Neste 31/07, o kartódromo da lagoa do Taquaral será palco de um domingo especial, com muita informação e diversão para toda a família 6y601v
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2020 apontam que o Brasil tem cerca de 9,5 milhões de crianças menores de 10 anos com algum grau de sobrepeso. E isto pode acarretar consequências graves, como maior risco para doenças do coração, hipertensão arterial, diabetes e até má formação do esqueleto, pois a fase de crescimento é uma das mais importantes da vida. Pensando nisso, a Unimed Campinas, por meio da sua área de Medicina Preventiva, preparou um domingo especial a fim de incentivar a prática esportiva e de exercícios e uma alimentação saudável em família, de forma lúdica, leve e divertida. Tudo em favor de uma infância com saúde e mais feliz.
Denominada Cresça em Movimento, a ação acontece no kartódromo da Lagoa do Taquaral neste domingo, 31 de julho, das 9h às 13h, com o gratuito. Aberta para toda a comunidade de Campinas e região, vai oferecer muitas brincadeiras, instruções para a prática de atividades físicas infanto-juvenis, informações nutricionais e muitas orientações de prevenção em saúde.
O encontro vai contar com bike suco, uma bicicleta especial em que um adulto ou uma criança conseguem preparar um suco enquanto pedalam; oficina saudável, com dicas de como substituir itens da alimentação por opções mais saudáveis de forma lúdica e criativa, além de demonstrações da quantidade de açúcar e sódio presente nos alimentos processados; circuito de atividades, alongamento e ginástica funcional em família com acompanhamento de educador físico; brinquedos divertidos e roda de capoeira para pais ou responsáveis e filhos. Haverá, ainda, a estação com Vôlei Renata, com quadras de mini vôlei e participação dos atletas do time.
Esse dia especial promete deixar as crianças felizes, empolgadas e motivadas a manterem-se em movimento, além de integrar ainda mais as famílias, principalmente na hora da alimentação e dos exercícios e brincadeiras.
Interessados não necessitam fazer inscrição prévia. Para participar, basta chegar e aproveitar!
Serviço
O que: Evento Cresça em Movimento
Para quem: Comunidade em geral (adultos e, principalmente, crianças)
Onde: Kartódromo da Lagoa do Taquaral
Quando: 31/07 – domingo
Horário: das 9h às 13h
Quanto: Grátis
Instituições parceiras: Prefeitura de Campinas, Sanasa, Vôlei Renata e Goodbom Supermercados.
]]>Animação permanente, desde a hora do alongamento, foi a tônica da quinta edição da Caminhada do Humor, que aconteceu na manhã deste domingo, 11 de setembro, às margens do rio Piracicaba. Mais uma atração ligada ao 43º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, a Caminhada do Humor mobilizou pessoas de todas as idades, de várias cidades da região, que não se intimidaram com o calor de mais de 30 graus.
A concentração foi em frente ao Armazém 14 do Engenho Central, onde está a mostra oficial do Salão de Humor, e ao lado do Armazém 9, onde foi montada a mostra Humor e Movimento. Aos poucos os inscritos na Caminhada foram chegando, como os membros do Clube da Corrida e da Caminhada do SESC-Piracicaba. “Foi uma grande ideia essa Caminhada, porque além de tudo as pessoas têm a oportunidade de visitar o Salão”, comentou Antônio Pedro de Oliveira, de 65 anos, membro do Clube que hoje conta com cerca de 100 membros.
Estimular o movimento e o humor, como fundamentais para a saúde integral e a cidadania, é de fato o propósito da Caminhada, acentuou Eduardo Grosso, diretor do Centro Nacional de Humor Gráfico de Piracicaba, um dos realizadores do evento, ao lado da Prefeitura, Secretaria Municipal de Ação Cultural e Salão Internacional de Humor de Piracicaba.
Vários patrocinadores se juntaram para apoiar a Caminhada: Arcor do Brasil, Instituto Arcor Brasil, Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (ACIPI) e Unimed Piracicaba. E foram também vários apoiadores, como Chelso Sports&Business, Supermercado e Varejão Paraty, Secretaria de Esportes, Lazer e Atividades Motoras (SELAM).
Os participantes receberam kits com viseiras, camiseta e água. O percurso começou na ponte pênsil sobre o rio Piracicaba, ou pela Casa do Povoador, desceu por toda a região da rua do Porto e continuou na ponte da Nova Piracicaba e ruas de terra do Parque do Engenho Central, até a volta ao ponto de concentração. Os participantes vibravam quando o animador, de cima do carro de som, avisava que estavam sendo filmados pelo drone que sobrevoou todo o trajeto. Alta tecnologia e o mais saudável dos movimentos – a caminhada – para juntar famílias, amigos e grupos, sob o sol da alegria.
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Instituição pioneira do polo científico e tecnológico de Campinas, o Instituto Agronômico (IAC) é responsável por pesquisas que resultaram em grande parte dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Apesar de sua relevância histórica, o IAC não tem recebido a atenção que merece do poder público e sociedade em geral, mas esse cenário pode começar a mudar com iniciativas como a Corrida e Caminhada do Café, que acontece neste domingo, a partir das 8h30. O percurso de 6 quilômetros ará por alguns dos pontos de destaque da Fazenda Santa Elisa, principal centro experimental do Instituto.
De fato, os participantes da Corrida e Caminhada do Café poderão conhecer um pouco mais sobre a história e a importância da cultura cafeeira na região de Campinas e no Brasil. O centro experimental começou a ser formado em 8 de fevereiro de 1892, quando foi instalado o campo de demonstração do IAC em terras da então “Chácara Santa Elisa”.
Localizada na área urbana de Campinas, no jardim Nossa Senhora Auxiliadora, a fazenda tem 692 hectares e 14 quilômetros de divisas e abriga sete centros de pesquisa do IAC: café, grãos e fibras, horticultura, solos, ecofisiologia e biofísica, fitossanidade e recursos genéticos vegetais. Os prédios de pesquisas, istração, laboratórios e estufas são rodeados por bosques, gramados e coleções raras de plantas nativas e exóticas.
Na Fazenda Santa Elisa está, de fato, um dos maiores projetos de preservação de árvores nativas e exóticas do Brasil, fruto do trabalho de décadas do professor Hermes Moreira de Souza. Formado na Esalq, em Piracicaba, ele dedicou-se por 42 anos à Botânica. Trabalhou na Seção de Floricultura do IAC de 1962 a 1984.
As primeiras águas do ribeirão Quilombo, afluente do rio Piracicaba, nascem nessa área ambiental. O percurso contempla a agem por ruas com cafés, lagos, plantações variadas, o histórico Centro de Café que tem o nome do renomado pesquisador Alcides Carvalho e o bambuzal em forma de corredor plantado pelo Barão Geraldo de Rezende para a sua filha albina se proteger do sol. Alcides Carvalho é considerado um dos maiores nomes da pesquisa em café no mundo.
O professor Ali El-Khatib, idealizador do Campinas Café Festival, entidade responsável pela realização da “Corrida e Caminhada do Café”, afirma que o evento esportivo e cultural também tem como objetivo mostrar o trabalho do Instituto Agronômico de Campinas e outras entidades, como a Unicamp, para a pesquisa e desenvolvimento do segmento cafeeiro no Brasil.
“O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. O café é um alimento saudável, consumido pela maioria dos brasileiros. A corrida tem como tema: ‘Café – O Aroma do Conhecimento e o Sabor da Felicidade’”, afirma. Ele acrescenta que há 35 anos divulga através de eventos a cultura árabe no Brasil, que tem no café um dos seus expoentes. O evento no IAC também terá apresentação de danças árabes, barracas de venda de café e doces típicos.
Mais sobre a corrida e caminhada Serão realizadas provas de corrida 6k e caminhada 5k, na categoria masculino e feminino, em cada uma das faixas etárias: 16 a 24 anos, 25 a 34, 35 a 44, 45 a 54 e mais de 55 anos. Para as crianças de cinco a dez anos ocorre a Corrida Kids, com no máximo 50 participantes.
O percurso será de 50 metros para os pequenos de cinco a sete anos e 100 metros de oito a dez anos. Serão premiados com troféus os cinco primeiros colocados na corrida geral – masculino e feminino e com medalhões os três primeiro colocados de cada categoria (masculino e feminino), em cada uma das faixas etárias.
]]>A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no dia 5 de agosto, com muitas mensagens de cunho ecológico, motivou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a ampliar a divulgação da estratégia para vincular esporte e sustentabilidade. A iniciativa do PNUMA foi batizada de Estratégia Michezo, palavra que significa “esportes” e “jogo” no idioma kiswahili, presente na África Oriental e que mantém laços com outros idiomas.
A estratégia de longo prazo para vincular esporte e meio ambiente, por meio da difusão da ética e dos valores ambientais em todos os níveis do esporte, inclusive do esporte recreativo, foi formulada pelo PNUMA e está em vigor desde 2003. Os objetivos centrais da Estratégia Michezo são a promoção da integração dos aspectos ambientais ao esporte; a utilização da popularidade dos esportes para promover a sensibilização do público, sobretudo dos jovens, sobre questões ambientais; e promover o aperfeiçoamento das instalações esportivas e métodos de fabricação de materiais esportivos respeitando as premissas da sustentabilidade.
O PNUMA destaca a íntima ligação do esporte com a natureza. “Um meio ambiente saudável é necessário para o esporte saudável, e esta intimidade com a natureza é o que motiva e inspira muitos atletas”. Por outro lado, um meio ambiente degradado representa um obstáculo para a motivação das pessoas em praticar esportes e pode até colocar em perigo a realização de eventos esportivos.
As instalações de eventos e atividades esportivas também repercutem no meio ambiente, observa o PNUMA. As instalações e eventos esportivos contribuem no consumo de energia, para a emissão de gases de efeito-estufa e eliminação de resíduos, tóxicos ou não, e também para a deterioração da camada de ozônio e do habitat e para a perda da diversidade biológica, a erosão do solo e poluição da água e do ar.
A Estratégia Michezo complementa, sobre os impactos ambientais do esporte: “Os fabricantes de artigos esportivos e os grandes acontecimentos esportivos, como os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de Futebol da FIFA e o Tour de empregam a milhares de pessoas, compram e consomem recursos em grande escala, produzem milhões de bens de consumo, utilizam energia e água, geram resíduos sólidos, urbanizam terrenos e utilizam e operam frotas de veículos”.
O documento do PNUMA assinala que, em contrapartida, os esportes são uma das formas de lazer mais populares. E justamente por essa grande audiência, os participantes e/ou torcedores de esportes representam um importante meio de promoção de mensagens ambientais.
É especial o papel dos atletas, nota o PNUMA: “Milhões de pessoas iram os esportistas de sucesso e os consideram arquétipos sociais. Estes arquétipos, que são irados por valores como honradez, paixão pelo trabalho, espírito de equipe e cooperação, a disciplina, a dedicação, a dignidade e o respeito aos demais podem desempenhar uma função primordial para influenciar e estimular atitudes da sociedade relativas ao meio ambiente”.
O PNUMA observa que seu trabalho com a relação entre esporte e meio ambiente começou em 1994, quando subscreveu acordo de cooperação com o Comitê Olímpico Internacional (COI). Foi dois anos depois, portanto, da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro.
Em 1994 o COI considerou o meio ambiente como terceiro pilar do movimento olímpico internacional, ao lado do esporte e da cultura. O COI também criou uma Comissão de Esportes e Meio Ambiente para assessorar o seu Conselho Executivo. Em parceria com o COI e várias confederações e federações esportivas, o PNUMA elaborou a Agenda 21 para o Esporte e o Meio Ambiente. PNUMA e COI são igualmente parceiros na realização bienal de conferências internacionais sobre esporte e meio ambiente, tema também de seminários regionais.
Áreas de atuação da Estratégia Michezo - A Estratégia Michezo compreende quatro grandes áreas de atuação para o próprio PNUMA e outras instâncias do sistema das Nações Unidas, para promover e aprofundar os vínculos entre esporte e meio ambiente:
I – Participação na iniciativa do Secretário Geral:
O PNUMA assume o compromisso de apoiar a equipe do Secretário Geral da ONU sobre Esportes para o Desenvolvimento e a Paz, nos esforços para ligar esporte e meio ambiente. O PNUMA também pretende ampliar laços com outros órgãos das Nações Unidas, para promover a ligação entre esporte e meio ambiente e na contribuição dessa ligação para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, também conhecidos como Metas do Milênio e que têm seu prazo estipulado para 2015.
II – Promoção da sensibilização sobre questões ambientais por meio do esporte
III – Fortalecimento do trabalho do PNUMA com organizações esportivas internacionais
IV – Organização de eventos e publicações sobre questões da atualidade
A implementação da Estratégia Michezo está a cargo da Divisão de Comunicação e Informação Pública do PNUMA, em cooperação com escritórios regionais e outras divisões desse órgão da ONU. Uma atenção especial é dada para envolver a juventude na ligação entre esporte e meio ambiente em esfera global.
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Por Adiana Menezes
“O Atleta e o Mito do Herói”, da pesquisadora Katia Rubio, jornalista e psicóloga da Universidade de São Paulo (USP), faz uma análise atual e profunda sobre a construção do imaginário esportivo contemporâneo e o bem social que o esporte representa para a humanidade. Em tempos de Olimpíadas no Brasil, a leitura pode ampliar a visão do leitor e espectador sobre os atletas e as práticas esportivas.
Veja abaixo a segunda parte da resenha do livro (clique aqui para ver também a primeira parte publicada dia 5/08).
Resenha (2ª parte)
A inclusão desde a Antiguidade
Na Antiguidade, o atleta ganhava a coroa de louros e privilégios como isenção de impostos, pensões vitalícias, escravos e outras regalias. Era uma forma de inclusão. Ele entrava também para a galeria dos heróis mitológicos, ando a ser reconhecido em documentos e praças públicas. Hoje, eles recebem as medalhas e em vez de isenções ganham contratos publicitários milionários, além de prestígio. Os narradores esportivos referem-se ao atleta como heróis sem cerimônia.
O atleta moderno se amolda à estrutura heroica com os mesmos valores adjacentes do confronto, da luta, da ascensão e do domínio. Essa referência mítica ainda é muito forte no esporte, uma vez que a máxima para o atleta é a vitória.
Por valorizar aquele que é o melhor, a sociedade impõe padrões de comportamento que privilegiam o mais forte, mais habilidoso, o que chega em primeiro lugar. Dentro dessa lógica, aquele que persegue esse objetivo é tomado por herói.
Os conceitos apresentados por Katia Rubio, em seu livro “O Atleta e o Mito do Herói – O imaginário esportivo contemporâneo”, de Katia Rubio (São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001), vão aos poucos dando clareza sobre o mito do herói. Para se situar no tempo, a autora se aprofunda na conceituação do que é o moderno, modernismo e modernidade. Seu foco se concentra no final do século XX e início do XXI.
Dentro da sociedade moderna, ela apresenta os conceitos vigentes sobre mobilidade (a ordem está no movimento), descontinuidade (decorrência da mobilidade), o cientificismo (a fetichização da ciência),o esteticismo (a invasão de todos os recantos da vida cotidiana pela arte ou alguma forma de arte, ainda que desbastada), a representação sobre o real (decorrência do esteticismo).
Em seguida, o pós-moderno, o pós-modernismo e a pós-modernidade são destrinchados no texto. No terceiro momento, o esporte e a indústria esportiva entram associando imagem e marca, de forma inseparável. A pós-modernidade é marcada por uma atenção maior ao presente, o que contrapõe a modernidade, onde a vida individual e coletiva são pensadas sobre um projeto futuro.
Embasada no antropólogo Clifford Geertz, a autora discorre sobre a cultura contemporânea e a comunicação. Geertz (1989, p.15) acredita que o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu; a cultura seria as teias e sua análise.
Em todo o seu texto, Katia confronta conceitos sobre cultura de diferentes autores, como Wallerstein e Boyne; Chauí e Paula Carvalho, e Morin.
Quando fala sobre o imaginário e suas estruturas, ela cita a chegada do futebol no Brasil, que se deu por meio de um processo de difusão cultural trazido pelos filhos da burguesia brasileira que foram estudar na Inglaterra e também pelos próprios ingleses que vieram ao Brasil trabalhar nas indústrias desde o final do século XIX. Traz aqui a referência do antropólogo Roberto DaMatta, segundo o qual o futebol foi introduzido no Brasil sob o signo do novo.
Ao tratar sobre o imaginário, adentra no universo do simbólico e bebe na fonte de diversos autores e linhas de pensamento. Até chegar a uma síntese, na qual o imaginário não é a negação total do real, mas apoia-se no real de modo a transformá-lo e deslocá-lo, dando origem a novas relações no aparente real.
O simbólico, que em primeira instância vai ser encontrado na linguagem, encontra-se com o imaginário, porque no fim das contas o imaginário utiliza o simbólico para existir, discorre a autora, entrelaçando as teorias. “Por outro lado, o simbolismo pressupõe a capacidade imaginária, uma vez que presume a condição de ver em uma coisa o que ela não é, de vê-la diferente do que é.”
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Por Adriana Menezes
As Olimpíadas 2016 já começaram. Hoje acontece no Rio de Janeiro a festa oficial de abertura, e o clima na cidade já é de festa. Para quem não está na Cidade Maravilhosa, restam as transmissões pela TV ou internet, nos canais convencionais ou alternativos. Muito mais que um espetáculo esportivo, todos nós sabemos que o evento é também político e social. Temos ali ampliados os problemas nacionais de segurança e violência, de má gestão e corrupção, de obras superfaturadas e inacabadas, de uso político, de desigualdades sociais, e muito mais. Mas temos também aquilo que nós somos. Sem ufanismos ou paixão cega, é preciso enxergar o que temos e o que somos. A minha torcida é para que a Olimpíada tenha a nossa cara, com erros e acertos, porque o esporte compõe o imaginário social e é também um bem cultural para a sociedade, diz Katia Rubio em seu livro “O Atleta e o Mito do Herói”.
Para entrar no clima olímpico à distância, compartilho abaixo a resenha que fiz deste livro onde a autora mostra a diferença entre o esporte e uma simples atividade física. O objetivo de Rubio, jornalista e psicóloga, é compreender a constituição do imaginário do atleta. Publicado há 15 anos, o livro traz uma análise muito atualizada. A construção desse imaginário esportivo contemporâneo se dá a partir da relação entre os feitos atléticos e as façanhas heroicas da mitologia.
Uma versão reduzida e editada por Patrícia Mariuzzo foi publicada na Revista eletrônica Pré-Univesp (número 58, edição de junho. Confira aqui).
O texto que segue abaixo é a primeira parte da resenha, que dividirei em três partes.
O Atleta e o Mito do Herói
Quem começa a ler o livro “O Atleta e o Mito do Herói – O imaginário esportivo contemporâneo”, de Katia Rubio (São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001) com a expectativa de que vai encontrar tão somente um texto sobre atletas e mitos, especificamente, vai se surpreender com uma análise que extrapola este universo esportivo e mitológico.
A leitura vai acrescentar conceitos e teorias de História, Filosofia, Comunicação e Psicologia, finalizando com um toque jornalístico onde a autora inclui depoimentos de atletas reais – sem seus nomes, mas que em alguns casos são facilmente identificados.
O estilo e o formato do texto estão muito alinhados à formação da autora, que é jornalista e psicóloga, mestre em Educação Física e doutora em Educação. Na atuação profissional, já participou do Conselho Regional de Psicologia (CRP) como conselheira titular e foi coordenadora da Comissão de Esportes da mesma entidade.
Katia Rubia desenvolve sua análise a partir de conceitos que ela apresenta de forma aprofundada e com muitas referências. Parte da premissa de que o esporte compõe o imaginário social e é também um bem cultural para a sociedade. Quando busca esclarecer o conceito de esporte, ela mostra a diferença entre esporte e uma simples atividade física.
O objetivo da jornalista e psicóloga é compreender a constituição do imaginário do atleta. A construção desse imaginário esportivo contemporâneo se dá a partir da relação entre os feitos atléticos e as façanhas heroicas da mitologia. A autora vai relacionar o regime de imagens de Gilbert Durand e o trajeto heróico de Joseph Campbell.
Joseph Campbell e sua obra “O poder do mito” servem de referência para a autora ao longo do seu trabalho. Por ser referência sobre a análise do mito, Campbell é muitas vezes citado. Para ele, mito é parte integrante e indissociável da existência humana. Os mitos têm sido a inspiração de todos os demais produtos possíveis das atividades do corpo e da mente humanos.
Na definição de Gilbert Durand (1985), o mito se configura como um relato (discurso mítico) que dispõe em cena personagens, situações, cenários, segmentados em unidades semânticas carregadas por uma crença. O imaginário, conforme Durand, é um sistema ordenador de imagens que permite compreender o modo organizador do indivíduo.
O texto a ainda pelo conceito de Jung sobre arquétipo, que deriva da observação sistemática de que os mitos e os contos da literatura universal encerram temas bem definidos que reaparecem sempre por toda a parte.
A autora percorre uma aventura mítica, perseguindo o trajeto heroico dentro do esporte, buscando integrar elementos do universo esportivo competitivo contemporâneo em sua descrição. O esporte é tratado como uma expressão da cultura atual e como produto de comunicação de massas. Dentro desta cultura contemporânea, os meios de comunicação de massa vão exercer um papel crucial na construção do imaginário do mito.
O atleta enquanto herói constela entre figuras como Hércules, Ulisses, Jonas, sempre como o idealizador de feitos incomuns. Essa despersonalização vincula o herói esportivo ao herói arquetípico, conduzindo ao território do imaginário e todo um universo simbólico, porém desconhecido.
]]>Quatro atletas da Associação Paraolímpica de Campinas (APC) estarão nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Clodoaldo Silva, Ítalo Gomes e Vanilton Filho, da natação, e Odair dos Santos, do atletismo, estão entre os 278 atletas da delegação divulgada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (B) e que vão disputar 22 modalidades. Os atletas guia Carlos dos Santos e Eriton de Aquino e o técnico Fábio Breda, da APC, também estão na delegação.
Conhecido como “Clodoágua”, Clodoaldo Silva nasceu em Natal (RN) conquistou seis medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Paralímpicos de Atenas, em 2004. Já soma 13 medalhas em Paralimpíadas.
Ítalo Gomes na saída de uma de suas provas na 1ª Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa, em 2016. Crédito: Patrícia Nascimento/Divulgação
Depois de debutar com quatro medalhas (uma de ouro e três de bronze) no Parapan de Toronto, em 2015, Ítalo Gomes segue confiante para sua segunda Paralimpíada. Ele conta que, embora já tivesse conquistado o índice para a disputa dos Jogos há algum tempo, a certeza da convocação “não deixou de ser uma surpresa”. Agora, o jovem tocantinense segue com a preparação final antes dos Jogos, visando uma boa participação em setembro: “Vou buscar dar o meu melhor e realizar o que já venho fazendo nos treinos para que eu consiga tornar possível um pódio no Rio”.
O nadador Vanilton Filho já fez sua estreia nos Jogos Parapan-Americanos em Guadalajara, no México, com a conquista de quatro medalhas de ouro. Ele é goiano.
Vanilton Filho na saída de uma de suas provas na 2ª Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa, em 2016. Crédito: Patrícia Nascimento/Divulgação
Membro da comissão técnica em outras três edições (Atenas, Pequim e Londres), Fábio Breda – técnico do B há 10 anos – revela ter ficado bastante ansioso até a divulgação oficial. Antes de juntar-se à delegação, ele vai ar as próximas cinco semanas acompanhando os atletas de provas longas na altitude da Colômbia, mas já faz projeções positivas para o evento: “Todos os profissionais da Seleção de Atletismo estão trabalhando muito para oferecer as melhores condições de treinamento e desenvolvimento aos nossos atletas. Espero que este trabalho e dedicação se revertam em medalhas e sucesso nos Jogos”.
O atleta Odair dos Santos é natural de Limeira. Já tem sete medalhas paralímpicas, obtidas nos Jogos de Atenas (2004), Pequim (2008) e Londres (2012).
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Começa hoje a Semana da Síndrome De Down em Campinas, com o 1º Jogo de Futebol Ponte Preta / Mano Down Campinas no Estádio Moisés Lucarelli. O evento – com Food Truck no local – é aberto ao público, a partir das 9h. Em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, haverá ao longo da semana palestra sobre mitos e verdades, happy hour ‘Vamos ocupar Campinas’, informações sobre a recém-criada Lei Brasileira de Inclusão e uma caminhada no Taquaral. Amanhã (14/03) na Câmara Municipal de Campinas, acontece em Sessão Solene aberta ao público, das 14h às 15h, a abertura oficial da Semana, que se encerra no próximo domingo (20/03) com a Caminha pela Inclusão.
‘Vamos ocupar Campinas’
O chamamento da Fundação Síndrome de Down para “ocupar todos os espaços” #eufaçoparte é um apelo às famílias para aumentar a visibilidade da luta pelos direitos das pessoas com Síndrome de Down. “Vamos ocupar Campinas!” é o convite dos organizadores para o Happy Hour na quinta-feira (17/03) – veja programação completa abaixo ou no site (www.fsdown.org.br/event/semana-da-sindrome-de-down/).
Caminhada pela Inclusão de 2015, no Taquaral, em Campinas; esse ano ela acontece dia 20/03, às 9h, na Arautos da Paz. Organizadores convidam: “Vamos ocupar Campinas” por uma causa, a consciência dos direitos das pessoas com Síndrome de Down
‘Mitos e Verdades’
A secretária do Direito das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas, Emmanuelli Garrido Alkmin, dá início amanhã às atividades da Semana Síndrome De Down, às 18h30, no Salão Vermelho da Prefeitura. Às 19h, haverá uma palestra sobre “Mitos e Verdades” a respeito da síndrome. Profissionais do Centro de Educação Especial Síndrome de Down (CEESD) e da Fundação Síndrome de Down esclarecem dúvidas com o objetivo de levar informação e romper barreiras.
Lei Brasileira de Inclusão
Na quarta-feira, das 19h às 21h, a secretária Emmanuelli Garrido Alkmin fará palestra sobre a Lei Brasileira de Inclusão (de 10 de junho de 2015), no auditório da Fundação Síndrome de Down, em Barão Geraldo (Campinas). Inscrições por email ([email protected]).
Caminhada
No domingo (20/3), a programação se encerra com a 5ª Caminhada pela Inclusão, às 9h, na Praça Arautos da Paz. A camiseta já está à venda (R$ 25,00) na sede do CEESD (Rua Ezequiel Magalhães, 99, Vila Brandina, Campinas – ao lado da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac) ou pelo telefone (19) 3795-4690.
Programação de 13 a 20 de março
13/03 (neste domingo) – 09h00
Food Truck e 1º Jogo de Futebol Ponte Preta / Mano Down Campinas
(Poderão participar pessoas com síndrome de Down, a partir de 07 anos de idade)
Convidados: aberto ao público.
Local: Estádio Moisés Lucarelli
14/03 (segunda-feira)
14 às 15h00 – Sessão Solene na Câmara dos Vereadores
Abertura Oficial da Semana da Síndrome de Down.Convidamos pessoas com Síndrome de Down, familiares, sociedade civil, entidades e seus representantes.
Local: Câmara de Vereadores.
18h30 – Abertura
Com a presença de Emmanuelle Garido Alkmin – SMPCD e representantes do CEESD, da Fundação e Mano Down.
19 às 20h30 – Palestra “Mitos e Verdades” sobre Síndrome de Down.
Profissionais do Ceesd e da Fundação abordarão diversas questões relacionadas a síndrome de Down. Aberto ao público.
Local: Salão Vermelho da Prefeitura
16/03 (quarta-feira) – 19 às 21h00
Palestra sobre LBI – com Emmanuelle Garido Alkmin – Secretaria da Pessoa com Deficiência de Campinas, e apresentação do Panorama da Pessoa Com Deficiência em Campinas – FEAC.
Convidados: Aberto ao público, familiares e Pessoas com Síndrome de Down. Local: Auditório da Fundação S.Down – Barão Geraldo/Campinas – SP
INSCRIÇÕES PARA AS PALESTRAS: [email protected]
17/03 (quinta-feira) – 19h00
Happy Hour
Vamos ocupar Campinas!!! Convidamos todas as famílias a participarem do Happy Hour com seus filhos, familiares e amigos. Vamos ocupar nossos espaços! #eufaçoparte.
Local: Bares, restaurantes, sorveterias, estejam recebendo a todos os convidados.
20/03 (domingo) – 09h00
5ª Caminhada pela Inclusão – Praça Arautos da Paz
Camiseta do evento no valor de R$ 25,00 pelo telefone (19) 3795-4690, ou na sede do CEESD, que fica localizado na Rua Ezequiel Magalhães, 99, Vila Brandina, Campinas-SP (Referência: Condomínio Iguatemi, ao lado da FEAC) ou na sede da Fundação Síndrome de Down, em Barão Geraldo.
Saiba mais no site da Fundação Síndrome de Down: www.fsdown.org.br/event/semana-da-sindrome-de-down/
]]>Terminam no dia 2 de março as inscrições para os empreendimentos de agricultura familiar que desejam participar das Praças Brasil Saudável e Sustentável nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Os interessados devem ar o edital de chamada pública aberto pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Serão selecionadas até 45 organizações familiares para participar da iniciativa. Serão estruturados quatro espaços de comercialização no Rio de Janeiro. As praças serão adequadas para que as cooperativas possam demonstrar e vender seus produtos dos dias 5 a 14 de agosto de 2016, de acordo com o MDA, que tem o propósito de que cada local tenha de dez a 12 cooperativas familiares.
No dia 14 de março deve ser divulgada a lista com as organizações selecionadas. A classificação dos empreendimentos dependerá de critérios como possuir o Selo da Agricultura Familiar (Sipaf) e trabalhar com produtos agroecológicos e da sociobiodiversidade. Os grupos inscritos devem ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) jurídica e estar de acordo com a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
As praças serão montadas em quatro pontos turísticos do Rio de Janeiro, nas praças General Osório (Ipanema), Largo do Machado (Catete), São Perpétuo (Barra da Tijuca) e Saens Peña (Tijuca). A iniciativa é dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O link para a chamada pública está aqui.
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A Tocha Olímpica chega a Americana e Campinas no dia 20 de julho, de acordo com o roteiro divulgado nesta terça-feira, 19 de janeiro, pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. No dia 21 de julho a Tocha estará em Indaiatuba, também na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Jovens estarão entre os portadores da Tocha em Campinas e na região.
O roteiro da Tocha Olímpica até os Jogos no Rio de Janeiro começa no dia 21 de abril, quando ela será acesa em Olímpia, na Grécia. Como é tradição secular, a tocha é carregada inicialmente por uma atleta grego, que em seguida a entrega a um atleta do país anfitrião das Olimpíadas do ano em curso, no caso um brasileiro.
A Tocha chegará ao Brasil no dia 3 de maio, quando começa o revezamento pelo país. Ela circulará por 300 cidades brasileiras, sendo conduzida por 12 mil pessoas em 100 dias. Cada pessoa vai transportá-la por cerca de 250 metros.
No estado de São Paulo, o trajeto da Tocha começa por Itararé, no dia 16 de julho. O último município paulista no percurso será Ubatuba, a 27 de julho, quando então a Tocha chegará ao estado do Rio de Janeiro.
No último dia 10 de novembro, foram conhecidos os jovens participantes de Campinas no revezamento da Tocha Olímpica na cidade. Os nomes foram conhecidos durante a final do “Festival das Escolas”, realizada no ginásio do SESI.
Os estudantes escolhidos para transportar a tocha olímpica são: Lays Abreu (EE Professor Djalma Octaviano); Vinícius Franco Garcia da Silva (Colégio Genius); Thamyres Kauane da Silva (EE Professora Lais Bertoni Pereira); Thaynna Caroline Santos Macedo (EE Francisco Barreto Leme); Alice Peres dos Santos Neta (Instituto Educacional Shalom); Carlos Joaquim da Silva Junior (Instituto Educacional Estilo); Lucas Koizimi Matsuda (Sistema Educacional Realidade – SER); Evillyn Efigênia dos Santos Mafra (EE Professora Castinauta de Barros Mello e Albuquerque); Bruna Nathani de Souza Reis (EE José Maria Matosinho).
Das 10 escolas selecionadas para a final, uma não compareceu: a EE Professora Maria de Lourdes Campos Freire Marques. Assim, a vaga no revezamento da tocha, originalmente destinada a um de seus alunos, ficou com a professora Adriana Severino Fachini, da EE Professora Castinauta de Barros Mello e Albuquerque, que carregará a chama olímpica com os estudantes. A escola vencedora da competição, na avaliação dos jurados, foi o Instituto Educacional Shalom, seguido do Sistema Educacional Realidade (SER), em segundo lugar; e do Colégio Genius, em terceiro.
O Festival das Escolas foi promovido pela Coca-Cola FEMSA Brasil. A Coca-Cola Brasil está indicando mais de 500 estudantes, participantes do Festival das Escolas 2015, para o Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016, como condutores da Chama Olímpica. O projeto incentivou a vida ativa para mais de 1.350 escolas e cerca de 700 mil alunos de todo país, com eventos em mais de 30 cidades do território nacional.
Alunos do revezamento e professores, no Festival das Escolas em Campinas (Foto Gerson Leoni Zanon/Divulgação)
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