Agência Social de Notícias 4n4v4 RMC – Região Metropolitana de Campinas Notícias Wed, 11 Jun 2025 09:55:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.1.41 Em Morungaba 4g6h9 Teatro Municipal e Praça dos Italianos são alvos de vandalismo /arquivos/20758 /arquivos/20758#comments Thu, 26 Dec 2024 18:56:00 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=20758 <![CDATA[O Teatro Municipal Fioravante Frare e a Praça dos Italianos, no Centro de Morungaba, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), foram alvos de ataques de vandalismo na noite desta quarta-feira, 25 de dezembro, por volta das 23 horas. Os vidros da fachada do Teatro Municipal Fioravante Frare foram apedrejados, a iluminação, diversos itens da decoração ...]]> <![CDATA[
O Teatro Municipal Fioravante Frare e a Praça dos Italianos, no Centro de Morungaba, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), foram alvos de ataques de vandalismo na noite desta quarta-feira, 25 de dezembro, por volta das 23 horas. Os vidros da fachada do Teatro Municipal Fioravante Frare foram apedrejados, a iluminação, diversos itens da decoração natalina e até a Casinha do Papai Noel foram danificados.O prefeito Marquinho Oliveira compareceu ao local assim que informado e postou em suas redes sociais as imagens do prejuízo. A prefeitura registrou o Boletim de Ocorrência com todos os detalhes levantados pela perícia da Polícia Científica que esteve no local por volta das 7 horas da manhã desta quinta-feira (26/12).
Vidros quebrados no ato de vandalismo em Morungaba (Foto Prefeitura Morungaba)

Vidros quebrados no ato de vandalismo em Morungaba (Foto Prefeitura Morungaba) 69y48

As equipes municipais já providenciaram a retirada dos vidros quebrados e a colocação provisória de tapumes e pedem a compreensão da população até que todas as substituições e os devidos reparos sejam feitos. Segundo o prefeito Marquinho, as imagens do monitoramento por câmeras estão sendo analisadas pela Polícia Militar para chegar ao responsável pelos prejuízos que estão estimados em cerca de R$ 20 mil.

Ainda no início da tarde desta quinta-feira (26) também foram registrados, próximo ao local, outros danos à iluminação de Natal na Praça do Artesanato (Praça Pedro de Camargo Neto).

 

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Trem Intercidades será nova plataforma para o desenvolvimento na RMC 203h1m /arquivos/20350 /arquivos/20350#comments Wed, 29 May 2024 23:23:52 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=20350 <![CDATA[Por José Pedro Martins Nesta quarta-feira, 29 de maio de 2024, o governador Tarcísio de Freitas assinou na Estação Cultura, em Campinas, o acordo de concessão do Trem Intercidades (TIC). Previsto para entrega em 2031, o TIC vai permitir a viagem de ageiros entre Campinas e São Paulo em pouco mais de uma hora, com ...]]> <![CDATA[

Por José Pedro Martins

Nesta quarta-feira, 29 de maio de 2024, o governador Tarcísio de Freitas assinou na Estação Cultura, em Campinas, o acordo de concessão do Trem Intercidades (TIC). Previsto para entrega em 2031, o TIC vai permitir a viagem de ageiros entre Campinas e São Paulo em pouco mais de uma hora, com 15 trens no serviço expresso. Na prática, o TIC representará uma nova plataforma de desenvolvimento para a Região Metropolitana de Campinas (RMC), pela criação de novo modal de transporte para a Região Metropolitana de São Paulo, a mais populosa e rica do Brasil. As duas regiões metropolitanas, somadas, representam mais de 20% do PIB brasileiro.

Várias autoridades participaram do evento de do contrato de concessão do TIC, que terá um investimento de R$ 14,2 bilhões, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do governo do estado e do Consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos (TIC Trens), vencedor da licitação para o empreendimento. Participaram da dirigentes das empresas que compõem o TIC Trens, a chinesa CRRC e a brasileira Comporte.

Entre outros, participaram da cerimônia o prefeito de Campinas, Dario Saadi, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado, os deputados federais Paulo Freire e Jonas Donizete e o deputado estadual Dirceu Dalben, presidente da Frente Parlamentar pela Malha Ferroviária na Alesp. Também presente o prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas.

 

 

É na quarta gestão de Reis à frente do Conselho que, portanto, a RMC entra em um novo ciclo de desenvolvimento, pela perspectiva de aprimoramento da conectividade entre as duas dinâmicas regiões metropolitanas, sede dos principais centros de ciência e tecnologia do país, em torno da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e também do maior complexo logístico do Brasil. A consolidação do mais importante ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do país, incluindo uma gigantesca rede de startups, é um dos cenários projetados com a implantação do TIC.

Em seu discurso, inclusive, o governador Tarcísio de Freitas evidenciou que um dos propósitos do Programa São Paulo nos Trilhos, também lançado hoje em Campinas, será permitir a ligação ferroviária (por trens, metrô e VLT) entre os três grandes aeroportos localizados nas duas regiões metropolitanas: Cumbica, em Guarulhos; Congonhas, em São Paulo; e Viracopos, em Campinas. O Programa prevê investimentos da ordem de R$ 190 bilhões, segundo o governador, incluindo duas linhas de VLT recém anunciadas para Campinas, permitindo o o da Viracopos e também a Hortolândia e Sumaré por trilhos.

Palco da do contrato de concessão, a Estação Cultura é a nova denominação da principal estação da histórica Companhia Paulista de Estradas de Ferro, inaugurada em 1872. Depois, com a inauguração da Companhia Mogiana, em 1875, Campinas se consolidou como o principal pólo ferroviário do estado. A partir da estação central da Paulista, Campinas formatou a sua configuração urbana e se projetou como grande polo nacional de produção e exportação de café. Várias cidades da futura Região Metropolitana de Campinas, como Sumaré, se estruturaram a partir de suas estações ferroviárias

O último trem de ageiros circulou pela atual Estação Cultura em 2001. A importância histórica das ferrovias para Campinas, que completa 250 anos no próximo dia 14 de julho, foi ressaltada no evento deste dia 29 de maio pelo prefeito Dario Saadi. A concessão assinada também contempla a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí e a concessão da linha 7-Rubi, entre Jundiaí e São Paulo hoje operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (TM).

Os anúncios por Tarcísio de Freitas deixaram claro que ele tende a se colocar como futuro candidato à Presidência da República no campo conservador. “O Brasil precisa voltar a andar de trem e isso deve começar por São Paulo”, afirmou.

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Coca 2c411p Cola FEMSA Brasil lança programa para contratação e capacitação de pessoas com deficiência em Campinas e Sumaré /arquivos/20197 /arquivos/20197#comments Thu, 02 May 2024 11:08:51 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=20197 <![CDATA[A Coca-Cola FEMSA Brasil lançou o programa Acelerando Talentos, voltado à contratação e capacitação de pessoas com deficiência (PcDs). Ao final dos processos, aqueles que forem aprovados terão a oportunidade de integrar o quadro de colaboradores da empresa na área de operações comerciais em regiões de atuação da companhia. Em São Paulo, há vagas disponíveis ...]]> <![CDATA[

A Coca-Cola FEMSA Brasil lançou o programa Acelerando Talentos, voltado à contratação e capacitação de pessoas com deficiência (PcDs). Ao final dos processos, aqueles que forem aprovados terão a oportunidade de integrar o quadro de colaboradores da empresa na área de operações comerciais em regiões de atuação da companhia. Em São Paulo, há vagas disponíveis para as cidades de Campinas e Sumaré.

A primeira turma será focada na formação de promotores (as) de vendas, para atuação em supermercados e outros PDVs. Para participar, os interessados precisam ter mais de 18 anos e Ensino Fundamental completo.

Para as vagas em Campinas e Sumaré as inscrições devem ser feitas até o dia 09 de maio pelo link https://forms.gle/TzSkvAwfRZo7H3BPA. Os inscritos participam do processo seletivo ainda no mesmo mês, e aqueles que forem aprovados no recrutamento do “Dia D”, previsto para o dia 24 de maio, serão contratados e receberão treinamento para assumirem seus postos de trabalho.

Essa capacitação será focada em oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional para PcDs e terá duração de duas semanas, com módulos abordando Protagonismo e Carreira; Relacionamento e Inteligência Emocional; Atendimento ao Cliente e Postura Profissional; entre outros. Além disso, o treinamento inclui vivência em pontos de venda e integração funcional, a fim de melhor compreensão das funções a serem executadas.

O Acelerando Talentos faz parte de um conjunto de ações promovidas pela área de Diversidade, Equidade e Inclusão da empresa. “Nosso objetivo vai além de atrair os profissionais. Buscamos oferecer oportunidade de capacitação e aperfeiçoamento para que possam integrar-se à companhia, ter um bom desempenho em suas funções e desenvolver suas carreiras na Coca-Cola FEMSA Brasil”, afirma Gabriela Araújo, Gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da companhia.

Sobre a Coca-Cola FEMSA
A Coca-Cola FEMSA é a maior engarrafadora da franquia Coca-Cola do mundo por volume de vendas. A Companhia produz e distribui bebidas das marcas registradas da The Coca-Cola Company, oferecendo um amplo portfólio de 134 marcas a mais de 270 milhões de consumidores todos os dias. A companhia comercializa e vende aproximadamente 3,8 bilhões de caixas unitárias através de mais de 2 milhões de pontos de venda por ano. Operando 56 unidades de manufatura e 249 centros de distribuição, a Coca-Cola FEMSA está comprometida a gerar valor econômico, social e ambiental para todos os seus grupos de interesse em toda a cadeia de valor. A Companhia é membro do Índice de Sustentabilidade de Mercados Emergentes do Dow Jones, Índice de Sustentabilidade MILA Pacific Alliance do Dow Jones, FTSE4Good Emerging Index; e do índice S&P/BMV Total México ESG, entre outros. Suas operações abrangem alguns territórios no México, Brasil, Guatemala, Colômbia e Argentina, e, em nível nacional, na Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Uruguai e Venezuela mediante um investimento na KOF Venezuela.

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Santa Bárbara d´Oeste mobilizada contra o trabalho infantil 1o1n4f /arquivos/19892 /arquivos/19892#comments Mon, 25 Mar 2024 21:21:12 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=19892 <![CDATA[Começaram as oficinas de sensibilização de combate ao trabalho infantil em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. Com o objetivo de engajar crianças e jovens na temática e divulgar as inscrições para o “2º Concurso Multicultural – Combate ao Trabalho Infantil 2024”, os encontros já foram realizados nesta segunda-feira, 25 de março, na ...]]> <![CDATA[

Começaram as oficinas de sensibilização de combate ao trabalho infantil em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. Com o objetivo de engajar crianças e jovens na temática e divulgar as inscrições para o “2º Concurso Multicultural – Combate ao Trabalho Infantil 2024”, os encontros já foram realizados nesta segunda-feira, 25 de março, na Escola Estadual “Alcheste de Godoy Andia”, no Jardim Pérola, na Escola Estadual “Prof. José Domingues Rodrigues”, no Jardim Esmeralda, e no CIEP “Prof. José Renato Pedroso”, no Jardim do Lago.

De maneira lúdica e interativa, as ações trazem o tema de forma a conscientizar sobre o combate ao trabalho infantil, o direito da criança do brincar e se desenvolver conforme Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), envolvendo os alunos de forma a debater tais questões.

As oficinas seguem até quinta-feira (28). Nesta terça-feira (26) elas acontecem na Emefei “Anália de Lucca Furlan”, no Cruzeiro do Sul, na Emefei “Profª Antônia Dagmar de A. Rosolen”, no Sartori, e Emefei “Profª Maria Martiniano Gouveia Valente” – Dª Bininha, no Conjunto Roberto Romano. As escolas foram indicadas pela Diretoria Regional de Ensino e Secretaria da Educação.

Inscrições Concurso Multicultural

As inscrições para o “2º Concurso Multicultural – Combate ao Trabalho Infantil 2024”, realizado pela Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste e CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) seguem até 1º de abril. Os estudantes podem participar e concorrer a prêmios nas áreas de redação, poesia, desenho/arte, grafite e música. Elas podem ser efetuadas pelo site www.santabarbara.sp.gov.br/concursomulticultural

Ao se inscrever, os candidatos devem escolher uma das áreas e seguir as temáticas das categorias: 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I – “Na minha idade brinco, estudo e dou trabalho”, 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II – “É certo trabalhar na minha infância?” ou 1ª a 3ª série Ensino Médio – “O que deve ser feito para acabar com o trabalho infantil?”.

A premiação será realizada dia 12 de junho – Dia Mundial contra o Trabalho Infantil em local a ser definido. Serão premiados os três primeiros colocados em cada área e categoria. As escolas que tiverem alunos premiados em 1º lugar também serão contempladas.

Os prêmios são: 1º lugar – um aparelho de celular, 2º lugar – um smartwatch e 3º lugar – um fone de ouvido sem fio. As escolas serão premiadas com um Echo dot.

Em 2023, 399 trabalhos foram inscritos e a cerimônia de premiação aconteceu em 30 de novembro no no Anfiteatro Municipal “Detinha Dagnoni”, no Paço Municipal. Eles podem ser conferidos no mesmo endereço eletrônico das inscrições: www.santabarbara.sp.gov.br/concursomulticultural

O Concurso

O concurso é a concretização de um trabalho iniciado ainda no final do período pandêmico, considerando a preocupação com a permanência de crianças e adolescentes nas ruas em situação de trabalho.

Esse trabalho está sendo norteado pelo Programa de Ações Estratégicas de Enfrentamento do Trabalho Infantil – AEPETI (Federal), através da criação da Comissão Intersetorial de Combate ao Trabalho Infantil e outras formas de violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, que reuniu as Políticas Públicas de: Assistência Social, Educação (Municipal e Estadual), Desenvolvimento Econômico, Saúde, Cultura, Esportes, Segurança e Trânsito, além do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA (responsável pela publicação desse Edital) e o Conselho Tutelar; a Procuradoria da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) eu Juizado Especial da Infância e Adolescência da Justiça do Trabalho (JEIA) de Campinas/SP.

O seu objetivo está pautado na construção de uma reflexão crítica envolvendo crianças, adolescentes, famílias e educadores em tecer novas perspectivas de futuro em torno da arte, bem como novas perspectivas de oportunidades e o aos direitos a todas as crianças e aos adolescentes.

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Caravana Iluminada de Natal da Coca 142248 Cola FEMSA Brasil chega a Campinas no dia 20 de novembro /arquivos/19346 /arquivos/19346#comments Thu, 17 Nov 2022 22:32:30 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=19346 <![CDATA[A Caravana Iluminada de Natal da Coca-Cola FEMSA Brasil, maior distribuidora de produtos Coca-Cola no mundo em volume de vendas, estará nas ruas e avenidas de Campinas na noite de 20 de novembro. Outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) também estão na rota do desfile natalino: Cosmópolis e Americana, dia 17; Sumaré, dia ...]]> <![CDATA[

A Caravana Iluminada de Natal da Coca-Cola FEMSA Brasil, maior distribuidora de produtos Coca-Cola no mundo em volume de vendas, estará nas ruas e avenidas de Campinas na noite de 20 de novembro. Outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) também estão na rota do desfile natalino: Cosmópolis e Americana, dia 17; Sumaré, dia 18; e Indaiatuba também no dia 20.

Próximo da RMC, o município de Jundiaí, onde está instalada a maior fábrica de Coca-Cola do mundo, receberá a Caravana no dia 19.

Depois de dois anos respeitando os protocolos de segurança por conta da pandemia de covid-19, a população voltará a conhecer o trajeto dos caminhões e poderá ir ao seu encontro para sentir de perto a magia do Natal. Com o conceito “O Natal Sempre Encontra o Caminho”, a iniciativa pretende resgatar a essência natalina, reforçando as relações humanas e o cuidado socioambiental.

“Nos últimos anos, por causa da pandemia, criamos diversas estratégias para manter a tradição, mas respeitando todos os protocolos de segurança. Com a melhora do cenário pandêmico e a população vacinada, podemos nos aproximar mais de nossos milhares de consumidores e parceiros. O intuito é levar o brilho de volta aos olhos das pessoas, fazendo valer o tema deste ano: o ‘Natal Sempre Encontra o Caminho’”, afirma Luciano Alves de Sá, Gerente Experience & Prestige s.

Diversidade, sustentabilidade e tecnologia 

Papai e Mamãe Noel estarão em um lindo coreto iluminado com efeitos de neve e vão saudar o público junto a uma mesa cheia de amor e delícias. Destacando o pilar de sustentabilidade, um dos caminhões traz madeira reaproveitada de pallets e contará ainda com painéis solares que vão gerar a energia para a iluminação e funcionamento de um sistema de bolhas de sabão que encantará todo o público. Além disso, haverá projeções e cenografias natalinas durante todo o trajeto.

Personalizando a presença feminina na Coca-Cola FEMSA Brasil, pelo segundo ano as caravanas serão conduzidas por duas mulheres, Izabel Aparecida Alves de Souza e Roselaine Manini Cassinelli. Durante todo o trajeto, elas estarão na boleia dos caminhões Actros, da marca Mercedes-Benz, reconhecidos pela utilização de tecnologias digitais e por seu sistema de segurança.

“Os pilares Meio Ambiente, Social e Governança sempre guiaram a Mercedes-Benz ao longo dos seus 66 anos no Brasil. A presença dos caminhões Actros nas Caravanas de Natal da Coca-Cola FEMSA está diretamente conectada com a estratégia ESG da Mercedes-Benz do Brasil. Com essa parceria, estamos indo além do nosso negócio de produção de caminhões e ônibus e desenvolver serviços. Estamos colocando os nossos caminhões para participarem de um momento especial que carrega tantos significados para crianças e adultos”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.

Maior número de cidades visitadas 

Resgatando o sentimento de união e a aproximação com a população, a Coca-Cola FEMSA Brasil levará as Caravanas Iluminadas para 67 cidades de sete estados em que está presente – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Carina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Serão cinco caminhões que vão percorrer 15 mil quilômetros durante 53 dias.

Será possível conferir o trajeto dos caminhões por meio do aplicativo Natal Coca-Cola. Caso queira, o consumidor poderá clicar para ver a rota e receber notificações, com contagem regressiva, sobre o dia em que ela ará pelo município. O app traz, também, outras funcionalidades como realidade aumentada, games interativos e filtros de Natal para selfies e está disponível em iOS e Android.

Além do aplicativo, é possível consultar a rota das caravanas no site https://www.coca-cola.com.br/natal.

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Região de Campinas celebra o Mês da Consciência Negra de 2022 condenando o racismo 5c2d6o /arquivos/19341 /arquivos/19341#comments Wed, 16 Nov 2022 21:05:33 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Direitos Humanos]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=19341 <![CDATA[Território em que foi intensa a utilização de mão-de-obra escravizada, sobretudo no cultivo do café no século 19, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) está celebrando o Mês da Consciência Negra de 2022 com várias atividades. Em muitos dos 20 municípios da RMC estão ocorrendo eventos que remetem à força, à resistência e à criatividade ...]]> <![CDATA[

Território em que foi intensa a utilização de mão-de-obra escravizada, sobretudo no cultivo do café no século 19, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) está celebrando o Mês da Consciência Negra de 2022 com várias atividades. Em muitos dos 20 municípios da RMC estão ocorrendo eventos que remetem à força, à resistência e à criatividade da cultura afro-brasileira. No geral, são eventos que apontam para a dura crítica ao racismo que ainda ocorre no país de formação multiétnica e pluricultural.

Durante muitas décadas do século 19, a população do município de Campinas, que originalmente cobria grande parte da atual configuração da RMC, era em sua maioria (ou no mínimo equivalente) de negros escravizados. Houve muitas rebeliões e fugas de escravizados no período, quando era comum os jornais noticiarem a venda de pessoas escravizadas.  A presença da cultura afro é marcante em toda região.

FEIRA PRETA É ATRAÇÃO EM SANTA BÁRBARA D´OESTE

     A programação especial em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado no próximo domingo, dia 20 de novembro, já começou em Santa Bárbara d´Oeste. As ações foram intensificadas no município para promover o conhecimento e o respeito pela cultura negra e por uma cultura de paz.

Intitulado “Novembro Negro. Todo Dia, Toda Hora”, o calendário começou nesta quarta-feira, 16 de novembro, com roda de conversa sobre os impactos do racismo na saúde, com Renata Cherbo e Maria Sueli, na Secretaria da Educação. O evento foi voltado para profissionais da saúde e agentes comunitários. Algumas escolas municipais também receberam mulheres e homens pretos para uma roda de conversa com alunos e professores. As atividades seguem nas escolas nos próximos dias.

No sábado (19) acontece a Feira Preta – 4ª Feira de Artes Culturais da Comunidade Negra, das 9 às 15 horas, em frente ao Museu da Imigração e Centro de Memórias. O evento contará com a participação da ACCONE – Artes Culturais da Comunidade Negra de Santa Bárbara D’Oeste e da AMERIAFRO – Feira de Arte + Cultura Afro brasileira. Haverá apresentação de danças, roda de samba do projeto Samb’Ajuda, exposições de bonecas pretas, livros, tecidos africanos, vestimentas, bijouterias, entre outros, além de alimentação.

A Mostra Cultural será realizada também no sábado, das 14 às 17 horas no Teatro Municipal Manoel Lyra reunindo apresentações dos alunos da Rede Municipal de Ensino sobre a cultura negra e toda a comunidade escolar.

No domingo (20) haverá Cortejo Afro que sairá da Praça Central às 9 horas e seguirá até a Estação Cultural, onde será celebrado o Dia da Consciência Negra, com apresentações de diferentes atores, artistas, ativistas e estudantes sobre a temática.

A realização é da Comissão de Mobilização Social de Santa Bárbara d’Oeste do Projeto Jaê – Educação para Equidade – iniciativa da Secretaria de Educação e Comunidade Educativa CEDAC, em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo. A comissão é composta por representantes da sociedade civil, organizações sociais e equipamentos públicos.

As ações que promovem o resgate e consciência da história e das raízes, respeito pelas diferenças e cultura de paz são realizadas durante todo o ano na cidade, referenciadas no calendário da Rede Municipal de Ensino com diversos projetos permanentes, de acordo com as Leis Federais 10.639/03 e 11.645/08 e em atividades de cultura.

Confira a programação:

Rodas de Conversa com mulheres pretas
Público: alunos e professores

Emefei “Maria Regina Barbosa Carpim”
Rua Portugal, 680 – Jardim Europa
Dia 17 de novembro, quinta-feira: 8 e 13h30 – Tânia Mara da Silva
Dia 18 de novembro, sexta-feira: 8 horas – Ana Rainha e 13h30 – Maricelia de
Jesus Silva Xavier

ADI “Dr Euvaldo de Queiroz Dias”
Rua Goiânia, 1062 – Jardim Esmeralda
Dia 17 de novembro, quinta-feira: 8 horas – Damiana e 13h30 – Maricelia de Jesus Silva Xavier
Dia 18 de novembro, sexta-feira: 8 e 13h30 – Luci Neres

CIEP “Leonel de Moura Brizola”
Rua Guaianazes, 875 – Santa Rita
Dia 17 de novembro, quinta-feira: 13h30 – Negra Ká
Dia 18 de novembro, sexta-feira: 13h30 – Tânia Mara da Silva

Rodas de Conversa com James Ribeiro e Benedito Barboza
Emefei “Prof. Augusto Scomparin”
(R. Maria Grella Modenese, 45 – Jardim Mariana)
Emefei “Profª. Rosa Lee Carr Conti”
(R. Pedro Álvares Cabral, 336 – Vila Siqueira Campos)
ADI “Geraldo Rocha Campos”
(R. Alonso Keese, 331 – Vila Linópolis)
Dias 16, 17 e 18 de novembro

Roda de Conversa sobre pressão alta, diabetes, câncer de mama e anemia falciforme
Dia 17 de novembro, quinta-feira, 19 horas
Emefei “Profª Antônia Dagmar Rosolen” (Rua México, 220, Vila Sartori)
Público: Alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e trabalhadores das Cooperativas “Juntos Somos Fortes” e “Recicoplast”

Feira Preta
Dia 19 de novembro, sábado, das 9 às 15 horas
Em frente ao Museu da Imigração e Centro de Memórias
Aberto ao Público

Mostra Cultural da Secretaria de Educação
Dia 19 de novembro, sábado, das 14 às 17 horas
Teatro Municipal Manoel Lyra (Rua João XXIII, 61, Centro)
Público Alvo: alunos

Dia da Consciência Negra
Dia 20 de novembro, domingo
8 às 9 horas – Cortejo da Praça Central até a Estação Cultural
9h30 às 12 horas – Celebração ao Dia da Consciência Negra
Estação Cultural (Avenida Tiradentes, 2, Centro)

Arraial Afro-Julino na Casa da Fazenda Roseira, referência para a cultura de matriz africana na RMC (Foto Firmino Piton)

Arraial Afro-Julino na Casa da Fazenda Roseira, referência para a cultura de matriz africana na RMC (Foto Firmino Piton)

EM CAMPINAS, PROGRAMAÇÃO NA CASA DA FAZENDA ROSEIRA

Em Campinas, sede da RMC, a Casa de Cultura Fazenda Roseira está realizando ao longo do mês de novembro o “Sou África em todos os sentidos 2022”, evento do Mês da Consciência Negra. O tema deste ano é “África também é aqui na rota das memórias ancestrais”. As atividades já iniciaram e a programação para esta semana e a próxima, incluindo dezembro, estão sendo divulgadas na programação abaixo.

A Casa de Cultura Fazenda Roseira é uma conquista do movimento negro e do movimento popular, sendo uma referência agregadora da cultura afro-brasileira dentro da cidade de Campinas. Trata-se de um casarão do final do século 19 que se tornou um equipamento público em 2007 por conta do loteamento da área da antiga Fazenda, e que, a beira da destruição e depredação, foi ocupada pela Comunidade Jongo Dito Ribeiro e outros grupos, movimentos sociais e religiosos de matrizes africanas que já organizavam-se em rede.

PROGRAMAÇÃO

17/11 Roteiro Afro

Casa de Cultura Fazenda Roseira

9h às 11hh30 – 15 vagas

19h às 21h30 – 15 vagas

Gratuito

Casa de Cultura Fazenda Roseira.

 

Dia 20/11

15h30 Roda de Jongo Dito Ribeiro Mãe Preta

Rua: Cônego Cipião, 772. Centro – Campinas

26/11 Pisa na Tradição – 14h às 16h

Casa de Cultura Fazenda Roseira – Traga sua saia.

09/12 – Mostra internacional Tuko Pamoja – Casa de Cultura Fazenda Roseira em parceria com Casa de Cultura Aquarela, Eclipse Cultura e Arte, Instituto  Anelo, Capoeira Ibeca, Profa. Renata Oliveira e Comunidade Jongo Dito Ribeiro.

Gratuito

19h Casa de Cultura Fazenda Roseira

17/12 – Kwanzaa – apresentação de um Natal Afrocentrado Teatro Experimental Negro da Casa de Cultura Aquarela e Tuko Pamoja

Gratuito

15h30 – Casa de Cultura Fazenda Roseira.

 

SERVIÇO

“Sou África em todos os Sentidos 2022”

Tema: África também é aqui na rota das memórias ancestrais

Local: Casa de Cultura Fazenda Roseira: Rua Domingos Haddad, n. 01, Residencial Parque da Fazenda

 

EM VINHEDO, SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

A Semana da Consciência Negra da Prefeitura de Vinhedo será realizada nos dias 17, 18, 19, 20 e 26 de novembro, com uma série de atividades em diferentes locais do município. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com aporte de recursos de emenda impositiva da Câmara Municipal de Vinhedo, que serão investidos na programação. As atrações são gratuitas e parte delas exige inscrição prévia.

A festa será aberta no dia 17, quinta-feira, com Sarau Sankofa e roda de roda de conversa com o mediador mestre Rapha Salustiano. A Semana da Consciência Negra terá ainda exposição individual de pinturas, monólogo teatral, Capoeira Angola, Hip Hop Move Fest, oficinas de dança e grafite, batalha de dança All Style, Rotas Afro Vinhedo e Piquenique do Empoderamento.

Confira a programação completa: 

Inscrições prévias, para as atividades que as exigem, devem ser feitas no link https://bit.ly/consciencia_revirada_em_vinhedo

17 de novembro, quinta-feira 

19h – Sarau Sankofa e roda de roda de conversa com o mediador mestre Rapha Salustiano

Centro Cultural Engenheiro Guerino Mário Pescarini, Rua Monteiro de Barros, 172

18 de novembro, sexta-feira

19h30 – Abertura da exposição individual de pinturas sobre a cultura negra, indígena e biodiversidade, “Brasil em Cores”, do artista plástico Elvis da Silva

Apresentação especial do monólogo “Eu Galanga Rei”, por Guilherme Oliveira da Silva, durante a cerimônia de abertura da exposição

Centro Cultural Engenheiro Guerino Mário Pescarini, Rua Monteiro de Barros, 172

19 de novembro, sábado

10h30 – Musicalidade da Capoeira Angola: oficina aberta, com o mestre Rapha Salustiano

Das 13h às 19h30 – Hip Hop Move Fest: Oficinas de dança (necessário inscrição prévia) e grafite; batalha de dança All Style com premiação para 1º e 2º colocados (necessário inscrição prévia); apresentação de dança

Parque Ecológico da Capela, na Rua João Edueta, 450

20 de novembro, domingo:

9h – Rotas Afro Vinhedo, com partida da Praça Aurora Sudário e retorno ao mesmo local para embarque em ônibus rumo ao Parque Ecológico da Capela (necessário inscrição prévia)

Praça Aurora Sudário, na Rua Alaor Cieni, s/nº

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Coca 2c411p Cola FEMSA Brasil abre inscrições do Edital ‘Acelerando Ideias para um Mundo Melhor’ em cidades da RMC /arquivos/19261 /arquivos/19261#comments Thu, 13 Oct 2022 05:31:52 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=19261 <![CDATA[Programa aposta em contribuições socioambientais alinhadas à agenda ESG da companhia   Selecionados receberão investimento de até R$ 300 mil, participarão de programa de aceleração e terão a oportunidade de desenvolver protótipos de seus projetos  Podem se inscrever até 19 de outubro empresas, startups, negócios ou Organizações da Sociedade Civil (OSCs) de cidades da Região Metropolitana de ...]]> <![CDATA[
  • Programa aposta em contribuições socioambientais alinhadas à agenda ESG da companhia  
  • Selecionados receberão investimento de até R$ 300 mil, participarão de programa de aceleração e terão a oportunidade de desenvolver protótipos de seus projetos 
  • Podem se inscrever até 19 de outubro empresas, startups, negócios ou Organizações da Sociedade Civil (OSCs) de cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) 

A Coca-Cola FEMSA Brasil, maior engarrafadora de produtos Coca-Cola no mundo em volume de vendas, lançou a chamada para o Edital Acelerando Ideias para um Mundo Melhor.

Formulado para atender aos temas relacionados à Agenda 2030 e de ESG da empresa, a iniciativa abre as portas para projetos com potencial de promover resultados positivos e escaláveis nas comunidades em que a companhia opera.

Podem participar empresas, startups, negócios ou Organizações da Sociedade Civil (OSCs) sediadas e com atuação em cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), como Americana, Artur Nogueira, Campinas, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Nova Odessa, Paulínia, Santa Bárbara D’Oeste, Sumaré e Valinhos.

Outros municípios de São Paulo, além dos estados de MG, PR, SC, MS e RS, também estão na área de abrangência do edital.

As iniciativas devem apresentar contribuições para temas relacionados às frentes relevantes para a Coca-Cola FEMSA Brasil: gestão de resíduos e economia circular; gestão de água e reposição hídrica; mudanças climáticas e aquecimento global; fortalecimento de relações com a comunidade; inclusão e diversidade; e empreendedorismo e empregabilidade.

A empresa fará um aporte de 150 mil para dois projetos selecionados ou poderá contemplar uma única iniciativa com R$ 300 mil. Os escolhidos participarão de um programa de aceleração e terão a oportunidade de desenvolver protótipos na companhia, com acompanhamento da ImpactPlus, aceleradora e investidora de startups de impacto da Grow+.

“O edital nos permite investir em ações inovadoras e, ao mesmo tempo, contribuir para a construção de um futuro mais sustentável. Temos a oportunidade de apoiar e capacitar projetos com potencial de alcançar escala e gerar impacto socioambiental”, afirma Camila Amaral, vice-presidente Jurídica e de Assuntos Corporativos da Coca-Cola FEMSA Brasil.

 

Gestão de resíduos, tema para projetos do edital (Foto Divulgação)

Gestão de resíduos, tema para projetos do edital (Foto Divulgação)

Jornada de aprendizagem para OSCs 

A companhia, com o apoio da Parceiros Voluntários, promoverá também uma jornada de aprendizagem para OSCs. Isso será feito por meio do Inova Social, que tem como objetivo disseminar e fomentar conteúdos sobre inovação. Serão oferecidas, a partir de setembro, aulas online para lideranças e representantes dessas organizações (360 vagas) nas temáticas de design thinking, pitch, teoria da mudança e mensuração de impacto social.

“Queremos contribuir para que os gestores das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e startups possam se qualificar e se atualizar em temas ligados à inovação, tornando-se aptos a conquistar mais espaço e fazer com que suas iniciativas gerem benefícios ainda maiores”, comenta Amaral.

Para mais informações e realizar inscrições para o edital até 19 de outubro, basta ar o link http://www.acelerandoummundomelhor.com.br/

 

Liderança em sustentabilidade 

O Edital Acelerando Ideias para um Mundo Melhor está em linha com a diretriz estratégica que permeia todas as ações da companhia voltadas para a promoção do crescimento sustentável.

Entre elas está a sustentaPET, centro de coleta de resíduos pós-consumo com foco em redução de impactos ambientais, que já coletou 2,8 bilhões de PETs e dinamizou a economia circular ao gerar renda para catadores e cooperativas, impactando positivamente todo o ciclo de logística reversa. Parte do material coletado é hoje reutilizado em embalagens da água mineral Crystal e do refrigerante Sprite.

Quanto à mobilidade sustentável, a Coca-Cola FEMSA Brasil já opera com 31 caminhões elétricos que deixam de emitir aproximadamente 465 toneladas de dióxido de carbono ao ano, contribuindo para a redução de emissões de poluentes causadores do efeito estufa.

Em outras frentes, atua para a inclusão, equidade e diversidade com o Empreenda como uma Mulher, que visa capacitar empreendedoras com negócios formalizados, informais ou em fase de formalização, e em educação ambiental através do Programa RenovAção, que promove ações de capacitação de alunos e professores de escolas públicas do município de Jundiaí.

Para parceiros de negócios, o foco é contribuir e estimular a governança corporativa com a Rede de Parceiros Sustentáveis.

 

Sobre a Coca-Cola FEMSA 

 

A Coca-Cola FEMSA é a maior engarrafadora da franquia Coca-Cola do mundo por volume de vendas. A Companhia produz e distribui bebidas das marcas registradas da The Coca-Cola Company, oferecendo um amplo portfólio de 131 marcas a mais de 266 milhões de consumidores todos os dias. Com mais de 80 mil colaboradores, a Companhia comercializa e vende aproximadamente 3,5 mil milhões de caixas-unidade por meio de quase 2 milhões de pontos de venda por ano. Operando 49 unidades de manufatura e 260 centros de distribuição, a Coca-Cola FEMSA está comprometida a gerar valor econômico, social e ambiental para todos os seus grupos de interesse em toda a cadeia de valor. A Companhia é membro do Índice de Sustentabilidade de Mercados Emergentes do Dow Jones, Índice de Sustentabilidade MILA Pacific Alliance do Dow Jones, FTSE4Good Emerging Index; e do índice S&P/BMV Total México ESG, entre outros. Suas operações abrangem territórios no México, no Brasil, na Guatemala, na Colômbia e na Argentina, e, em nível nacional, na Costa Rica, na Nicarágua, no Panamá, no Uruguai e na Venezuela mediante um investimento na KOF Venezuela.

 

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A reinvenção das Universidades públicas no Brasil para o enfrentamento da Covid 633934 19 /arquivos/18405 /arquivos/18405#comments Fri, 28 May 2021 15:02:41 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[Educação]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=18405 <![CDATA[Por José Pedro Soares Martins Campinas, 28 de maio de 2021 Como aconteceu em todo mundo, a pandemia de Covid-19 atingiu como um tsunami as atividades das universidades públicas brasileiras, que registraram forte impacto nos eixos de ensino, pesquisa e extensão. Cada instituição procurou se adaptar de acordo com sua realidade, mas algumas estratégias tornaram-se ...]]> <![CDATA[

Por José Pedro Soares Martins

Campinas, 28 de maio de 2021

Como aconteceu em todo mundo, a pandemia de Covid-19 atingiu como um tsunami as atividades das universidades públicas brasileiras, que registraram forte impacto nos eixos de ensino, pesquisa e extensão. Cada instituição procurou se adaptar de acordo com sua realidade, mas algumas estratégias tornaram-se padrão, como a busca de agilidade na preparação dos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem, a mudança de prioridades e a procura de recursos adicionais, extraorçamentários, para financiar as ações emergenciais direcionadas ao enfrentamento da gigantesca crise sanitária.

Para dar e ao ensino remoto, obrigatório em função das restrições impostas pela pandemia, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reformou ou adquiriu tablets, notebooks e desktops, que foram distribuídos para mais de 1.000 alunos, e intensificou os esforços de capacitação dos docentes, por meio do Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA)², um órgão da Pró-Reitoria de Graduação.

Como forma de manter a prestação de serviços à comunidade, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) criou o Orienta Covid UDI, um canal de atendimento por telefone, por estudantes do Curso de Medicina, para tirar dúvidas da população sobre os melhores procedimentos durante a pandemia.

Atendendo a demandas da comunidade regional, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) implementou a Rede de Assessoria SOS-PME, de apoio a pequenas e médias empresas.  Em resumo, houve um esforço generalizado de dar a melhor resposta possível aos múltiplos desafios derivados da pandemia.

Como nota Cármino Antônio de Souza, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), “com o fechamento dos laboratórios, a dramática diminuição de pedidos de bolsas e a redução dos projetos científicos que não estiveram relacionados com a Covid-19, o prejuízo da pandemia para o ensino e a aprendizagem e para a pesquisa é irreparável, não se pode prever quanto tempo vai demorar para recuperar tudo isso”. Mas, de muitos modos, como o próprio Cármino de Souza observa, exercendo uma enorme criatividade e capacidade de reinvenção as Universidades públicas mais uma vez demonstraram resistência e resiliência, em um cenário nacional e internacional adverso, para manter suas missões institucionais.

Rapidez para garantir o ensino remoto emergencial 

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi a primeira universidade pública brasileira a adotar o ensino remoto emergencial. A medida foi definida pela reitoria através da deliberação GR nº 24/2020, de 13 de março de 2020, dois dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter proclamado que o surto de SARS-CoV-2 se tratava de uma pandemia. A Pró-Reitoria de Graduação foi então encarregada de coordenar o processo de mudanças no formato do ensino e aprendizagem,

“Não havia experiências locais para compartilhar, procuramos então conversar com universidades estrangeiras”, lembra Eliana Amaral, pró-reitora de Graduação da Unicamp na oportunidade. Ela afirma que a Universidade Tecnológica de Monterrey, no México, foi uma das instituições com as quais a Unicamp procurou dialogar naquele momento. Após a sua preparação, foi a própria Unicamp que ou a ser procurada por instituições brasileiras para esclarecimentos sobre como poderiam se adequar à nova realidade.

A ex-pró-reitora nota que a Unicamp já trabalhava há tempos na capacitação do corpo docente para a incorporação de recursos tecnológicos e esse antecedente facilitou a transição. Entretanto, diante da rapidez de propagação da pandemia de Covid-19, que exigiu medidas imediatas de adaptação por parte das Universidades de modo geral, atingindo um contingente enorme de alunos e docentes, não faltaram desafios, ela ite.

Somente na Unicamp são aproximadamente 20 mil alunos e 2 mil professores, além de 7,5 mil servidores não-docentes. Em toda a América Latina, são 26 milhões de estudantes e 1,4 milhão de professores no ensino superior, que tiveram que se conectar de forma célere à nova conjuntura educacional.

Um estudo implementado no âmbito do Observatório de Inovação Educativa da Universidade Tecnológica de Monterrey, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e abrangendo mais de 800 docentes universitários da América Latina, 3 em cada 4 docentes não se viam preparados para assimilar ferramentas digitais em atividades virtuais. De acordo com o mesmo estudo, antes da pandemia apenas 19% dos programas de instituições superiores de ensino na América Latina estavam centrados em educação à distância e somente 16% empregavam modalidades híbridas nas Universidades com enfoque virtual.

Eliana Amaral assinala que, de fato, “alguns profissionais estavam prontos para a mudança imediata, mas outros ainda precisavam encontrar o seu caminho”. O cronograma de ajustes à realidade pandêmica teve que ser formulado com grande velocidade. A deliberação GR nº 24 previa, além da suspensão imediata das atividades presenciais, que as 24 unidades acadêmicas, entre institutos e faculdades, apresentassem em um mês planos de ensino emergenciais para o primeiro semestre de 2020. Ao final do mês estipulado, os planos apresentados apontavam o cancelamento pelas unidades de somente 2,6% das disciplinas dos 69 cursos de graduação.

A ex-pró-reitora Eliana Amaral nota que houve uma rápida e intensa mobilização de todo corpo docente e discente, de modo a mitigar os prejuízos decorrentes da paralisação das práticas presenciais. Para os docentes, oferecidos novos recursos, além daqueles que já existiam, para a adaptação ao ensino remoto emergencial.

Ela reconhece que havia resistência por parte de alguns docentes e discentes à suspensão das atividades presenciais, comportamento que foi se modificando com a evolução da pandemia. Eliana Amaral nota que houve muita solidariedade por parte de professores e alunos que já tinham maior conhecimento e prática com recursos eletrônicos, para auxiliar aqueles com menor intimidade com ambientes digitais. “Alunos bolsistas auxiliares, que já são da geração eletrônica, ajudaram professores com dificuldades”, relata a ex-pró-reitora de Graduação da Unicamp.

Na esfera de capacitação dos docentes, para a apropriada inserção na complexa paisagem dos ambientes virtuais se ensino e aprendizagem, foram intensificadas ações no âmbito do Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA)²/Unicamp. O órgão criou um espaço especialmente para atender às demandas docentes em função da pandemia, oferecendo Dicas para Planejamento e Organização de Disciplinas e Aulas e capacitação para uso do Moodle, um dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) utilizados pela Unicamp. Tutoriais e vídeos foram disponibilizados para o uso de todas as ferramentas do Moodle, incluindo a aplicação de provas e avaliações, além de sua utilização pelo celular. O (EA)²/Unicamp ofereceu esses mesmos serviços aos estudantes da instituição, além de detalhar o uso adequado também do outro AVA, o Google Classroom, para docentes e discentes.

Moodle e Google Classroom são as plataformas que aram a substituir o próprio AVA da Unicamp, o Teleduc, que estava em operação desde 1997. No primeiro semestre de 2020, de acordo com Eliana Amaral e Soely Polidoro, estavam inscritos “53 mil usuários nesses AVAs, sendo 1617 docentes no Moodle® e 1005 no Google Classroom®. Nas disciplinas/turmas de graduação, foi registrado um crescimento do uso em 31,76%, comparativamente aos valores observados no primeiro semestre de 2019″, relataram as autoras, no estudo “Os desafios da mudança para o ensino remoto emergencial na graduação da Unicamp – Brasil”.  

Em termos de preparação dos alunos para o novo status institucional, e visando atender sobretudo as necessidades dos discentes de menor renda, foi deflagrado um mutirão, coordenado pelo Observatório de Direitos Humanos (ligado à Diretoria Executiva de Direitos Humanos), para ajustes e adaptação de dispositivos que estavam sem uso em função da interrupção das atividades presenciais. Eram desktops, tablets e notebooks que foram emprestados a centenas de estudantes, sob de termo de responsabilidade pelo discente.

Outra resolução tomada pela direção da Unicamp, desta vez voltada para assegurar a permanência dos estudantes, foi a transformação do benefício de auxílio transporte, concedido a alunos de renda mais baixa, no Benefício Emergencial de Atividades Não Presenciais (BENP).

Uma outra linha de adaptações adotada pela Unicamp, nota Eliana Amaral, foi no sentido de modificações na avaliação do desempenho dos estudantes. Além disso, houve a permissão para que os alunos pudessem trancar disciplinas até o final do semestre, sem prejuízos posteriores em sua carreira acadêmica.

Havia a expectativa na Unicamp de que as atividades presenciais voltassem no segundo semestre de 2020. Como o retorno não foi possível, a Reitoria  postergou a retomada das atividades presenciais para uma data indefinida, dependendo da evolução da pandemia.

Professora na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e agora coordenadora do Núcleo de Avaliação e Pesquisa em Educação Médica (Napem) da instituição, Eliana Amaral lembra que, apesar dos percalços, barreiras foram superadas e o número de formados na Unicamp em 2020 foi até superior ao do ano anterior. A cada dois meses, nota a ex-pró-reitora de Graduação, era feita uma avaliação do ensino remoto emergencial, com os devidos ajustes feitos logo em seguida.

Ao contrário de 2020, completa Eliana Amaral, a recepção aos calouros em 2021 foi também de forma remota. “Estamos na expectativa enorme para o retorno de atividades presenciais”,  diz ela.

Grande esforço foi feito, em síntese, para a adaptação das Universidades públicas brasileiras às urgências do ensino remoto determinadas pela pandemia. Mas sem dúvidas houve prejuízos, para discentes e docentes, inclusive porque não havia simetria para viabilizar o integral aos recursos que os ambientes virtuais pressupõem.

O estudo do Observatório de Inovação Educativa da Universidade Tecnológica de Monterrey/BID revelou que, em todos os países pesquisados, a falta de capacitação docente realmente representava uma das principais dificuldades para para a utilização de tecnologias digitais. Na Argentina e no Perú, 40% e 30% dos docentes, respectivamente, apontaram a falta de o à internet como o principal obstáculo para a ampla e democrática utilização dos ambientes virtuais de aprendizagem no cenário da pandemia.

A percepção de dificuldades para a adequada implementação do ensino remoto emergencial foi mundial, de acordo com os resultados do primeiro Inquérito Global da Associação Internacional de Universidades sobre o Impacto do COVID-19 no Ensino Superior, efetuado com a participação de 424 universidades e outras instituições de ensino superior de 111 países e territórios.

O estudo mostrou que 91% das instituições relataram ter infraestrutura apropriada para garantir o contato com funcionários, docentes e alunos, mas reconhecendo ser um desafio a garantia de fluxos de comunicação claros e eficazes. O Inquérito revelou ainda que dois terços haviam substituído o ensino presencial pelo ensino remoto emergencial, mas igualmente com desafios a superar em termos de infraestrutura técnica, competências e pedagogias para uso dos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem.

O professor Stefan, da UFU: desafios para adaptação ao ensino remoto (Foto Acervo Pessoal)

O professor Stefan, da UFU: desafios para adaptação ao ensino remoto (Foto Acervo Pessoal)

Professor no Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Stefan Vilges de Oliveira entende que professores e alunos procuraram se adequar de melhor forma possível, “aprendendo com os erros e com os recursos disponíveis”, à realidade do ensino remoto.

Ele chama a atenção para um dos impactos dessa nova modalidade de ensino e aprendizagem, o da extensa carga horária imposta a docentes e alunos, que aram a ficar muito tempo diante do computador, inclusive com efeitos em termos de saúde mental. “É muito diferente de quando as atividades são realizadas de forma prática, em laboratórios e outros espaços das universidades, com a convivência entre alunos e professores”, comenta o professor Stefan Vilges de Oliveira, que adverte para a carga imposta sobretudo às docentes do sexo feminino, com a nova realidade do ensino à distância.

Licenciado em Matemática e aluno de mestrado em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Ademilson da Cruz Barreto observa que as atividades da instituição foram paralisadas no primeiro semestre de 2020, sendo retomadas as aulas de modo remoto a partir do segundo semestre. E ele ite ter sido um desafio a adaptação aos ambientes virtuais.

“Tem sido uma experiência desafiadora, porque não tínhamos esta vivência de ensino remoto e com as demandas que temos fica bem sobrecarregado”, ite Ademilson, que é professor do Ensino Fundamental em Salinas da Margarida, município localizado na Baía de Todos os Santos. “Mas os professores têm compreendido o cenário que estamos vivendo, o que torna o mestrado em ambiente virtual mais agradável”, conta.

Segundo Ademilson, as atividades do grupo de pesquisa de que faz parte foram mantidas de modo virtual. Ele destaca o esforço da UNEB em apoiar os alunos em situação de vulnerabilidade social na garantia do ensino remoto, através da concessão de Auxílio e Emergencial à Inclusão Digital para o à Internet e eventual compra de equipamentos.

De acordo com o Coronavírus de Monitoramento  da Rede Federal de Educação, o Ministério da Educação realizou a entrega de 151.768 chips para viabilizar a inclusão digital no contexto do ensino remoto emergencial nas instituições federais. O do MEC também informou que houve em 2020 um total de 7.820 formaturas antecipadas, sendo 5.549 de alunos de Medicina, 1.319 de Enfermagem, 552 de Fisioterapia e 400 de Farmácia, como parte dos esforços de enfrentamento da pandemia. Ainda segundo o , foram efetuadas 1.357.287 matrículas em instituições federais em 2020, sendo 304.139 de ingressantes, e com 111.417 cancelamentos e 105.631 trancamentos de matrículas.

Mais do que nunca, o apoio à pesquisa é fundamental (Foto Adriano Rosa)

Pesquisas têm sido muito afetadas por corte de verbas federais (Foto Adriano Rosa)

Prejuízos e adaptações na pesquisa 

A pandemia de Covid-19 ocorre no Brasil, desde março de 2020, em uma conjuntura que já vinha sendo marcada por grandes cortes em atividades de pesquisa científica por parte do governo federal, desde 2016, ano de enorme crise política que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, a 31 de agosto. Depois de subir progressivamente, de R$ 6,6 bilhões em 2002 para R$ 15,1 bilhões em 2018, o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi sendo reduzido paulatinamente, de acordo com dados do Sistema Integrado de istração Financeira do Governo Federal (Siafi). Em 2020, o Ministério teve R$ 3,6 bilhões à disposição.

Para 2021, segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), os cortes foram da ordem de 21%. O CNPq, principal agência de fomento à pesquisa em esfera federal, conta neste ano com um orçamento de somente R$ 23,7 milhões. Com isso, das 3080 bolsas de doutorado e pós-doutorado solicitadas ao CNPq e já aprovadas, somente 13% devem ser efetivamente cumpridas.

Dessa maneira, sobretudo as Universidades federais sofreram de modo superlativo em termos de limitação de recursos para atividades de pesquisa desde o início da pandemia. As limitações de mobilidade, levando por exemplo à falta de o a laboratórios, também foram muito prejudiciais para a pesquisa de modo geral.

“Com as restrições, por exemplo de o a laboratórios, os docentes que trabalham com pesquisa tiveram que se reinventar”, afirma o professor Stefan Vilges de Oliveira, da UFU. “aram por exemplo a trabalhar com dados já coletados anteriormente, ou com dados secundários que são produzidos pelos sistemas de informação. Isso para que não fossem paralisadas pesquisas em curso. Enfim, ou a haver uma forma diferenciada de pensar as abordagens de pesquisa”, assinala.

Entre outros trabalhos com sua , o professor Vilges é co-autor do estudo “Análise das internações e da mortalidade por doenças febris, infecciosas e parasitárias durante a pandemia da COVID-19 no Brasil“, em parceria com Nikolas Lisboa Coda Dias, aluno na UFU, e Álvaro A. Faccini-Martínez, médico e pesquisador, do Instituto de Investigaciones Biológicas del Trópico, Universidade de Córdoba, de Córdoba, Colômbia.

No estado de São Paulo, as bolsas que haviam sido concedidas pela Fapesp foram integralmente mantidas. Novos projetos, entretanto, aram a ser apoiados sobretudo em termos de pesquisas relacionadas ao enfrentamento da pandemia. O direcionamento de grande parte dos recursos existentes em pesquisa para projetos relacionados à Covid-19 foi um padrão observado em esfera internacional.

A agência paulista de apoio à pesquisa abriu vários editais nesse sentido, resultando no apoio a múltiplos projetos de diferentes universidades e instituições de pesquisa. Na Universidade de São Paulo, entre outros, foi apoiado o projeto “Impacto na saúde mental da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) nos participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) do estado de São Paulo”. 

Coordenado pelo professor André Brunoni, da Faculdade de Medicina da USP, e com a participação de outros pesquisadores, o estudo abrangeu 2.117 funcionários e aposentados da Universidade de São Paulo com idades entre 50 e 80 anos e integrantes do ELSA, que tem dimensão nacional. A pesquisa mostrou que, na faixa etária contemplada, houve prevalência de transtornos mentais ao longo da pandemia. Os pesquisadores lembraram, entretanto, que a cidade de São Paulo já apresenta um dos mais altos índices de transtornos psiquiátricos no planeta.

Uma das pesquisas de destaque apoiadas pela Fapesp foi aquela que resultou no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 pelo Instituto Butantan. Tendo em vista a preparação para novas possíveis pandemias, a Fapesp deu e por exemplo à pesquisa “Eco-epidemiologia e caracterização molecular de coronavírus em morcegos e roedores de diferentes gradientes de distúrbio ecológico: análise do potencial genético e ecológico para o surgimento de novos coronavírus no Brasil”, que tem como pesquisador responsável Edison Luiz Durigon, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

Pesquisas relacionadas à Covid-19 ocorreram em universidades públicas de todo o país, com destaque para a Região Sudeste. Um estudo realizado no âmbito do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências (DPCT/IG) da Unicamp, a partir da análise de 6.989 currículos integrados à Plataforma Lattes, mostrou que somente até o dia 21 de junho de 2020 um total de 1.649 pesquisadores haviam indicado a publicação em algum periódico de ao menos um artigo científico sobre a Covid-19.

O estudo conduzido por Lucas Rodrigo da Silva, pesquisador associado do DPCT/IG/Unicamp, e Roney Fraga Souza, professor de Economia na mesma Universidade, revelou a existência da diversidade de interesses em pesquisas sobre a Covid-19 no Brasil. Entre 2.059 artigos identificados, a maior parcela, de 870, era de profissionais de Ciências da Saúde, mas também foram publicados 324 artigos no campo das Ciências Humanas, 287 em Ciências Biológicas e 246 em Ciências Sociais Aplicadas, entre outras áreas de conhecimento. Pesquisadores da USP, Unicamp, Unifesp e Fiocruz são aqueles que mais publicam artigos sobre a Covid-19, em meios nacionais e internacionais, com o aberto ou fechado.

Live promovida pelo GEFAM, na Universidade Federal do Pará (Foto Divulgação)

Live promovida pelo GEFAM, na Universidade Federal do Pará (Foto Divulgação)

Adequações na extensão universitária

Como aconteceu nos eixos do ensino e pesquisa, adequações à realidade pandêmica foram igualmente imperativas na esfera da extensão universitária. Cada instituição pública brasileira procurou responder a demandas da comunidade onde está inserida, mas muitos serviços que eram feitos anteriormente tiveram que ser paralisados pelas dificuldades exigidas pelo distanciamento social.

Em função do distanciamento exigido pelos protocolos de enfrentamento da Covid-19, muitos projetos tiveram que se adequar aos ambientes virtuais. Foi o caso do Grupo de Educação Financeira da Amazônia (GEFAM), projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA). Criado em 2014, como um projeto de extensão do curso de Economia da UFPA, pelo professor Alexandre Vinicius Campos Damasceno e outros dois docentes, o GEFAM realiza  atividades com comunidades ribeirinhas, quilombolas e de indígenas no território paraense. São os casos da comunidade quilombola Trindade e das Aldeias do Caruci (etnia Arapium), Lago da Praia (etnia Jaraqui) e Garimpo (etnia Tapajó), todas localizadas no Território Indígena Cobra Grande, na bacia do rio Tapajós.

“Tivemos que reduzir e restringir as pesquisas e também o contato e o atendimento, que eram uma das linhas de trabalho do GEFAM”, relata o professor Alexandre Damasceno. Ele informa que as ações do GEFAM aram a ser realizadas de forma remota, com atendimento pela internet. “São marcados determinados horários para o atendimento através de programações como palestras, cursos, minicursos e outros eventos”, diz o docente da UFPA.

O coordenador do GEFAM ite que, com essa adaptação ao formato remoto, ocorre a desvantagem pela perda do contato físico, em uma relação que permite o melhor esclarecimento de dúvidas e compreensão sobre o que está sendo abordado. Por outro lado, o professor Alexandre Damasceno nota que o ensino remoto e os cursos à distância “permitiram a participação de maior quantidade de pessoas no nossos eventos, como palestras e cursos, além do aumento dos contatos com professores e pesquisadores de todo o Brasil”, com os quais a relação anteriormente era apenas presencial.

Um projeto de extensão que nasceu em função das demandas sociais geradas pela pandemia foi a Rede de Assessoria SOS-PME, criada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para apoiar as pequenas e médias empresas do estado a enfrentar a crise sanitária. A ação da UFRGS foi motivada por estudos como o do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), indicando que as receitas de 88% das empresas do país nesse segmento foram afetadas pela pandemia.

O projeto SOS-PME “foi organizado em equipes de serviço, cada uma liderada por um coordenador, geralmente um membro da universidade (um professor ou um dos funcionários istrativos) ou um ex-aluno com reconhecida atuação em pesquisa, ou um empresário experiente, e pelo menos mais três voluntários. Os membros da equipe foram escolhidos pelo coordenador, de forma a garantir uma cobertura multidisciplinar e complementar das competências necessárias à empresa escolhida para ser atendida. A maioria dos integrantes da equipe era formada por alunos de pós-graduação, que consideraram o projeto como um valioso aprendizado, e como uma relevante contribuição social e econômica para a sociedade”, assinalam Daniela Francisco Brauner e demais autores do estudo “Universidade engajada: resgatando PMES na crise da Covid-19″, publicado na Revista de istração de Empresas da FGV-EAESP.

Realizado a partir de formulários e relatórios preenchidos por empresários e voluntários do projeto, o estudo mostrou que a Rede SOS-PME, iniciada oficialmente a 6 de abril de 2020, com 20 empresas, acabou envolvendo várias unidades e empresas juniores da UFRGS, mas também organizações de outras instituições, como o parque tecnológico Tecnopuc da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Em outubro de 2020 eram 155 empresas atendidas, com o envolvimento de 340 voluntários nas diferentes forças-tarefa.

“A assistência à empresa oferece principalmente orientações e alternativas customizadas, considerando o contexto, a situação da empresa e o envolvimento do empresário na cocriação de caminhos alternativos para seus problemas específicos. Ao final da assistência, um relatório com recomendações é entregue ao empresário, juntamente com um link para o formulário de avaliação de satisfação. As empresas com requisitos especiais podem receber mais assessoria dos parceiros do projeto”, descrevem os autores do estudo sobre a Rede SOS-PME, exemplo de ação de extensão que emergiu na conjuntura criada pela pandemia.

Os serviços de extensão das Universidades públicas brasileiras foram e têm sido fundamentais, especialmente, nas ações diretas de cuidado da saúde da população no contexto da pandemia. Sob coordenação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ligada ao Ministério da Educação, uma rede de hospitais universitários federais, por exemplo, foi determinante na fase de testes de vacinas contra o novo coronavírus.

O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh); o Complexo Hospital das Clínicas (CHC-UFPR/Ebserh), em Curitiba; o hospital de Pelotas (HE-UFPel/Ebserh); e o hospital de Cuiabá (HUJM-UFMT/Ebserh) participaram dos testes da Coronavac, desenvolvida em parceria entre a chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. O Hospital de Salvador (Hupes-UFBA/Ebserh), por sua vez, participou dos testes da vacina desenvolvida pela farmacêutica Jansen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson. E o Hospital de Santa Maria (HUSM-UFSM/Ebserh) participou dos testes da vacina da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford. Outros hospitais participaram de testes de vacinas. O Hospital da PUC-Campinas participou dos testes da vacina da Janssen, indústria farmacêutica da Johnson & Johnson.

Unicamp: sempre na busca de soluções para desafios sociais (Foto Martinho Caires)

Unicamp: sempre na busca de soluções para desafios sociais (Foto Martinho Caires)

Outro exemplo de Universidade que está na linha de frente contra o SARS-CoV-2 desde o primeiro momento é o da Unicamp. Mesmo com o cancelamento das aulas presenciais e diminuição de muitas atividades, em função dos protocolos de combate à pandemia, pesquisas continuaram, assim como tem sido fundamental o papel do Hospital de Clínicas e outros serviços médicos da Universidade para atender as vítimas da Covid-19.

A Unicamp também se preparou para a realização de diagnósticos em massa da população, em Campinas e municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e outras regiões. Dezenas de milhares de testes RT-PCR foram realizados com os kits desenvolvidos na Universidade, tendo sido atendidos mais de 60 municípios.

A Universidade se equipou para ampliar sua capacidade de atendimento e realização de diagnóstico em massa, em razão da força-tarefa criada pelo ex-reitor Marcelo Knobel e com a participação central de órgãos como o Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE) da Universidade, o único de nível 3 de biossegurança na RMC. O LEVE atuou, por exemplo, na ampliação da capacidade do Laboratório de Patologia Clínica do Hospital de Clínicas, para fazer os diagnósticos em massa. O pesquisador do LEVE, José Módena, participou da rede de pesquisa que identificou a chamada variante de Manaus (P.1) do SARS-CoV-2.

A Unicamp estabeleceu igualmente parceria com a Universidade de Chiba, no Japão, a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e a empresa Eiken Chemical Co. Com o nome PACT-Brazil, Partnership for Accelerating Covid-19 Testing in Brazil, o acordo estipula que a Unicamp faça a validação de kits de testes, produzidos pela Eiken Co., para detecção do SARS-CoV-2 por meio de amostras de saliva.

Para fazer frente aos desafios da conjuntura adversa imposta pela pandemia, a Unicamp buscou fontes alternativas de recursos. O ex-reitor Marcelo Knobel criou um grupo de trabalho para coordenar operações de arrecadação de recursos na comunidade, além de dar transparência aos gastos. A campanha Ajude Unicamp resultou até o momento na arrecadação de R$ 19,9 milhões, sendo R$ 12,9 milhões em doações judiciais e o restante de empresas e cidadãos.

As Universidades federais também procuraram se adaptar à realidade da pandemia, oferecendo serviços de extensão em resposta aos desafios locais. A Universidade Federal do ABC promoveu a Campanha Hortas e Aldeias, visando combater a insegurança alimentar nas comunidades indígenas mais próximas da instituição. A Universidade Federal do Cariri lançou edital para concessão de Auxilio Inclusão Digital nos casos de aquisição de computador portátil, o a Internet e manutenção ou upgrade do computador, beneficiando alunos da instituição – até 2 de setembro de 2020, tinham sido deferidos 727 pedidos de forma integral e outros 31 alunos tiveram pedidos deferidos de modo parcial.

A Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA-UFPB), da Universidade Federal da Paraíba, abriu por sua vez um edital extraordinário para seleção de propostas para mitigação e prevenção dos efeitos da COVID-19.

Capa do livro infantil "Coronavírus", produzido pela UFMT

Capa do livro infantil “Coronavírus”, produzido pela UFMT

Como muitas outras instituições, a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) implementou iniciativa, em parceria com a sociedade civil local, poder público municipal e setor empresarial, relacionada diretamente ao combate à Covid-19, como no levantamento e distribuição de itens em alimentação, EPIs e outros recursos para a população em geral e profissionais da saúde em Sinop (MT), através do projeto “Não vamos de mãos dadas mas estamos todos juntos”.

A UFMT também produziu o livro infantil Coronavírus, elaborado em três idiomas e na versão em Libras (Língua Brasileira de Sinais), como parte da série Pequenos Cientistas e dentro do Programa MT Ciência. O livro pode ser baixado gratuitamente.

Incremento das redes de cooperação  

Se houve perdas incomensuráveis no funcionamento das Universidades públicas, em função da Covid-19 e corte de recursos por parte do governo federal, por outro lado houve um incremento das redes de cooperação durante a pandemia. Redes de pesquisa relacionadas ao enfrentamento do novo coronavírus, especialmente, foram criadas envolvendo as Universidades brasileiras entre si e entre elas e instituições internacionais.

Todas as principais Universidade públicas brasileiras estão mantendo cooperação com a Fiocruz. No âmbito internacional, são mantidos, por exemplo, contatos entre USP e Universidades de Michigan (EUA), Politécnica de Hong Kong e Zhejiang (China), entre Unicamp e Universidade de Colúmbia (EUA), entre Unifesp e Universidade de Washington (EUA), entre Fiocruz e Universidades de Toronto (Canadá) e Washington (EUA).

Um trabalho cooperativo entre várias instituições, brasileiras e internacionais, resultou no estudo pioneiro sobre a chamada variante de Manaus (P.1) do SARS-CoV-2. Integraram a rede o LEVE-Unicamp, USP, Universidade de Oxford (Reino Unido), Universidade de Washington (St. Louis, EUA) e Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que também está sediado em Campinas. A pesquisa recebeu o  e de agências e instituições como Fapesp, Medical Research Council, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Finep, CNPq, Faepex, Capes e NIH.

O membro do Conselho Superior da Fapesp, Cármino de Souza, entende que a tendência é de fortalecimento das redes de cooperação no pós-pandemia. “A palavra de ordem em nível internacional é cooperação. Nenhum país será mais autossuficiente em nada. A cooperação é fundamental no contexto da globalização. A cooperação permitiu a produção de vacinas para Covid-19 em tempo recorde. Apenas a cooperação vai garantir a preparação adequada para o enfrentamento dos atuais e dos novos desafios que virão”, afirma o médico hematologista e professor da Unicamp.

Cármino de Souza foi secretário municipal da Saúde de Campinas durante oito anos, o último deles, o de 2020, dedicado ao combate à emergência e evolução da pandemia de Covid-19. A palavra cooperação, envolvendo as Universidades locais, foi essencial para as estratégias utilizadas no município, ele assinala. “Foi impressionante a solidariedade dos hospitais locais, como o de Clínicas da Unicamp e o da PUC-Campinas”, diz Cármino de Souza.

Que o imperativo da cooperação, uma característica marcante e essencial nos eixos de ensino, pesquisa e extensão das Universidades públicas brasileiras no panorama da pandemia de Covid-19, continue sendo celebrado e mantido no futuro ainda incerto para o planeta.

 

 

 

 

 

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Breve reflexão sobre Cultura e Política Cultural 605d4r /arquivos/16706 /arquivos/16706#comments Mon, 27 Jan 2020 18:36:05 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cultura Viva]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=16706 <![CDATA[Por Regina Márcia Moura Tavares <www.reginamarciacultura.com.br>   Há mais de 20 anos, na reunião Intergovernamental Sobre Política Cultural Para O Desenvolvimento, em Estocolmo, a UNESCO recomendou aos países fazerem da Política Cultural um dos elementos chave do desenvolvimento, promovendo a criatividade e a participação na vida cultural, reforçando, assegurando e ampliando a política de proteção ao ...]]> <![CDATA[

Por Regina Márcia Moura Tavares

<www.reginamarciacultura.com.br>

 

Há mais de 20 anos, na reunião Intergovernamental Sobre Política Cultural Para O Desenvolvimento, em Estocolmo, a UNESCO recomendou aos países fazerem da Política Cultural um dos elementos chave do desenvolvimento, promovendo a criatividade e a participação na vida cultural, reforçando, assegurando e ampliando a política de proteção ao patrimônio cultural, informando sobre a diversidade cultural e linguística dentro das comunidades e na sociedade como um todo e, finalmente, disponibilizando mais recursos técnicos e financeiros para o desenvolvimento da Cultura.

Num momento em que está em discussão o nome do novo ocupante da Secretaria da Cultura, no atual governo da nação, penso ser útil discorrer, mesmo que superficialmente, sobre conceitos fundamentais para uma consistente Ação Cultural num país, num estado, numa cidade.

A Cultura, em seu sentido sócio-antropologico, é o conjunto dos modos de fazer, sentir e pensar que cada população cria e que orienta seus comportamentos ao longo de gerações. Constitui-se numa elaborada rede de significados para o enfrentamento da sobrevivência física e social de um agrupamento humano, num determinado habitat.

Ao contrário do que se pensa comumente, a Cultura não é um produto exclusivo das elites econômicas ou do saber de uma dada camada da sociedade e, muito menos, somente as expressões artísticas de uma sociedade; ela é um todo complexo produzido pela coletividade o qual se expressa nos valores que orientam os comportamentos, a economia, o direito, a religiosidade, a própria arte, assim como outros aspectos da vida social, apresentando-se diferente em sociedades geograficamente diferentes, em extratos sociais diversos.

A Cultura permeia toda a existência humana e é ela que, de formas variadas e em todas as direções consolida, como num caleidoscópio, a vida inteligente do Homem, sua capacidade de estabelecer relações, de transferir experiências, de construir sempre um novo futuro. Através da escola os indivíduos têm contato com recortes específicos da cultura de uma sociedade, mas não com ela em sua totalidade. O restante do conteúdo cultural de uma dada sociedade chega ao indivíduo através do espaço familiar, dos grupos de amizade, das atividades lúdicas, das artes em geral, dos “mass mídia”.

O Patrimônio Cultural de uma dada sociedade é algo dinâmico e variável pela própria natureza do processo que o produz e preservá-lo não deve significar jamais “engessá-lo” ou “congelá-lo”; porém, oferecer oportunidades e espaços onde o processo da produção cultural seja percebido, analisado, compreendido, transformando-se em referencial necessário ao próprio reconhecimento da identidade pessoal e coletiva, bem como sustentação para a Criatividade necessária ao advento do futuro.

Se as sociedades mundiais já partilham de um acervo comum de conquistas tecnológicas, e estão criando uma comunidade cultural planetária, tal acontecimento não é suficiente para torna-las idênticas; cada qual deverá manter suas características próprias determinadas pelos caminhos evolutivos que trilhou, sendo exatamente essa diferença que a fará atraente e potencialmente capaz de desenvolvimento endógeno.

Tem-se, pois, que a Criatividade humana é a condição “sine qua non” para a continuidade da espécie, através dos séculos e milênios. Porém, o gênio criador do “Homo Sapiens Sapiens” necessita permanentemente ser estimulado para que possa dar respostas adequadas às necessidades que emergem no seu fazer histórico, pois é sempre diante da necessidade, da solicitação iminente que o pensamento humano avança além das fronteiras conhecidas.

 A Política Cultural a ser desenvolvida por um governo deverá ser, sempre, um conjunto de medidas que possam garantir a progressiva realização das potencialidades dos membros da coletividade, dentro de um processo de desenvolvimento, priorizando a preservação do patrimônio e memória culturais, a defesa da identidade cultural, a democratização do o a valores culturais e a criação de condições para a estimulação da Criatividade no seio da população. Ao Estado não compete, absolutamente, produzir Cultura, mas criar incentivos e condições que viabilizem a preservação das múltiplas facetas daquela produzida pelos vários segmentos sociais em seu interior. Ao Estado compete o papel de facilitador e articulador político para que a produção própria do seio da sociedade possa expandir-se.

Parece-me importante lembrar que o responsável pela condução de uma Política Cultural deverá buscar um diálogo permanente com as pastas da Educação, da Saúde, do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio, para que os conteúdos culturais múltiplos da sociedade sejam devidamente evidenciados, priorizados e resguardados.  Tal colocação justifica-se pelo fato de estar muito ao gosto das elites dirigentes somente a valorização e a preservação do que chamaríamos de “belos”, “exóticos”, “raros”, “artísticos” exemplares da ação humana, assim como a promoção insistente e indiscriminada das expressões culturais que já estão no mercado, reforçadas pela mídia eletrônica e a imprensa, como os espetáculos que uniformizam o gosto e a sensibilidade de milhões de cidadãos.

Finalmente, será sempre enriquecedor para o condutor de uma Política Cultural Governamental oportunizar debates nacionais, regionais, locais, envolvendo Universidades, Centros Culturais, Museus, Associações comunitárias, de classe e outros, com vista à incorporação de conhecimentos já produzidos e a melhoria do seu próprio desempenho.

 

Regina Márcia na sessão de autógrafos da Cartilha de Educação Patrimonial na Casa de Vidro (Foto Martinho Caires)

Regina Márcia na sessão de autógrafos da Cartilha de Educação Patrimonial na Casa de Vidro (Foto Martinho Caires)

 

 

Regina Márcia Moura Tavares é antropóloga, professora universitária aposentada e membro de inúmeras associações culturais nacionais e internacionais.

 

 

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Unicef desenvolve operação especial pelas crianças venezuelanas no Brasil 2h1h6s /arquivos/16595 /arquivos/16595#comments Mon, 30 Dec 2019 18:46:28 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=16595 <![CDATA[No período de 2015 a agosto de 2019, o Brasil recebeu mais de 210 mil solicitações de refúgio e de residência temporária de venezuelanos. A maior parte dessa migração ocorre pela fronteira norte do país, em Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, a capital do Estado. Considerando esse fluxo gigantesco, ...]]> <![CDATA[

No período de 2015 a agosto de 2019, o Brasil recebeu mais de 210 mil solicitações de refúgio e de residência temporária de venezuelanos. A maior parte dessa migração ocorre pela fronteira norte do país, em Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, a capital do Estado. Considerando esse fluxo gigantesco, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) desenvolveu uma operação especial, para atender às crianças venezuelanas em Roraima e outros estados.

Um escritório do Unicef foi estruturado em espaço cedido pela Universidade Federal de Roraima, em Boa Vista. A partir dessa base operacional, o Unicef desenvolve ações como a participação nos Grupos de Trabalho (GT) intersetoriais montados para atender ao fluxo migratório, estando na coordenação do GT de Educação e Proteção e liderando o Comitê de Água, Saneamento e Higiene.

De acordo com a própria organização, até setembro de 2019, quase 3 mil crianças entre 6 meses e 5 anos de idade receberam suplementação nutricional para prevenção de desnutrição. Além disso, 500 mulheres grávidas e lactantes foram atendidas com tabletes de micronutrientes (incluindo ferro e ácido fólico).

“As equipes de nutricionistas, enfermeiras e monitores facilitam o o de crianças e adolescentes e gestantes à vacinação, além de realizarem atendimento primário de saúde nos abrigos, contribuindo para desafogar as Unidades Básicas de Saúde dos municípios de Boa Vista e Pacaraima. Ao todo, em 2019, o UNICEF apoiou o o a serviços de saúde e nutrição para aproximadamente 6 mil crianças. Também em 2019, cerca de 2,8 mil meninas e meninos migrantes tiveram suas vacinas atualizadas de acordo com os padrões de imunização brasileiro”, informou o Unicef, no relatório Cinco programas do Unicef que estão melhorando a vida das crianças venezuelanas no Brasil (aqui).

No setor de Educação e Proteção, o Unicef destaca que “trabalha com o Governo Brasileiro e a sociedade civil para assegurar o direito das crianças e adolescentes venezuelanos à educação e à proteção. Inicialmente operando separadamente, desde maio de 2019, os programas de Educação e Proteção da Criança do UNICEF se integraram na resposta humanitária, assegurando intervenções com mais qualidade para diferentes grupos etários e maximizando a eficiência dos recursos disponíveis. Num total de 23 espaços Súper Panas em Roraima e Amazonas (em breve também no Pará), crianças e adolescentes venezuelanas participam de atividades multidisciplinares gerenciadas por mais de 170 educadores, assistentes sociais e psicólogos”.

Nesses ambientes, meninas e meninos recebem apoio psicossocial, educação não-formal e proteção contra violência. “Alguns dos espaços operam por meio de módulos móveis e alcançam milhares de crianças e adolescentes vivendo fora de abrigos da Operação Acolhida. Os Espaços Amigáveis para Crianças e Adolescentes associam as diretrizes do programa de educação e proteção à criança para fortalecer a capacidade do sistema brasileiro de garantia de direitos infância. Nos Súper Panas, meninos e meninas retomam a rotina de aprendizagem mesmo antes de serem inscritos no ensino regular, buscando garantir o sucesso escolar”, completa o Unicef. Em 2019, mais de 8,3 mil crianças foram atendidas pelos educadores brasileiros e venezuelanos, diz a organização.

Em termos de água e saneamento, todos os meses, cerca de 7 mil pessoas são beneficiadas com esses serviços nos abrigos de Roraima. Fora dos abrigos, 680 famílias vulneráveis receberam filtros de água e orientações sobre higiene.

No setor de comunicação, o Unicef afirma que, em conjunto com parceiros, tem disseminado entre a população migrante mensagens sobre o uso seguro da água, nutrição, prevenção da violência e o a serviços básicos. Em 2019, quase 17 mil migrantes e refugiados foram alcançados com essas mensagens.

Estas foram algumas ações. Outras vêm sendo implementadas, nas áreas de Nutrição e Saúde, Água, Saneamento e Higiene (WASH – da sigla em inglês), Proteção, Educação e Comunicação para o Desenvolvimento (C4D – da sigla em inglês).

No dia 4 de dezembro o Unicef divulgou o relatório global Ação Humanitária para Crianças (somente em inglês, disponível aqui), pedindo US$ 64,5 milhões para apoiar seu trabalho em prol das crianças venezuelanas em sete países: Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Guiana, Trinidad e Tobago e Panamá.

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