possa enfrentar melhor os desafios em sua caminhada histórica.
Num mundo cada vez mais globalizado e digitalizado, nas brincadeiras e no ato de construir brinquedos coletivamente, além dos benefícios para a saúde orgânica, mental e bem-estar emocional a criança tem oportunidade de entrar em contato com a história, os valores e as tradições de seu povo, bem como conectar-se com a natureza e os seus iguais. Aquela que se envolve mais com jogos eletrônicos individuais, através das Brincadeiras Coletivas e Colaborativas – o “brincar real” fortalece os laços sociais e desenvolve habilidades de comunicação, resolução de conflitos e resiliência.
Posso dizer que a Ação Cultural que venho desenvolvendo tem tido o mérito de envolver diferentes gerações permitindo que adultos e jovens compartilhem brincadeiras de sua infância com as crianças; inclusive, vem valorizando os idosos, nem sempre reconhecidos como detentores de parte da memória da sociedade em que vivem.
Considerada a importância da PRESERVAÇÃO DA CULTURA LÚDICA DA INFÂNCIA, o que fazer para termos CIDADES AMIGAS DAS CRIANÇAS, efetivamente?
Tenho alguma sugestão para políticas públicas:
Finalmente, permito-me propor que tais ações das istrações Públicas sejam acompanhadas por uma Legislação de Proteção ao Tempo de Brincar, a qual assegure o direito das crianças ao TEMPO LIVRE, limitando a carga horária escolar e/ou as atividades extracurriculares que prejudiquem o tempo necessário às atividades lúdicas necessárias à criança. (Observo que o Esporte não substitui a Brincadeira Livre e Espontânea).
Tenho como certo que se as nossas Cidades levarem em conta a importância da CULTURA LÚDICA DA INFÂNCIA para o desenvolvimento de um ser humano menos problemático e destrutivo relativamente a si mesmo, ao seu entorno e ao seu habitat natural, estarão simultaneamente contribuindo para a autopercepção da criança como Criadora de Cultura, condição essencial ao exercício de uma Cidadania Plena na fase adulta.
Regina Márcia é antropóloga, profa. universitária aposentada, escritora, conferencista, membro da ACL, do IHGGC e demais entidades culturais
www.reginamarciacultura.com.br
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Sexta edição da Feira acontece no dia 14 de setembro, das 11h às 21h, na Biblioteca Zink, em Campinas com expositores de todo o Brasil. A Feira SUB tem entrada gratuita.
A sexta edição da Feira SUB de Arte Impressa e Publicações Independentes que acontece em 14 de setembro de 2024, em Campinas, na Biblioteca Pública Municipal ‘Professor Ernesto Manoel Zink’, das 11h às 21h, vai reunir 90 expositores entre editoras, coletivos e artistas de todo o Brasil com trabalhos que se utilizam de diversas técnicas do campo das artes gráficas. São publicações como zines, revistas, livros, fotolivros, ilustrações, xilogravuras, serigrafia entre outros que tem em comum a produção autoral e independente, o ineditismo e a criatividade. A Feira SUB tem entrada gratuita.
Durante a Feira acontecem, também, várias ações como colagem coletiva de lambe-lambes, flash poesia, oficina e troca de stickers, impressão com mimeógrafo, discotecagem e, pela primeira vez, uma transmissão ao vivo da Feira pela OverRocks, uma webradio independente. (confira programação completa das ações abaixo). Algumas editoras programaram de fazer o lançamento de novos títulos na Feira.
“Esse ano, a SUB ficou maior, não a Feira em si, mas o alcance do Projeto Cultural [SUB], que cresceu de forma horizontal. Espichamos a SUB por meio da programação paralela que começou no final de maio. Por meio de parcerias relevantes levamos atividades para diversos espaços culturais e universidade ao longo dos meses que antecederam a feira. É uma forma de aproximar as pessoas da proposta do Projeto, promover debates, exposições artísticas, mostrar como acontecem os processos gráficos na prática e como isso pode estar ao alcance de todos. Nessa edição, com o patrocínio da Fundação FEAC, realizamos um desejo antigo que foi levar duas oficinas de experimentações gráficas para dentro de uma escola pública e foi muito bacana ver como a arte é um agente que impacta as pessoas”, conta Marcela Pacola, idealizadora e produtora da Feira SUB.
“ As feiras de publicações são espaços de circulação e conexão de pessoas. Também é um lugar de troca de experiências, de conhecimento e de se surpreender vendo os trabalhos e trocando ideias com os artistas sobre seus processos de criação. Estamos sentindo o reflexo positivo do que fizemos esse ano, dessa ideia de começar bem antes. Ampliar para aproximar é algo que se mostrou fundamental e que só se faz possível por conta das parcerias que construímos ao longo das edições”, complementa Fabiana Pacola, coprodutora da SUB.
A Feira SUB (@feirasub) é uma realização do Mix Estúdio Criativo e conta com patrocínio da Fundação FEAC, apoio da Secretaria de Cultura de Campinas, da Biblioteca Pública Municipal “Prof. Ernesto Manoel Zink”, da Extecamp por meio do Curso de Especialização em Design Gráfico, IA-Instituto de Artes/Unicamp e parcerias. Saiba mais no site feirasub.com.br.
Expositores
Anansi Lab [Campinas], Andante edições [Belo Horizonte], Ateliê Serafina [Campinas], Banca Tatuí [São Paulo], Bebel Books [São Paulo], Borboleta Azul [São Paulo], Borogodó Editora [São Paulo], CADERNO LISTRADO [Curitiba], CaiOshima [São Paulo], capineira [São Paulo], Carriero [Campinas], CartoArte [Campinas], Cesar Ganimi [Campinas], Coletivo Encaderna [Campinas], Coletivo Imagens Superviventes – Ateliê CASA [Campinas], Coletivo Oito de Ouros [São Paulo], Coletivo Pompom Grená [Campinas], Coletivo Relva [Campinas], Costuradus – Experimentos Gráficos [Mauá], Delfin [Campinas], Deriva dos Livros Errantes [Rio de Janeiro], Devora Editorial [São Paulo], Diego Pansani [Campinas], Dinelli [Campinas], Edições Barbatana [São Paulo], Edições Jabuticaba [São Paulo], Editora Factível [São Paulo], Editora Incompleta [São Caetano do Sul / Lindoia / São Paulo], Erckmam [Brasília], Escambo Gráfico [Araraquara], Especializacão Design Gráfico Unicamp [Campinas], Especialista Fine Art [Campinas], Estudio Ceda el Paso [São Paulo], Experimentos Impressos [Canoas], fotolab linaibah [São Paulo], Gambiarra Genérica [Campinas], Gato de Franja [Campinas], Gráfica Ordinária [São Paulo], gráficafábrica [São Paulo], grazi fonseca [Porto Alegre], Grupo GUAPA [Campinas], Hofstatter [Americana], Impressões de Minas Editora [Belo Horizonte], IMPRESSOS PROSAICOS [Rio de Janeiro], Itinero Grapho.Merien Rodrigues [São Paulo], JAMAC_Jardim Miriam Arte Clube +Autoria Compartilhada [São Paulo], João Amorim [São Paulo], João Bosco /Atelie Aquastre [Hortolândia], Joões Estúdio Editorial [Campinas], Juliana Sá [Campinas], Keila Knobel [Campinas], Keila Okubo [São Paulo], Laboratório do Livro [Araraquara], Laura Mazzo [São Paulo], Laura Trchmnn [Campinas], Lobo [Niteroi], Lote 42 [São Paulo], Lovely House [São Paulo], Lucas Sakai [São Paulo], Luciane Kunde [Rio Claro], Mambembe Livros [Belo Horizonte], Márcio Sno Produções [São Paulo], Marina Schenkel Jensen [Campinas], Marina Tavares [Botucatu], Mateus Faria [Bauru], n-1 edições [São Paulo], NADA∴Studio Criativo [Botucatu], OFÍCIOS TERRESTRES EDIÇÕES [Campinas], OverRocks Web Rádio [Campinas], ÔZé Editora [São Paulo], Paralelas [São Paulo], Pérola Pessoa [São Paulo], Piscina Pública Edições [São Paulo], Poupée Rouge Publicações [Santos], Projeto RUA – Priscila Bellotti [São Paulo], Rachel Rego [Rio de Janeiro], Rafa Black [São Paulo], Rede Collage Brasil [São Paulo], Rodrigo Abdo [São Paulo], Rodrigo Leme [São Paulo], Sem Geração [São Paulo], Sismo [Mogi das Cruzes], Sophia Lautert [São Paulo], SQN Biblioteca [Belo Horizonte], Suggestion [Americana], Vienno [Limeira], Xilomóvel Ateliê Itinerante [Campinas], Zarabatana Books [Campinas].
O Mix Estúdio Criativo (MIX) é o organizador da Feira SUB. É um estúdio de design e assessoria de imprensa que desenvolve identidade visual, projeto gráfico de publicações, arte impressa, artes gráficas e projetos culturais que envolvem exposições, performances, cursos e workshops.
Sobre a Fundação FEAC
A Fundação FEAC é uma organização independente e autossustentável do terceiro setor, localizada em Campinas, dedicada a criar uma sociedade mais justa e sustentável. Focada em educação, assistência social e promoção humana, investe em projetos próprios e em parcerias com outras organizações para apoiar regiões e populações vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes. Financiada por recursos próprios e parcerias institucionais, a Fundação é gerida por um Conselho Curador e uma Diretoria Executiva, com uma equipe técnica especializada em suas áreas programáticas. Para mais informações, e: feac.org.br
Serviço
Feira SUB 2024
Data da Feira: 14 de setembro de 2024
Horário: 11 às 21 horas-
Local: Biblioteca Pública Municipal ‘Professor Ernesto Manoel Zink’ (Avenida Benjamim Constant, 1633, Centro, Campinas, SP – ao lado da Prefeitura)
Entrada gratuita
Programação
12h às 17h | OFICINA ZINE DIE DE STICKERS
Com Raquel Costa e Patrick Antunes/@helloldboy
Mesa de produção e troca de stickers. A partir de materiais como adesivos e canetas, as pessoas são convidadas a produzir seu próprio sticker e trocar com outros artistas. Stick Art é uma modalidade de arte urbana ligada à grupos de cultura alternativa que utilizam etiquetas adesivas como forma de manifestação pós-moderna.
Gratuita | classificação livre
12h às 19h | MARCAS DA POESIA | Flash poesia + Arte Gráfica
Com Manas Escritas e Storiologia
Poesia ao vivo e a cores com a soma das artes gráficas. Os versos escritos na hora com base na escuta dos visitantes, pelas manas Lívia e Natália Mota da ‘Manas Escritas’, vão receber o incremento dos símbolos e grafismos desenhados por José Maurício da Costa da Storiologia. Uma composição que vai reunir no papel texto e design únicos para cada história ouvida. Além dos versos sob medida, os visitantes poderão experimentar compor a sua própria poesia, a partir de palavras recortadas, carimbos, lápis e caneta.
Flash poesia + Arte Gráfica | classificação livre
15h às 21h | DISCOTECAGEM
Com Riva / @rivarock_discos
Ele faz o som da Feira [SUB] desde a primeira edição. É o mestre dos
mestres dos vinis.
16h | COLAGEM LAMBE
Com Ricardo Lima e Matheus Hofstatter
Colagem coletiva de lambe-lambe. Arte urbana nas ruas de Campinas numa ação do Festival de Fotografia Hercule Florence. Na frente da Biblioteca Zink, nos muros da E.E. Carlos Gomes.
Gratuita | classificação livre
11h às 21h | MIMEOGRAFANDO
Com João Bosco
Você já viu um mimeógrafo? O artista João Bosco traz seu mimeógrafo para a Feira [SUB].
Gratuita | classificação livre
11h às 21h | PLURIVERSO | LIVRO DE ARTISTA
Construção de autoria coletiva
Mesa expositiva com os livros de artista que foram produzidos durante as oficinas Pluri[verso] – encontros de práticas para construção de uma publicação coletiva, oferecidas pela artista Valéria Scornaienchi. A partir de uma atividade iniciada pelo silêncio, contemplação e escuta, com o objetivo de criar um espaço de conexão e expressão entre humanos e não humanos, cada participante produziu – de maneira livre – um trabalho para compor a publicação com tiragem única.
Gratuita | classificação livre
11h às 21h | OVERROCKS WEB RADIO – AO VIVO DIRETO DA FEIRA [SUB]
A OverRocks Web Rádio é destinada à divulgação de bandas independentes, artistas autorais, toda forma de expressão artística e underground sem fronteiras. Durante a Feira [SUB] haverá programação musical com flashes ao vivo da Feira, interatividade com os artistas expositores e o público.
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Exposição faz parte da programação paralela da Feira [SUB] e terá bate-papo e atividade prática. A entrada é gratuita.
A exposição ‘ARUANÃ’ do Xilomóvel Ateliê Itinerante, tem sua abertura nesta segunda-feira, 02 de setembro de 2024, às 19h, na Biblioteca Pública Municipal ‘Professor Ernesto Manoel Zink’, em Campinas. A entrada é gratuita e a exposição pode ser visitada até 30 de setembro, das 9h às 17hs.
Os artistas Luciana Bertarelli, Marcio Elias e Simone Peixoto, do Xilomóvel Ateliê Itinerante, apresentam, entre outros, trabalhos da pesquisa que fizeram para a elaboração do cartaz da edição de 2024 da Feira [SUB] de arte impressa e publicações independentes. A cada edição, a [SUB] convida um artista para a criação do cartaz que pontua toda a comunicação visual da feira. A abertura da exposição terá também um bate-papo com os artistas do Xilomóvel para falar sobre como se deu a construção dessa imagem, além de uma atividade prática de experimentação.
A partir de uma pesquisa sobre peixes brasileiros, os artistas chegaram na lenda do Aruanã, o criador do povo Yny-Karajá. Segundo a lenda, esse peixe sonhava em ser humano e viver fora das águas, e um dia, durante a festa do boto, deu um pulo para fora da água pra tentar respirar. Compadecido por seu esforço, Tupã decidiu transformar Aruanã em um guerreiro e foi de sua união com as entidades Parajás que nasceu o povo Karajá.“Tentamos captar em nosso cartaz esse pulo do peixe, carregado de determinação e esperança. O cartaz é uma colagem, feita a partir de uma mistura de técnicas gráficas: a impressão de mantas de borracha recortadas para as cores de fundo e o uso de carimbos para criar as texturas do peixe e da água”, conta Luciana Bertarelli.
A exposição faz parte da programação paralela da 6ª edição da Feira SUB de Arte Impressa e Publicações Independentes que acontece na Biblioteca Zink, no dia 14 de setembro, das 11h às 21h, com 90 expositores da cena contemporânea das artes gráficas de vários lugares do Brasil. Tanto a Feira SUB como todos os eventos que fazem parte programação paralela tem entrada gratuita.
A Feira [SUB] é uma realização do Mix Estúdio Criativo e conta com patrocínio da Fundação FEAC, apoio da Secretaria de Cultura de Campinas e parcerias.
Sobre o Xilomóvel
É um projeto que nasce do encontro entre os artistas Luciana Bertarelli, Marcio Elias e Simone Peixoto, e que se dedica à pesquisa e difusão da gravura através do ensino, da produção e da realização de exposições e de outras ações. Criado em 2009, o Xilomóvel visitou até o momento mais de 80 cidades brasileiras, percorreu cerca de 60.000 km, e atendeu a cerca de 10.000 pessoas. Atuou em parcerias com SESC/SP, Prefeituras Municipais, Secretarias de Cultura, Fábricas de Cultura, Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, entre outros.
Sobre a Feira SUB
O Projeto Cultural SUB é um projeto de fomento, reflexão e articulação do circuito artístico independente da cena contemporânea. O foco principal é discutir, mostrar, criar espaço para a produção independente na área das artes gráficas, artes visuais e literatura e apresentar esses trabalhos para o público. A proposta é promover um ciclo de ações composto por uma feira de arte impressa e publicações independentes que acontece uma vez ao ano e oficinas, bate-papos, exposições, palestras e encontros literários que acontecem em diversos espaços culturais de Campinas ao longo do ano como parte da programação paralela da feira, além de ações em parceria com fundações e entidades assistenciais. Saiba mais: feirasub.com.br
Sobre o MIX Estúdio Criativo
O Mix Estúdio Criativo (MIX) é o organizador da Feira SUB. É um estúdio de design e assessoria de imprensa que desenvolve identidade visual, projeto gráfico de publicações, arte impressa, artes gráficas e projetos culturais que envolvem exposições, performances, cursos e workshops.
Sobre a Fundação FEAC
A Fundação FEAC é uma organização independente e autossustentável do terceiro setor, localizada em Campinas, dedicada a criar uma sociedade mais justa e sustentável. Focada em educação, assistência social e promoção humana, investe em projetos próprios e em parcerias com outras organizações para apoiar regiões e populações vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes. Financiada por recursos próprios e parcerias institucionais, a Fundação é gerida por um Conselho Curador e uma Diretoria Executiva, com uma equipe técnica especializada em suas áreas programáticas. Para mais informações, e: https://feac.org.br
SERVIÇO
EXPOSIÇÃO ‘ARUANÃ’ | Xilomóvel
Abertura + bate-papo: 02.09.24, às 19h
Visitação: de 02 a 30/9, de segunda a sexta, das 9h às 17h
Local: Biblioteca Zink | Avenida Benjamin Constant, 1633, Centro, Campinas, SP (ao lado da Prefeitura)
Entrada gratuita | Classificação livre
Feira [SUB]
Data: 14 de setembro de 2024, das 11h às 21h
Local: Biblioteca Pública Municipal ‘Prof. Ernesto Manoel Zink’ (Av. Benjamin Constant, 1633, Centro)
]]>A ação ‘perifeira[SUB]’ é uma parceria inédita da Fundação FEAC com a Feira [SUB] de Arte Impressa e Publicações Independentes.
Na próxima sexta feira (23), a Escola Estadual 31 de Março, no Jardim Santa Mônica, em Campinas (SP), por meio de uma parceria inédita junto da Fundação FEAC, vai receber duas oficinas de artes gráficas como parte da programação paralela da 6ª edição da Feira [SUB] que acontece desde 2016 na cidade.
A ‘perifeira[SUB]’ é uma ação educacional que tem como objetivo principal levar para as regiões periféricas de Campinas oficinas de artes gráficas para que os alunos possam conhecer e experimentar diversas técnicas artísticas como as que são apresentadas na Feira [SUB]. Nessa primeira fase do projeto, serão oferecidas duas oficinas de artes gráficas para 80 alunos que irão produzir o cartaz da ação, um zine artesanal para levar para casa e os lambes (cartazes) que serão colados no muro externo da escola.
“Sempre foi nosso desejo estender a programação paralela para territórios periféricos. Para isso, é fundamental que essa ponte seja feita por intermédio de parcerias como esta, com a FEAC, que já atua nas comunidades. Esse compartilhamento mútuo de saberes é uma intersecção que nos interessa, trazendo possibilidades de novas experiências, conhecimentos e visões de mundo que enriquecem o projeto”, conta Marcela Pacola, uma das idealizadoras e produtora da [SUB].
De acordo com Adriana Silva, analista de projetos da Fundação FEAC, “promover o o à cultura, levando este projeto para o território dos Amarais, em parceria com a escola 31 de Março, é uma oportunidade única de enriquecer a experiência educacional dos alunos a partir da vivência de diferentes modalidades artísticas. A escola pública abrir as suas portas para acolher essa iniciativa inspiradora é uma forma de ampliar seu potencial para aproximar ainda mais crianças e adolescentes do universo artístico e cultural. Acreditamos que parcerias como essas são fundamentais para reverenciar a escola como um local de interação e integração social e cultural, para o desenvolvimento do território”.
A ‘perifeira[SUB]’ integra a programação paralela da 6ª edição da Feira [SUB] de Arte Impressa e Publicações Independentes que acontece anualmente em Campinas. Este ano, a feira será no dia 14 de setembro de 2024, na Biblioteca Pública Municipal ‘Professor Ernesto Manoel Zink’, das 11h às 21h, com entrada gratuita.
A Feira [SUB] é uma realização do Mix Estudio Criativo e conta com patrocínio da Fundação FEAC, apoio da Secretaria de Cultura de Campinas e parcerias.
Sobre as oficinas
Na oficina ‘Experimentações gráficas com serigrafia, xilogravura e carimbo’, as artistas Lina Ibañes e Florencia Lastreto trazem a La BiciPress – uma bicicleta adaptada para ser um ateliê móvel de serigrafia. Já a outra, ‘Criação de Lambe-Lambe para crianças’, do artista Eduardo Saretta, os alunos vão confeccionar os cartazes para colar no muro da escola.
Sobre a Feira SUB
O Projeto Cultural SUB é um projeto de fomento, reflexão e articulação do circuito artístico independente da cena contemporânea. O foco principal é discutir, mostrar, criar espaço para a produção independente na área das artes gráficas, artes visuais e literatura e apresentar esses trabalhos para o público. A proposta é promover um ciclo de ações composto por uma feira de arte impressa e publicações independentes que acontece uma vez ao ano e oficinas, bate-papos, exposições, palestras e encontros literários que acontecem em diversos espaços culturais de Campinas ao longo do ano como parte da programação paralela da feira, além de ações em parceria com fundações e entidades assistenciais. Saiba mais: feirasub.com.br
Sobre o MIX Estúdio Criativo
O Mix Estúdio Criativo (MIX) é o organizador da Feira SUB. É um estúdio de design e assessoria de imprensa que desenvolve identidade visual, projeto gráfico de publicações, arte impressa, artes gráficas e projetos culturais que envolvem exposições, performances, cursos e workshops.
Sobre a Fundação FEAC
A Fundação FEAC é uma organização independente e autossustentável do terceiro setor, localizada em Campinas, dedicada a criar uma sociedade mais justa e sustentável. Focada em educação, assistência social e promoção humana, investe em projetos próprios e em parcerias com outras organizações para apoiar regiões e populações vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes. Financiada por recursos próprios e parcerias institucionais, a Fundação é gerida por um Conselho Curador e uma Diretoria Executiva, com uma equipe técnica especializada em suas áreas programáticas. Para mais informações, e: https://feac.org.br
]]>Cartografia [SUB] são postais de mapas geográficos e afetivos de lugares icônicos de Campinas, cidade que acolhe a Feira SUB de arte impressa e publicações independentes desde 2016.
Na próxima quarta-feira (14), lugares icônicos de Campinas estarão representados no evento Cartografia [SUB] no lançamento dos postais ‘Coleção Campinas’ e ‘Mapa da [SUB]’, às 19h, no Hotel Red Radisson Campinas (Av. Júlio de Mesquita, 705 – Cambuí).
A iniciativa é uma parceria do Projeto Cultural [SUB] que esse ano está na sua 6ª edição com a CartoArte, um projeto artístico que mapeia de maneira afetiva lugares significativos. São mapas geográficos de lugares turísticos, históricos e arquitetônicos, numa mistura de cartografia e arte, remetendo aos antigos postais que as pessoas costumavam enviar em viagens.
“Achamos interessante ter um evento da programação paralela que envolvesse a cidade que desde 2016, recebe a feira e as atividades paralelas que vem se espalhando para outros territórios. Mapear com arte faz a conexão perfeita com uma feira de artes gráficas”, conta Marcela Pacola, uma das idealizadoras e produtoras da Feira [SUB]
“A ideia de mapear vem de um desejo de mostrar que todos os lugares têm um significado e por essa razão merecem ser vistos, que remetem à uma boa lembrança ou até os que são poucos notados no dia-a-dia”, explica o artista Ciro Ruiz, idealizador da CartoArte.
Esse ano, a 6ª edição da Feira [SUB] de Arte Impressa e Publicações Independentes será no dia 14de setembro, das 11h às 21h, na Biblioteca Pública Municipal ‘Professor Ernesto Manoel Zink’. A entrada é gratuita.
A Feira [SUB] é uma realização do Mix Estudio Criativo e conta com patrocínio da Fundação FEAC, apoio da Secretaria de Cultura de Campinas e parcerias.
Sobre a Feira SUB
O Projeto Cultural SUB é um projeto de fomento, reflexão e articulação do circuito artístico independente da cena contemporânea. O foco principal é discutir, mostrar, criar espaço para a produção independente na área das artes gráficas e visuais, assim como de outras áreas que se cruzam, se encontram ou se relacionam e apresentar esses trabalhos para o público. A proposta é promover um ciclo de ações composto por uma feira de arte impressa e publicações independentes – o pilar do projeto – além de exposições, bate-papos, encontros literários, palestras e workshops que acontecem em diversos espaços culturais da cidade e que fazem parte da programação paralela.
Sobre o MIX Estúdio Criativo
O Mix Estúdio Criativo (MIX) é o organizador da Feira SUB. É um estúdio de design e assessoria de imprensa que desenvolve identidade visual, projeto gráfico de publicações, arte impressa, artes gráficas e projetos culturais que envolvem exposições, performances, cursos e workshops.
Sobre a Fundação FEAC
A Fundação FEAC é uma organização independente autossustentável do terceiro setor, localizada em Campinas, dedicada a criar uma sociedade mais justa e sustentável. Focada em educação, assistência social e promoção humana, investe em projetos próprios e em parcerias com outras organizações para apoiar regiões e populações vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes. Financiada por recursos próprios e parcerias institucionais, a Fundação é gerida por um Conselho Curador e uma Diretoria Executiva, com uma equipe técnica especializada em suas áreas programáticas. Para mais informações, e: https://feac.org.br
SERVIÇO
Cartografia [SUB]
Data: 14 de agosto de 2024, às 19h
Local: Red Radisson Campinas (Av. Júlio de Mesquita, 705 – Cambuí, Campinas)
Evento gratuito – limitado à capacidade do local
Mais informações: feirasub.com.br
Feira [SUB]
Data: 14 de setembro de 2024, das 11h às 21h
Local: Biblioteca Pública Municipal ‘Prof. Ernesto Manoel Zink’ (Av. Benjamin Constant, 1633, Centro)
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O [SUB]POÉTICA acontece em Campinas na Livraria Candeeiro e na Fêmea Fábrica e faz parte da programação paralela da Feira [SUB] de arte impressa e publicações independentes. As atividades são gratuitas
O [SUB] POÉTICA – Festival da Poesia Curta, acontece pela primeira vez neste sábado, 13 de julho, das 14h às 18h, no centro cultural Fêmea Fábrica com oficina de poesia blackout, colagem, performances poéticas e sarau, além de uma atividade voltada para o público infantil, às 10h, na Livraria Candeeiro.
Toda a programação é gratuita e integra as atividades paralelas da 6ª edição da Feira [SUB] de Arte Impressa e Publicações Independentes que acontece anualmente em Campinas. Este ano, a feira será no dia 14 de setembro de 2024, na Biblioteca Pública Municipal ‘Professor Ernesto Manoel Zink’, das 11h às 21h.
“Esse ano decidimos espichar a Feira [SUB] e antecipar as atividades da programação paralela que acontecem em vários espaços culturais de Campinas. O [SUB] POÉTICA é um pequeno festival para celebrar as ligações inesperadas entre seres e coisas, ideias e formas, poesia e colagem. É também uma homenagem à poesia, gênero muito presente na feira. Com isso, vamos criando uma aproximação do público com as inúmeras possibilidades de produção artística presentes nas publicações independentes apresentadas na feira”, conta Marcela Pacola, uma das idealizadoras e produtora da [SUB].
A Feira SUB é uma realização do Mix Estudio Criativo e conta com o apoio da Secretaria de Cultura de Campinas.
PROGRAMAÇÃO
> Na Livraria Candeeiro
Das 10h às 12h – Sarauzinho para crianças
As crianças poderão levar suas poesias para ler ou escolher um livro de que gostem. Serão acompanhadas por Patrícia Meira, livreira especializada em literatura infantil, e João Proteti, poeta, artista visual e ilustrador de literatura infanto-juvenil, com 44 livros publicados. Haverá brincadeira de roda e experimentações com colagem.
> Na Fêmea Fábrica
Das 14h às 15h – Esconder para revelar: escrita não criativa & Poesia Blackout | Baga Defente
A escrita não-criativa consiste na apropriação e reutilização de textos já existentes para criar obras inéditas, com sentido e significado diversos, transformando o familiar em algo novo e inesperado. Nesta atividade, aremos rapidamente pelos conceitos-base da escrita não criativa — autoria, curadoria e originalidade — e exploraremos uma das suas técnicas mais conhecidas, a poesia blackout, produzindo textos inéditos a partir de materiais preexistentes.
Das 14h às 18h – Estação de experimentações de colagem | Marcela Pacola e Larissa Bulcão
Utilizando técnicas da poesia blackout e colagem, cada participante vai criar um zine poético.
Das 14h às 18h – Poesia em Forma de Dança
Exibição de 3 videodanças com idealização, criação e interpretação de Hellen Audrey. ‘Cartas para o Novo Mundo’ (2020), Greta’ (2021) e c[eu] co[r]po de chuva’ (2021).
Das 15h às 15h30 – A Sorte do Poema | com Tina Zani e Katia Marchese
Performance com duas poetas na qual convidam o público a escolher uma página de um livro de poemas para interpretarem. A intervenção poético-interativa parte da seguinte provocação: “para onde vai o poema depois do encontro com o leitor?”.
Das 15h30 às 17h – Poesia Pré-Assada | Lívia Mota, Natália Mota e José Maurício da Costa
As Manas Escritas (Lívia e Natália) e o Storiologia (José Maurício) estarão com versos pré-escritos prontos para sofrerem intervenções do público. Os participantes poderão rechear os versos com símbolos, ícones, rasuras e outras palavras mais. Uma base para explorar combinações ao acaso do momento, da experimentação e do atrevimento poético. Um modo de fazer poesia visual sem receita pronta, mas com a ousadia de misturar ingredientes ao sabor do ensejo
Das 17h às 18h – Sarauzis
Microfone (ou megafone) aberto para celebrar a poesia curta e mesa coletiva para venda de livros.
Sobre a Feira SUB
O Projeto Cultural SUB é um projeto de fomento, reflexão e articulação do circuito artístico independente da cena contemporânea. O foco principal é discutir, mostrar, criar espaço para a produção independente na área das artes gráficas e visuais, assim como de outras áreas que se cruzam, se encontram ou se relacionam e apresentar esses trabalhos para o público. A proposta é promover um ciclo de ações composto por uma feira de arte impressa e publicações independentes – o pilar do projeto – além de exposições, bate-papos, encontros literários, palestras e workshops que acontecem em diversos espaços culturais da cidade e que fazem parte da programação paralela.
Sobre o MIX Estúdio Criativo
O Mix Estúdio Criativo (MIX) é o organizador da Feira SUB. É um estúdio de design e assessoria de imprensa que desenvolve identidade visual, projeto gráfico de publicações, arte impressa, artes gráficas e projetos culturais que envolvem exposições, performances, cursos e workshops.
Sobre a Livraria Candeeiro
A Candeeiro, dos sócios Adriana Haddad e Marcelo Soriano, é uma livraria de rua acolhedora com um espaço de café, para trabalhar, ler, e tocar piano. Promove inúmeros eventos ligados a literatura, as artes e o design, como bate-papo com autores e editores, lançamento de livros e experiências literárias, além de uma programação voltada ao público infantil. Foi vencedora na categoria ‘Livraria Destaque’ da 8ª edição do Prêmio Publishnews 2024.
Sobre a Fêmea Fábrica
Localizado na cidade de Campinas (SP), o centro cultural Fêmea Fábrica é uma iniciativa independente e autogestionada, voltada para a criação, difusão e intercâmbio de práticas artísticas diversas a partir da arte contemporânea. Situada em um casarão do início do séc. XX, a sede abriga cursos livres, oficinas, exposições, apresentações musicais, lançamentos de livros, feiras, residências artísticas, além dos espaços fixos de ateliês compartilhados que agrega artistas da região.
SERVIÇO
Data: 13/7 (sábado)
Horário: das 10h às 12h. Local: Livraria Candeeiro (Rua Dr. Vieira Bueno 170, Cambuí, Campinas). Classificação: livre
Horário: das 14h às 18h. Local: Fêmea Fábrica (Rua Barão de Jaguara, 576, Conceição, Campinas). Classificação: 16 anos
Ingresso: eventos gratuitos (limitados à capacidade do local)
Mais informações: site da Feira [SUB]
]]>Luciana Valio propõe, a partir de uma lenda, confeccionar casulos-sementes para serem depositados no solo com intuito de regenerar a biodiversidade local. Artista mora em Campinas e foi contemplada pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022.
O livro ‘de onde brotam os fios…’ da artista Luciana Valio, terá seu primeiro lançamento presencial no próximo dia 22 de fevereiro, das 17h30 às 19h30, na Casa de Vidro, em Campinas. O lançamento será precedido de uma oficina gratuita, das 14h às 17h, para confecção de casulos-sementes. Luciana Valio foi contemplada pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022 com o patrocínio da Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
A história do livro começa com uma lenda sobre um ancião que se transforma em um casulo. A segunda parte é um manual no qual a autora convida o leitor a colaborar com uma espécie de experimento científico. A intenção da artista é “intervir na natureza de forma a estabelecer uma relação poética com o reflorestar por meio da disseminação de sementes”. Para isso, Luciana ensina no livro o o a o para a produção artesanal de três tipos de casulos (tear, tricô e feltragem de lã), indica as sementes que vão compor o mix como as frutíferas (limão, maracujá, mamão), as arbóreas (ipê e pau-formiga), além de hortaliças como jiló e quiabo que, junto com terra, devem rechear os casulos para posteriormente serem depositados no solo. Os casulos funcionam como ‘bombas de semente’ que brotam espontaneamente, regenerando a biodiversidade local. O livro vem acomodado numa caixa e junto um saquinho contendo sementes e um casulo de crochê para uma primeira experiência do leitor.
“Por serem os casulos-sementes receptáculos/úteros das sementes, eles foram confeccionados artesanalmente com fios naturais, de modo que seu processo de perecer esteja em sincronia com a erupção da brotação das sementes. Tem o caráter de um experimento científico, que se utiliza da observação fenomenológica dos casulos-sementes postos no solo com o intuito de regenerar a biodiversidade local. Mas é também o desejo de transcendência em que as relações de vida e morte tornam-se metamorfoses”, explica Luciana Valio. O livro é, na verdade, um trabalho artístico, é um livro de artista que foi produzido como uma lenda e como um manual. Os processos são detalhados para estimular a disseminação de sementes e a ação direta com a natureza, deixando aos casulos o potencial da transformação, da regeneração do solo e do reflorestamento. “A história enfatiza o contato com a natureza, os cuidados com as plantas e a relação do ser humano com os outros seres”, completa.
Uma live e várias oficinas
No próximo dia 20 de fevereiro, às 20h, a artista vai fazer uma live de lançamento via Instagram (@lucianavalio) para contar do projeto, do livro e das oficinas.
Para quem quiser aprender de perto, Luciana fará outros lançamentos em Campinas precedidos de oficinas gratuitas para a confecção do casulo-semente. Além da Casa de Vidro, no Taquaral, haverá oficinas também no Espaço Cultural Maria Monteiro, localizado na Vila Padre Anchieta, no dia 23 de fevereiro,, das 9h às 12h. Já no Centro de Cultura Casarão, no distrito de Barão Geraldo, a oficina acontece no dia 29, das 14h às 17h e o lançamento a partir das 17h30. Em março, dia 16, no Tote Espaço Cultural, em Sousas, também terá oficina, das 10h às 13h, e lançamento das 13h30 às 15h30 (ver serviço). As inscrições para as oficinas devem ser feitas por meio do formulário neste link: https://forms.gle/xNqyZxa6SGo2A2ez6. O livro ficará exposto por três meses após o lançamento na Casa de Vidro, no Centro de Cultura Casarão e na Tote Espaço Cultural.
Roda de Conversa
No dia 28 de fevereiro, das 15h às 17h, uma roda de conversa da autora com as artistas Norma Vieira, Valéria Scornaienchi, Keyla Knobel e Sylvia Furegatti vai pontuar o lançamento na Biblioteca Pública Municipal Ernesto Manoel Zink, no Centro de Campinas, das 15h às 17h. A atividade é gratuita. “A ideia é conversar sobre o tema ‘Arte e Natureza’ no formato de livro de artista nas produções pessoais de cada uma das convidadas”, conta Luciana Valio.
Contrapartida
O projeto foi realizado com o patrocínio da Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022. Entre as ações de contrapartida, além das quatro oficinas gratuitas, a autora fará doação de livros para bibliotecas de Cursos de Artes Visuais das universidades públicas, instituições culturais públicas do Estado de São Paulo e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campinas.
Sobre a autora
Além de artista, Luciana Valio é mãe, professora universitária e pesquisadora em Arte Contemporânea. Na Universidade Federal do Rio Grande – FURG, ministra aulas de Tridimensionalidade para os Cursos de Graduação em Artes Visuais. Em seu trabalho, a artista alinhava a relação entre a arte e a natureza em busca de um olhar decolonial. Para tanto, utiliza-se dos processos vivenciados/percebidos pelo corpo e dos fazeres manuais como meios para ar saberes ancestrais. Caracterizando, em suas performances, tais processos para a conexão entre corpo, natureza e mundo espiritual (ou Cosmos). Sua pesquisa se debruça sobre os seguintes temas: conhecimento ancestrais e manualidades na Arte Contemporânea; Arte e Natureza; Arte e Decolonialidade; e Intervenção Urbana. Coordena do projeto “Entre Tramas e Fibras” com enfoque sobre os têxteis e as manualidades na Arte Contemporânea. É doutora e pós-doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UNICAMP.
Serviço
Livro: “de onde brotam os fios…”
Autora: Luciana Valio
Páginas: 52
Acabamento: caixa contendo livro, sementes e casulo.
Preço (lançamento): R$ 90
Live de lançamento: 20 de fevereiro, às 20h, no Instagram da artista (@lucianavalio).
Outros lançamentos e oficinas *
> 22 de fevereiro
Museu da Cidade – Casa de Vidro (Avenida Dr. Heitor Penteado, 2145 – Parque Taquaral)
14h às 17h – Oficina
17h30 às 19h30 – Lançamento do livro
de 23 de fevereiro a 22 de março – Exposição do Livro
> 23 de fevereiro
Espaço Cultural Maria Monteiro (Rua Dom Gilberto Pereira Lopes, s/n – Conj. Hab. Padre Anchieta)
9h às 12h – Oficina
> 28 de fevereiro
Biblioteca Pública Municipal ‘Ernesto Manoel Zink’ (Av. Benjamin Constant, 1633, Centro)
15h às 17h – Roda de conversa com a autora Luciana Valio e artistas convidadas.
> 29 de fevereiro
Centro Cultural Casarão (R. Aracy de Almeida Câmara, s/n – Barão Geraldo)
14h às 17h – Oficina
17h30 às 19h30 – Lançamento do livro
de 01 à 27 de março – Exposição do Livro
> 16 de março
Tote Espaço Cultural /Ateliê Norma Vieira (Avenida Dona Maria Franco Salgado, 260, Sousas)
10h às 13h – Oficina
13h30 às 15h30 – Lançamento do livro
de 17 de março à 6 de abril – Exposição do Livro
Inscrições pelo formulário neste link: https://forms.gle/xNqyZxa6SGo2A2ez6
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Regina Márcia Moura Tavares
Tarde iluminada, depois da chuva!
Apreciando as cores, as formas, a vista deslumbrante e o céu de um azul ofuscante matizado a cada momento pelas nuvens brancas, caminho relembrando minha meninice cheia de devaneios no quintal imenso da casa onde nasci. Revejo na memória meus pais inteligentes e o avô materno amantes da boa conversa, da música e da ação política, os quais colocaram em mim o gosto pelo conhecimento, a importância da superação das dificuldades e de se buscar sempre a melhor formação intelectual para uma atuação construtiva na sociedade.
Tais lembranças me levam à consideração do que, recentemente, li: “Os Devaneios do Caminhante Solitário” de Jean-Jacques Rousseau, obra postumamente publicada, na qual ele coloca que num mundo corrompido resta ao indivíduo refugiar-se na inação para reencontrar uma forma de liberdade.
Repentinamente, sinto-me identificada com o filósofo genebrino e concluo que os pensamentos, os projetos e as ações que tiveram e fizeram meus familiares e eu mesma no campo da Cultura, incluída aqui a ação Educativa e Cidadã, ficaram suspensos num espaço indefinido, pois em nada influenciam os comportamentos no mundo contemporâneo. A propósito, gerações e gerações vêm empreendendo estudo, reflexão, trabalho e energia para que a Vida Humana se torne um pouco mais confortável para todos, mais digna e esperançosa. Códigos religiosos e ideologias vários elegem valores sociais propondo padrões comportamentais para a população, em todos os quadrantes do globo, sem que as ações deletérias, a corrupção e a miséria desapareçam do planeta.
Constata-se, então, que em todas as sociedades humanas há algo comum, ou seja, há sempre um único grupo com poder de controle sobre o sistema social, principalmente quando a Comunicação Social é do tipo vertical. Vale lembrar que entre os povos ágrafos o conhecimento dos padrões comportamentais do grupo é ado de geração em geração pelos mais velhos, através da oralidade e a autoridade do Conselho dos Anciãos – isto devido ao fato de não existirem outras formas de aquisição de conhecimento na horizontal. No Egito antigo, mesmo já existindo os hieróglifos, somente tinham o à escrita os sacerdotes do templo e os faraós.
Percebe-se, então, que as formas de Comunicação Social vigentes numa sociedade são responsáveis pela própria organização do Poder nelas. No século XVI a imprensa de Gutemberg revolucionou a sociedade ocidental e não foi por acaso que Lutero, no mesmo século promoveu a Reforma Protestante, questionando os dogmas do catolicismo até então detentor exclusivo da verdade sobre a Vida e a Morte. E assim a Modernidade foi-se instalando no mundo ocidental questionando padrões anteriores, propondo novos que garantiram novas estruturas de poder. Várias criações foram estimuladas e novos atores sociais ganhando espaço pouco a pouco impondo novos valores à sociedade.
E a Roda da Vida continua sempre com ganhadores e perdedores!
Pergunto a mim mesma de que valem tantos códigos e credos inventados por nossa espécie Homo Sapiens sapiens, de fantástica capacidade criativa, se sua sobrevivência no ado e hoje é o resultado de ação predatória permanente? (Entre outros, pesquisas informam que a maior ave de rapina noturna do mundo, a coruja bufo-real, se alimenta de 552 espécie de vertebrados enquanto o ser humano preda 3.007 espécies, nem sempre para comer).
Atribui-se, habitualmente, o comportamento predador nas sociedades humanas aos modelos de organização do sistema produtivo. Acredito, porém, que não se pode descartar a ideia de ele ser um instinto natural de um representante da Classe Mammalia que se apropria de tudo que lhe possa garantir o conforto e algumas facilidades, o que inclui explorar o ambiente natural utilizando recursos que jamais voltarão.
No momento presente, o mundo todo está incomodado com o aumento da temperatura no planeta, seus impactos na saúde da população e na produção de alimentos. Da mesma forma, ansioso com o que nos reserva a Pós-Modernidade com os acelerados avanços na Tecnologia da Informação e a Biotecnologia. Parece-me, entretanto, que o maior problema que temos pela frente a exigir um enorme esforço de criatividade é o de sermos o mesmo Homo Sapiens que, sob a alva túnica ou a negra toga será sempre o lobo à espreita para cravar os dentes!
Regina Márcia é antropóloga, especialista em Preservação do Patrimônio Cultural, escritora, conferencista, membro da ACL, do IHGGC e demais entidades culturais.
Por Regina Márcia M. Tavares
Há mais de 20 anos, na reunião Intergovernamental Sobre Política Cultural Para O Desenvolvimento, em Estocolmo, a UNESCO recomendou aos países fazerem da Política Cultural um dos elementos chave do desenvolvimento, promovendo a criatividade e a participação na vida cultural, reforçando, assegurando e ampliando a política de proteção ao patrimônio cultural, informando sobre a diversidade cultural e linguística dentro das comunidades e na sociedade como um todo e, finalmente, disponibilizando mais recursos técnicos e financeiros para o desenvolvimento da Cultura.
Num momento em que se está em busca de um nome para a Secretaria da Cultura do atual governo municipal, penso ser útil discorrer, mesmo que superficialmente, sobre conceitos fundamentais para uma consistente Ação Cultural seja num país, num estado, num município, numa metrópole.
A Cultura, em seu sentido socioantropológico é o conjunto dos modos de fazer, sentir e pensar que cada população cria e que orienta seus comportamentos ao longo de gerações. Constitui-se numa elaborada rede de significados para o enfrentamento da sobrevivência física e social de um agrupamento humano, num determinado habitat.
Ao contrário do que se pensa comumente, a Cultura não é um produto exclusivo das elites econômicas ou do saber de uma dada camada da sociedade e, muito menos, somente as expressões artísticas de uma sociedade; ela é um todo complexo produzido pela coletividade o qual se expressa nos valores que orientam os comportamentos, a economia, o direito, a religiosidade, a própria arte, assim como outros aspectos da vida social, apresentando-se diferente em sociedades geograficamente diferentes, em extratos sociais diversos.
A Cultura permeia toda a existência humana e é ela que, de formas variadas e em todas as direções consolida, como num caleidoscópio, a vida inteligente do Homem, sua capacidade de estabelecer relações, de transferir experiências, de construir sempre um novo futuro. Através da escola os indivíduos têm contato com recortes específicos da cultura de uma sociedade, mas não com ela em sua totalidade. O restante do conteúdo cultural de uma dada sociedade chega ao indivíduo através do espaço familiar, dos grupos de amizade, das atividades lúdicas, das artes em geral, dos “mass mídia”.
O Patrimônio Cultural de uma dada sociedade é algo dinâmico e variável pela própria natureza do processo que o produz e preservá-lo não deve significar jamais “engessá-lo” ou “congelá-lo”; porém, oferecer oportunidades e espaços onde o processo da produção cultural seja percebido, analisado, compreendido, transformando-se em referencial necessário ao próprio reconhecimento da identidade pessoal e coletiva, bem como sustentação para a Criatividade necessária ao advento do futuro.
Se as sociedades mundiais já partilham de um acervo comum de conquistas tecnológicas, e estão criando uma c,omunidade cultural planetária, tal acontecimento não é suficiente para torná-las idênticas; cada qual deverá manter suas características próprias determinadas pelos caminhos evolutivos que trilhou, sendo exatamente essa diferença que a fará atraente e potencialmente capaz de desenvolvimento endógeno.
Tem-se, pois, que a Criatividade humana é a condição “sine qua non” para a continuidade da espécie, através dos séculos e milênios. Porém, o gênio criador do “Homo Sapiens Sapiens” necessita permanentemente ser estimulado para que possa dar respostas adequadas às necessidades que emergem no seu fazer histórico, pois é sempre diante da necessidade, da solicitação iminente que o pensamento humano avança além das fronteiras conhecidas.
A Política Cultural a ser desenvolvida por um governo deverá ser, sempre, um conjunto de medidas que possam garantir a progressiva realização das potencialidades dos membros da coletividade, dentro de um processo de desenvolvimento, priorizando a preservação do patrimônio e memória culturais, a defesa da identidade cultural, a democratização do o a valores culturais e a criação de condições para a estimulação da Criatividade no seio da população. Ao Estado não compete, absolutamente, produzir Cultura, mas criar incentivos e condições que viabilizem a preservação das múltiplas facetas daquela produzida pelos vários segmentos sociais em seu interior. Ao Estado compete o papel de facilitador e articulador político para que a produção própria do seio da sociedade possa expandir-se.
Parece-me importante lembrar que o responsável pela condução de uma Política Cultural deverá buscar um diálogo permanente com as pastas da Educação, da Saúde, do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio, para que os conteúdos culturais múltiplos da sociedade sejam devidamente evidenciados, priorizados e resguardados. Tal colocação justifica-se pelo fato de estar muito ao gosto das elites dirigentes somente a valorização e a preservação do que chamaríamos de “belos”, “exóticos”, “raros”, “artísticos” exemplares da ação humana, assim como a promoção insistente e indiscriminada das expressões culturais que já estão no mercado, reforçadas pela mídia eletrônica e a imprensa, como os espetáculos que uniformizam o gosto e a sensibilidade de milhões de cidadãos.
Finalmente, será sempre enriquecedor para o condutor de uma Política Cultural Governamental oportunizar debates nacionais, regionais, locais, envolvendo Universidades, Centros Culturais, Museus, Associações comunitárias, de classe e outros, com vista à incorporação de conhecimentos já produzidos e a melhoria do seu próprio desempenho.
Regina Márcia Moura Tavares é antropóloga, professora universitária aposentada, consultora acadêmica internacional, membro da ACL, do IHGGC e de inúmeras associações culturais nacionais e internacionais.