Agência Social de Notícias 4n4v4 Uncategorized Notícias Wed, 11 Jun 2025 09:55:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.1.41 Campinas apresenta microflorestas para reduzir desigualdades históricas no mapa das áreas verdes 5l5l2l /arquivos/20777 /arquivos/20777#comments Fri, 28 Mar 2025 20:20:10 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[Ecodesenvolvimento]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=20777 <![CDATA[Por José Pedro Soares Martins Desigualdades históricas, na distribuição de áreas verdes em Campinas, podem começar a ser reduzidas com a implantação do projeto de implantação de microflorestas urbanas, apresentado na quarta-feira, 26 de março, pelo prefeito Dario Saadi. A Prefeitura planeja implantar 200 fragmentos de microflorestas, de 200 a 1000 metros quadrados, como parte ...]]> <![CDATA[

Por José Pedro Soares Martins 5v6w49

Desigualdades históricas, na distribuição de áreas verdes em Campinas, podem começar a ser reduzidas com a implantação do projeto de implantação de microflorestas urbanas, apresentado na quarta-feira, 26 de março, pelo prefeito Dario Saadi. A Prefeitura planeja implantar 200 fragmentos de microflorestas, de 200 a 1000 metros quadrados, como parte de um elenco de ações de enfrentamento das mudanças climáticas. O projeto encaminhado à Câmara Municipal também contempla a possível adoção de microflorestas pela iniciativa privada, assim como já acontece com as praças.

Em seus 250 anos de história, Campinas tem enfrentado muitos desafios relacionados à vegetação, que originalmente era de Mata Atlântica. O primeiro nome da cidade, Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso, deve-se justamente à floresta de domínio Atlântico que cobria toda a região. Hoje a Mata Atlântica, como bioma, está reduzida a menos de 10% do que era, mas em Campinas e região esse índice é de cerca de 5%. A destruição da vegetação nativa foi, portanto, muito maior na região.

A percepção de que há algo muito errado, de que a destruição da vegetação causa muitos problemas, para o próprio ser humano e a vida em geral, não é recente em Campinas. O primeiro número da Revista do Centro de Ciências, Letras e Artes, de 1902, foi sobre a “Devastação das matas”. O artigo citava os impactos do café e das ferrovias nas florestas de São Paulo. As denúncias foram feitas por João Pedro Cardoso, ligado ao Instituto Agronômico e inspetor do 2º Distrito Agronômico de Campinas, membro da primeira Comissão de Agricultura e Zootecnia do CCLA.

Artigo no primeiro número da Revista do Centro de Ciências, Letras e Artes, de 1902

Artigo no primeiro número da Revista do Centro de Ciências, Letras e Artes, de 1902

Ao longo do século 20, vários moradores ilustres de Campinas se dedicaram a repovoar a vegetação nos espaços urbano rural. Hermes de Souza, funcionário do Instituto Agronômico, plantou uma floresta na Fazenda Santa Elisa. Hermes plantava árvores em vários locais, por exemplo nas vizinhanças de sua residência, como na área das praças Ralph Stettinger e Augusto Cesar, na avenida José de Sousa Campos (Norte-Sul), onde hoje existe um mini-bosque.

Wolfgang Schmidt promoveu grandes plantios em  Joaquim Egídio, e por isso ganhou o Prêmio  Global 500 da ONU. Hermógenes de Freitas Leitão, professor da Unicamp, também se dedicava à proteção da biodiversidade e hoje dá nome ao Parque Ecológico ao lado do campus dessa Universidade. Quando a avenida Aquidabã estava sendo aberta, um forte movimento popular impediu que uma parte do Bosque dos Jequitibás tivesse sido derrubada. O Bosque é uma das últimas áreas remanescentes de Mata Atlântica no espaço urbano.

O certo é que, apesar dos múltiplos esforços individuais, resta pouco da vegetação nativa original no município. A Mata de Santa Genebra, doada ao município pela família que era proprietária, com a condição de sua proteção, é a área remanescente de Mata Atlântica  mais conservada, tendo inclusive a Fundação José Pedro de Oliveira para esta função. E as matas dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio fazem parte da Área de Proteção de Ambiental (APA) daquela região.

No espaço urbano, entretanto, restam poucas áreas de vegetação remanescente. Com o crescimento urbano cada vez maior, a partir sobretudo da década de 1960, tornou-se um grande desafio o plantio e a manutenção de árvores e a instalação de praças com alguma área verde no território da cidade. As áreas mais densamente povoadas, como os DICs e os Distrito de Campo Grande e Ouro Verde, ficaram praticamente desprovidas de áreas verdes urbanizadas.

 

Capa do livro de 1997, de José Pedro Martins, mostrando a desigualdade na distribuição de áreas verdes em Campinas

Capa do livro de 1997, de José Pedro Martins, mostrando a desigualdade na distribuição de áreas verdes em Campinas

Essa situação foi denunciada no livro “Campinas do Matto Grosso”, de José Pedro Soares Martins, de 1997. O livro cita a inauguração do Parque Ecológico Monsenhor Emilio José Salim, com 1,1 milhão de metros quadrados, em 1991, como a última grande área verde entregue no município pelo poder público. O Parque Ecológico é istrado pelo Estado de São Paulo.

“Mesmo com o Parque Ecológico, entretanto, ficou muito desigual a distribuição de áreas verdes urbanizadas em território campineiro. As maiores áreas – o próprio Ecológico, o Taquaral e o Bosque dos Jequitibás – estão situadas em bairros considerados nobres da cidade. O o da população de baixa renda continuou dificultado”, afirma Martins, na página 59 do livro.

O livro também cita a tese de mestrado defendida na Unicamp, pela arquiteta argentina Andrea Maria Morero, concluindo que somente 236 praças de Campinas tinham algum equipamento público de lazer. No segundo semestre de 1997, Campinas tinha 20 bosques e 1.250 praças públicas. Outra conclusão da tese da arquiteta foi que a maior parte das praças com algum equipamento de lazer estava localizada em bairros de maior poder aquisitivo.

É claro que essa situação se transformou nos últimos 28 anos. Houve maior empenho do poder público em oferecer novas áreas verdes urbanizadas para a população, por exemplo com a criação de parques lineares. Entretanto, o panorama ainda é de desigualdade no o a essas áreas e isso ficou evidente com a recente divulgação de dados da plataforma UrbVerde (USP, UFBA, UFSCar, entre outras), indicando as regiões com  riscos de ilhas de calor em Campinas.

Benefícios das microflorestas,  conforme apresentação do secretário Ernesto Paulella (Foto José Pedro Soares Martins)

Benefícios das microflorestas, conforme apresentação do secretário Ernesto Paulella (Foto José Pedro Soares Martins)

A plataforma apontou justamente áreas densamente povoadas, e com maioria de população de baixa renda, como aquelas mais afetadas pelas ilhas de calor, fenômeno que tem-se intensificado com as mudanças climáticas  globais: Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury, Jardim Santa Mônica, Vila Padre Anchieta e Campo Grande. Nestas áreas, a temperatura média é geralmente maior do que em outras regiões da cidade.

Segundo a UrbVerde, Campinas é a quarta do estado de São Paulo e a maior do interior mais vulnerável a ilhas de calor. Campinas tem oito níveis de ilhas de calor, com temperatura média de superfície de 30 graus.  Outras regiões da cidade, como os distritos de Sousas e Barão Geraldo, também são suscetíveis ao fenômeno.

Um dos propósitos do projeto das microflorestas urbanas, que acaba de ser lançado pela Prefeitura, é exatamente promover ambientes com temperaturas mais agradáveis nas áreas mais vulneráveis a ondas de calor, em grande parte aquelas com menor presença de áreas verdes urbanizadas.

Como explicou o secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, microflorestas urbanas são aglomerados de árvores mais densos que a arborização urbana ou até mesmo plantios de reflorestamento convencional. Estas microflorestas criam um ecossistema florestal em espaço pequeno, por exemplo: praças, rotatórias e pequenos espaços isolados em parques públicos. As microflorestas contribuem para a captura de gás carbônico, um  dos principais gases de efeito-estufa, e também para a proteção e mobilidade da fauna que tem desaparecido do tecido urbano.

Segundo o secretário, as mudas de árvores (essencialmente de espécies nativas, adequadas a cada região do tecido urbano) sairão  dos viveiros da Prefeitura. Educandos do sistema prisional farão os plantios. Entretanto, o prefeito Dario Saadi observou que o projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal também estipula a possibilidade de adoção de microflorestas pela iniciativa privada, como já ocorre com praças.

Dario Saadi: mudanças climáticas serão tema cada vez mais presente na agenda de Campinas e RMC (Foto José Pedro Soares Martins)

Dario Saadi: mudanças climáticas serão tema cada vez mais presente na agenda de Campinas e RMC (Foto José Pedro Soares Martins)

“As microflorestas são parte das medidas contra as mudanças climáticas que estamos preparando, mas há outras”, completou Saadi, que participou das duas últimas conferências do clima (COPs), em Dubai e no Azerbaijão. Ele também pretende participar da COP-30, em novembro, em Belém, a COP da Amazônia. Saadi lembrou que acaba de assumir a presidência do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas e que esse tema, das mudanças climáticas, também estará cada vez mais presente na agenda da RMC nos próximos anos.

O presidente da Câmara Municipal, Luiz Carlos Rossini, que tem um histórico de preocupação com a questão ambiental, afirmou na cerimônia de lançamento do projeto que o tema deve ser objeto de uma audiência pública no Legislativo, inclusive para que a questão fica mais conhecida e haja novas contribuições para a melhoria da proposta. Uma proposta que pode alterar o histórico de injustiças e desigualdades na distribuição de áreas verdes em Campinas, o que entre suas consequências provoca diferenças de temperatura em momentos de ondas de calor.

 

 

 

 

 

 

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Sebastian Marques levará teatro de bonecos de Campinas para festival na Argentina 586k5w /arquivos/13769 /arquivos/13769#comments Wed, 29 Aug 2018 13:23:42 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=13769 <![CDATA[O ator e diretor teatral Sebastian Marques, de Campinas, foi convidado pelos organizadores do 16° Festival Internacional de Títeres Kruvikas, que ocorre de 31 de agosto a 09 de setembro na cidade de Posadas – capital da província de Misiones –, na Argentina, a se apresentar no evento pela segunda vez (a primeira havia sido ...]]> <![CDATA[

O ator e diretor teatral Sebastian Marques, de Campinas, foi convidado pelos organizadores do 16° Festival Internacional de Títeres Kruvikas, que ocorre de 31 de agosto a 09 de setembro na cidade de Posadas – capital da província de Misiones –, na Argentina, a se apresentar no evento pela segunda vez (a primeira havia sido em 2008).

O festival, organizado anualmente desde 2003 pela cooperativa de trabalho artístico KoSSA NoSTRA, é um dos maiores e mais importantes festivais dedicados à arte do teatro de bonecos na América Latina. Este ano ele contará com a presença de artistas de países como Brasil, Argentina, Venezuela e Bolívia.

Sebastian Marques apresentará dois espetáculos de sua autoria: “Benditos os Beneditos” e “Ubu Rei”. O primeiro é composto por personagens clássicos, pertencentes à tradição do mamulengo nordestino – como Dona Quitéria, João Redondo, Boizinho Brincadeira e Cobra das Sete Luas, entre outros. Uma característica marcante deste estilo de teatro de bonecos é o desempenho do ator, que precisa imprimir ritmo no texto e apresentar apurado “timing” para o improviso. A língua universal do humor está presente o tempo todo num espetáculo que agrada tanto as crianças quanto os adultos.

Já “Ubu Rei”, que estreou em Campinas em 2016, é uma adaptação original de Sebastian Marques feita para a peça homônima de Alfred Jarry, escrita em 1888 e que acabaria revolucionando o teatro e influenciando movimentos artísticos como o Surrealismo e o Teatro do Absurdo. “Ubu Rei” conta a história de um homem que se torna rei após um golpe de estado e a a se utilizar da violência e da corrupção para se manter no poder. Apesar de arrancar risos em algumas cenas inusitadas, o texto pende para o drama e para a crítica política. É a primeira adaptação de “Ubu Rei” para o teatro de bonecos.

Sem apoio ou patrocínio para a viagem, Sebastian Marques e Luiz Eduardo Ferraz, produtor dos espetáculos, partem de Campinas no próximo dia 29 e se hospedam na casa de amigos em Londrina (PR). De lá vão para Foz de Iguaçu e, por fim, ao município de Posadas, na Argentina. “Temos apenas uma ajuda de custo de 500 dólares dada pela organização do evento para representar o Brasil no festival. Estamos indo com a cara e a coragem, mas com orgulho por levar o nosso teatro de mamulengo para fora do país”, diz Sebastian.

Cena de obra de Sebastian: poesia em bonecos (Foto Divulgação)

Cena de obra de Sebastian: poesia em bonecos (Foto Divulgação)

Quem é Sebastian Marques – Ator, diretor de teatro e poeta, Sebastian Marques já dirigiu e atuou em diversas peças, lançou livros como “Não Nego Cio”, dedicado a Hilda Hilst, e sempre pesquisou a cultura popular, encontrando no teatro de bonecos, mais especificamente na arte do Mamulengo, a paixão e a maneira de expressar seus anseios artísticos.

Em 2002, fundou o ponto de cultura Inventor de Sonhos, em Joaquim Egídio, onde comandou, durante dez anos o primeiro teatro de bonecos do Estado de São Paulo. Com seus bonecos viajou o sertão nordestino e a América Latina, tendo ado por países como Chile, Bolívia, Argentina e Equador. Também é fundador do O Centro de Pesquisa de Teatro de Bonecos – TB, que hoje atua de forma independente e coletiva no Vagão de Bonecos localizado na plataforma da Estação Cultura de Campinas.

A arte popular do teatro de bonecos (mamulengo), traz na essência, a representação do imaginário do povo e se alimenta das agruras, alegrias, paixões, amores, sonhos e desejos de cada um, dos que vivem à margem da sociedade “moderna” e do “o”.

O desafio das mestras e mestres de mamulengo é expressar e traduzir em palavras e emoção tudo o que um povo traz represado dentro de si. Sejam tristezas ou alegrias, cada diálogo e cada cena têm o poder de atingir quem presencia uma apresentação.

Além de buscar inspiração no quem vem do povo, o mamulengo tem, na forma como é apresentado, entremeando com os roteiros prontos, muito improviso e adequação ao meio em que são apresentados. Logo, a interação artista-público é muito comum nos espetáculos desta arte.

Saiba mais

Página do Festival no Facebook:

https://www.facebook.com/festivaldetitereskruvikas/

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Blogs ASN 191l5l O mundo está ruim para você? Em Westeros está muito pior /arquivos/11321 /arquivos/11321#comments Thu, 20 Jul 2017 13:55:45 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=11321 <![CDATA[Dani Prandi, em seu novo post (aqui) na plataforma de blogs da Agência Social de Notícias, comenta a mais recente temporada de “Game of Thrones”, grande fenômeno cultural contemporâneo. “Para resumir: sua vida está ruim, seu país está uma confusão, a violência voltou a te assombrar, seus governantes não te representam e o futuro sabe-se ...]]> <![CDATA[

Dani Prandi, em seu novo post (aqui) na plataforma de blogs da Agência Social de Notícias, comenta a mais recente temporada de “Game of Thrones”, grande fenômeno cultural contemporâneo.

“Para resumir: sua vida está ruim, seu país está uma confusão, a violência voltou a te assombrar, seus governantes não te representam e o futuro sabe-se lá como vai ser? Pois bem, em Westeros está pior”.

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Blogs ASN 191l5l Em “Paterson”, Jim Jarmush prova que tudo na vida pode ser poesia /arquivos/10893 /arquivos/10893#comments Wed, 24 May 2017 15:22:21 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Blogs ASN]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=10893 <![CDATA[Dani Prandi fala do filme “Paterson” que é todo justificado na palavra, mais precisamente na poesia. Para quem pensa que numa vida banal não pode existir poesia, o diretor Jim Jarmush apresenta um filme que prova o contrário: que em tudo pode haver poesia. Leia texto completo na plataforma de Blogs ASN. Clique aqui. “No ...]]> <![CDATA[

Dani Prandi fala do filme “Paterson” que é todo justificado na palavra, mais precisamente na poesia. Para quem pensa que numa vida banal não pode existir poesia, o diretor Jim Jarmush apresenta um filme que prova o contrário: que em tudo pode haver poesia.

Leia texto completo na plataforma de Blogs ASN. Clique aqui.

“No ir e vir de uma vida sem grandes acontecimentos, um motorista de ônibus de uma pequena e pacata cidade de New Jersey cria poemas em ‘Paterson’…”

 

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Fim de semana na Estação Cultura q5a52 ferromodelismo, miniaturas, comida de boteco, música, teatro e fotografia /arquivos/10870 /arquivos/10870#comments Sat, 20 May 2017 11:56:36 +0000 <![CDATA[Adriana Menezes]]> <![CDATA[Cidadania]]> <![CDATA[Cultura Viva]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=10870 <![CDATA[A Estação Cultura – antiga Estação Ferroviária de Campinas – está cheia de atrações diferentes neste fim de semana de 20 e 21 de maio – tem samba, oficina de teatro, fotografia, comida de boteco, ferromodelismo e todo aquele patrimônio histórico que já é belo por si só. Segue o roteiro divulgado pela assessoria de imprensa ...]]> <![CDATA[

A Estação Cultura – antiga Estação Ferroviária de Campinas – está cheia de atrações diferentes neste fim de semana de 20 e 21 de maio – tem samba, oficina de teatro, fotografia, comida de boteco, ferromodelismo e todo aquele patrimônio histórico que já é belo por si só. Segue o roteiro divulgado pela assessoria de imprensa para você curtir um fim de semana com diversidade cultural e custo baixíssimo.

Boteco da Estação

No sábado (20/05),  a partir das 13h, o Boteco da Estação, na Estação Cultura, recebe um dos grupos de samba mais tradicionais da cidade, o Grupo da Serrinha,  em uma animada roda de samba. O evento conta sempre com cervejarias artesanais e comida de boteco.

Ferromodelismo 

A programação do sábado na Estação tem ainda o 5º Encontro de Ferromodelismo da Região Metropolitana de Campinas, que sempre acontece na Estação Cultura. O evento promove o encontro dos aficionados por ferromodelismo de todas a idades. São 38 expositores com maquetes e produtos  para colecionadores de ferromodelismo. O público também pode conhecer durante o Encontro, das 9h às 17h, a maquete da AMFEC (Associação de Modelismo Ferroviário de Campinas), que tem aproximadamente 300 metros de trilhos assentados com duas linhas principais e  quatro pátios de manobra com controle totalmente digital, a única do Brasil instalada dentro de uma cabine de controle. Entrada gratuita.

Oficina de teatro do projeto Empondera!  Foto: Divulgação/Marcello Ferreira

Oficina de teatro ministrada pelos atores do Terraço Teatro  Foto: Divulgação/Marcello Ferreira

Estação Cultura – EmPodera!

O Projeto EmPodera! apresenta dança, sessão de curtas-metragens nacionais e  exposição fotográfica, além das oficinas de Teatro Musical,  ministradas pelos atores do Terraço Teatro.

Programação Completa:

14h às 15h – Sessão de Curtas-metragens nacionais, com temática do empoderamento feminino, na sala do relógio.

15h às 15h30  – Intervenção de Dança –  resultado da oficina de dança e percepção corporal, na plataforma da Estação

15h30 às 16h – inauguração da Exposição Fotográfica, resultado das oficinas de fotografias, no vagão de trem

16h às 17h – 2º encontro de Empreendedorismo Feminino, na sala do relógio.

Empoderamento feminino

O encerramento do Projeto EmPodera! acontece no sábado, a partir das 14h. Realizado em diferentes pontos culturais na cidade de Campinas, o projeto fez diversas ações gratuitas de produção, difusão e formação sobre o empoderamento feminino. A programação de encerramento do projeto é gratuita e aberta para toda a comunidade, iniciando com uma sessão de curtas metragens que acontecerá na “sala do relógio” da Estação. No vagão do trem, acontecerá a inauguração da exposição fotográfica, resultado dos ensaios fotográficos realizados durante as oficinas de fotografia do projeto. As oficinas foram ministradas pela fotógrafa Cintia Antunes. Para finalizar, haverá o segundo encontro sobre Empreendedorismo Feminino, com a mediação da produtora cultural e figurinista Anna Kühl, na sala do relógio. O projeto foi contemplado pelo ProaC.

Oficina do projeto Empondera!  Foto: Divulgação/Kora Prince

Oficina do projeto EmPodera! Foto: Divulgação/Kora Prince

Teatro

Também no sábado, das 8h às 13h, na Estação Cultura, tem o projeto “Oficinas de Teatro Musical”, que oferece oficina de teatro, música e dança em Campinas. As atividades são gratuitas. Os interessados podem se inscrever através do link www.teatromusical.3sprojetos.com.br/inscricoes/  ou  https://portalcultura.campinas.sp.gov.br/editais/2017-oficina-teatro-musical .

Durante a oficina, os alunos vão desenvolver técnicas iniciação teatral, musical e de dança que trabalham ritmo, respiração e voz, além de atividades de autoconhecimento do corpo e de estímulo à criatividade e improvisação. O objetivo é despertar a sensibilidade e as intuições que têm a ver com o universo imaginário do teatro. O projeto foi contemplado pelo ProaC.

Miniaturas

No domingo (21/05), o CDC (Campinas Diecast Collectors) promove a 40ª Edição do “Encontro de Colecionadores de Miniaturas de Campinas e Região”, das 8h30 às 14h. Um dos mais importantes da categoria, o evento recebe em média 70 expositores/colecionadores, cerca de 40.000 miniaturas, com muita variedade, qualidade e raridade. Participam expositores/colecionadores, de São Paulo e de toda a região. Dentro do evento acontecerá, também, a terceira edição do Concurso de Customização de Miniaturas Campinas Diecast Collectors, para aqueles que gostam de usar toda a criatividade para modificar uma miniatura já existente. Entrada gratuita.

Foto de Fabio Barella em exposição na Estação

Foto de Fabio Barella em exposição na Estação Cultura

Exposições

Além da exposição  que acontecerá no vagão, promovida pelo EmPodera!, as galerias da Estação Cultura recebem o artista Fabio Barella que apresenta intervenções com seu trabalho fotográfico desde 2017.  “Até o momento – Estação Cultura 2017″ traz três os ensaios  DWYS2,  Enterrados e Cores interiores, que se interligaram nas instalações.

Estação Cultura – Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n, Centro – Campinas (Estacionamento gratuito com entrada pela Vila Industrial, na Rua Francisco Teodoro, 1050).

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Carlinhos Campos conta (e canta) o Segredo de arinho nesta quinta no SESC 711pm Campinas /arquivos/9113 /arquivos/9113#comments Wed, 26 Oct 2016 13:07:37 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Cultura Viva]]> <![CDATA[Música]]> <![CDATA[Uncategorized]]> <![CDATA[Carlinhos Campos]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=9113 <![CDATA[“Segredo de arinho”, primeiro disco autoral do compositor Carlinhos Campos, será lançado nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, às 20h30, no SESC Campinas. Sob a direção musical de Zé Esmerindo e Diogo Nazareth, o show reunirá músicos e parceiros de Campinas e região. O disco está sendo lançado em 2016 com o apoio do Fundo ...]]> <![CDATA[

“Segredo de arinho”, primeiro disco autoral do compositor Carlinhos Campos, será lançado nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, às 20h30, no SESC Campinas. Sob a direção musical de Zé Esmerindo e Diogo Nazareth, o show reunirá músicos e parceiros de Campinas e região. O disco está sendo lançado em 2016 com o apoio do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC, da Secretaria Municipal de Cultura.

Neste disco as composições de Carlinhos Campos dialogam com a tradição da canção brasileira, principalmente de Minas Gerais, terra natal do compositor. As influências mineiras vão além da música e aparecem também na “Suíte das Gerais”, com três canções inspiradas na obra literária de Guimarães Rosa.

Este show, tal qual o disco, conta com a participação de diversos músicos, arranjadores e intérpretes de Campinas e região e oferece um panorama da boa música local e regional. No time feminino de intérpretes estão nomes como Maíra Guedes, Mônica Albuquerque, Manu Saggioro, Nina Neder, Laine Carvalho, Daniela Lasalvia. No elenco de intérpretes masculinos estão Alexandre Freire, Paulo Ohana, Alê Carmani, o próprio Carlinhos e Zé Esmerindo, que ao lado de Diogo Nazareth assina a direção e a produção musical do CD e do show.

Entre letra e música, Carlinhos compõe com parceiros diferenciados, como os músicos Levi Ramiro, Diogo Nazareth, Rafael Yasuda, Bruno Levorin e Zé Esmerindo. E também com o jornalista e repórter fotográfico Adriano Rosa, o ator e mamulengueiro Sebastian Marques, o violeiro e escritor Paulo Freire e até com sua própria filha, a poeta Mariana Campos, mestre em literatura e professora de português e espanhol.

Apesar de afirmar que seu melhor papel é o de compositor, Carlinhos promete se arriscar na interpretação de algumas canções neste espetáculo, mas deixa claro que o que lhe dá mais gosto na vida é reunir esses talentos, tanto no palco como nas rodas de cantoria em sua casa no distrito de Sousas em Campinas.

“O CD Segredo de arinho traz o lavor coletivo, e é incrível como minhas composições se iluminam quando encontram vocês” (revela o compositor aos seus parceiros). “É uma revoada de arranjadores, músicos e cantos de todos os cantos. É como dizem os ditos de nossa terra: “uma andorinha só não faz verão”.

No time de parcerias de Carlinhos está a filha, a poeta e mestre em literatura Mariana (Foto Adriano Rosa)

No time de parcerias de Carlinhos está a filha, a poeta e mestre em literatura Mariana (Foto Adriano Rosa)

 

 

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Carlãozinho Lemes é o novo colaborador da plataforma de Blogs ASN 60z4l /arquivos/8755 /arquivos/8755#comments Thu, 29 Sep 2016 17:48:45 +0000 <![CDATA[Adriana Menezes]]> <![CDATA[Uncategorized]]> <![CDATA[Blog]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=8755 <![CDATA[O jornalista Carlos Alberto Lemes Pereira, mais conhecido pelos colegas da imprensa de Campinas como Carlãozinho, estreia nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, na Agência Social de Notícias como colaborador da plataforma de Blogs ASN. Com atuação em jornais de Campinas e região, Carlãozinho exerce o ofício de jornalista há 34 anos, período em que ...]]> <![CDATA[

O jornalista Carlos Alberto Lemes Pereira, mais conhecido pelos colegas da imprensa de Campinas como Carlãozinho, estreia nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, na Agência Social de Notícias como colaborador da plataforma de Blogs ASN.

Com atuação em jornais de Campinas e região, Carlãozinho exerce o ofício de jornalista há 34 anos, período em que se notabilizou pela qualidade dos seus textos e por grandes reportagens. Hoje na função de assessor de imprensa, ele revela que, apesar de feliz por sua escolha profissional, desde criança queria mesmo era ser astronauta.

A plataforma abre espaço para os novos textos de ficção de Carlãozinho e também para as dezenas de crônicas até então engavetados pelo jornalista. Ele a a compartilhar com os leitores algumas histórias que os amigos mais próximos e especialmente os companheiros de bar já conhecem.

Um pouco de melancolia, humor e memória ele promete imprimir em seus textos. “Minha maior motivação é a oportunidade e a honra de cerrar ombros, corações e copos com uma talentosa galera, a maioria amigos com quem dividi a saudosa atmosfera enfumaçada de redações deliciosamente insalubres”, diz Carlão.

A Agência Social de Notícias convida a todos a embarcarem nestas viagens, algumas delas intergalácticas, com o astronauta que garante uma verdadeira exploração do universo. Ao infinito e além!

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Museu itinerante da Língua Portuguesa mostra a origem 3za5i os caminhos e as transformações da palavra /arquivos/8592 /arquivos/8592#comments Fri, 16 Sep 2016 13:19:35 +0000 <![CDATA[Adriana Menezes]]> <![CDATA[Cultura Viva]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=8592 <![CDATA[A palavra é o objeto de apreciação do Museu da Língua Portuguesa, que abre hoje ao público em Campinas sua exposição itinerante gratuita, a partir das 14h, no Galleria Shopping. Com recursos tecnológicos de projeção e animação, terminais interativos com telas sensíveis ao toque, muito movimento e som, a Estação da Língua desembarca na cidade ...]]> <![CDATA[

A palavra é o objeto de apreciação do Museu da Língua Portuguesa, que abre hoje ao público em Campinas sua exposição itinerante gratuita, a partir das 14h, no Galleria Shopping. Com recursos tecnológicos de projeção e animação, terminais interativos com telas sensíveis ao toque, muito movimento e som, a Estação da Língua desembarca na cidade pela segunda vez.

O projeto que leva o acervo do museu às cidades do interior paulista começou a ser realizado em 2013 e 2014. Após o incêndio que destruiu o espaço físico do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no dia 21 de dezembro de 2015, a Estação da Língua teve continuidade em março de 2016 e percorreu mais  cidades paulistas. O conteúdo preservado em arquivos digitais sobreviveu na plataforma de museu itinerante. Mais de 90 mil visitantes já conheceram a exposição nas cidades de Araraquara, Santos, Registro, Sorocaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Bernardo do Campo.

Logo no o à exposição itinerante, o visitante é recepcionado por 15 poemas projetados com recursos gráficos de animação. Em seguida vai ar pela Praça da Língua, as Origens, a Grande Galeria, a Linha do Tempo e o Mapa dos Falares. No “desembarque”, o visitante conhecerá as conquistas e expansão de Portugal nos séculos XV e XVI, até chegar ao Brasil. Essa seção inclui um terminal multimídia que permite ao visitante escutar os vários sotaques do português pelo mundo.

Exposição gratuita permanece em Campinas, no Galleria Shopping, até 16 de outubro

Exposição gratuita permanece em Campinas, no Galleria Shopping, até o dia 16 de outubro

A Linha do Tempo era uma das áreas consagradas no Museu da Língua Portuguesa com a evolução do idioma no Brasil até a atualidade. O visitante segue para terminais que mostram a relação do português com outros idiomas, como as línguas indígenas e africanas, e também as influências dos imigrantes europeus.

Um em forma de quebra-cabeça apresenta um vídeo baseado em dez entrevistas especiais. A parada final destaca em projeções a presença diversificada da língua portuguesa no dia a dia do brasileiro com a apresentação de dois vídeos.

A mostra Estação da Língua ficará em cartaz no Galleria Shopping (Rodovia Dom Pedro I, Km 131,5 – Jardim Nilópolis), de 15 de setembro a 16 de outubro, com entrada gratuita.

“Campinas e região terão mais uma chance de conhecer – ou rever no caso de quem já visitou – as atrações interativas e tecnológicas do Museu da Língua Portuguesa”, afirma Antonio Carlos Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa. “A exposição é um recorte das áreas expositivas do Museu da Língua Portuguesa”, explica o arquiteto e sócio da Arquiprom Fernando Arouca, responsável pelo projeto.

“Essa parceria inédita, em um espaço amplo como o do Shopping Galleria, nos ajuda a ampliar, em vários aspectos, o nosso diálogo e o nosso relacionamento com o público de Campinas e região que há mais de dez anos acolhe com tanto entusiasmo a nossa programação”, afirma Mário Mazzilli, diretor-superintendente do Instituto FL, apoiador da exposição.

Projeto Estação da Língua  leva o museu itinerante às cidades; mais de 90 mil pessoas já visitaram

Projeto Estação da Língua leva o museu itinerante às cidades; mais de 90 mil pessoas de nove cidades paulistas já visitaram

A realização é do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura; do IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, organização social de cultura que gere o Museu da Língua Portuguesa; e da Arquiprom, proponente e produtora do projeto. O patrocínio é da FL Energia e o apoio local do Galleria Shopping.

 

A Estação da Língua

Serviço Estação da Língua em Campinas

De 16 de setembro a 16 de outubro, para o público em geral

Entrada gratuita 

Horário: De terça a sexta-feira e aos domingos, das 14h às 20h; aos sábado das 12h às 22h

Local:​ 1º Piso do Galleria Shopping​ (próximo à Livraria da Vila​ ) – ​Rodovia Dom Pedro I, Km 131​,5 – Jardim Nilópolis – Campinas – São Paulo – SP)

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Olimpíadas 36256b O chamado do atleta /arquivos/8223 /arquivos/8223#comments Mon, 08 Aug 2016 19:42:21 +0000 <![CDATA[Adriana Menezes]]> <![CDATA[Uncategorized]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=8223 <![CDATA[Por Adiana Menezes A terceira e última parte da resenha do livro “O Atleta e o Mito do Herói”, da pesquisadora Katia Rubio, jornalista e psicóloga da Universidade de São Paulo (USP), trata sobre significações, símbolos e mitos. “A intenção da autora é demonstrar como o chamado do atleta para a prática esportiva se assemelha ...]]> <![CDATA[

Por Adiana Menezes

A terceira e última parte da resenha do livro “O Atleta e o Mito do Herói”, da pesquisadora Katia Rubio, jornalista e psicóloga da Universidade de São Paulo (USP), trata sobre significações, símbolos e mitos.

“A intenção da autora é demonstrar como o chamado do atleta para a prática esportiva se assemelha ao chamado do herói pela aventura, e como esse mito sobrevive naqueles que incorporam o personagem em determinado momento histórico e como acabam por se tornar referência para outros que virão. (…) A ideia de herói, portanto, é dinâmica e adéqua-se à concepção de homem e de mundo.”

A leitura pode ampliar a visão do leitor e espectador que acompanha as Olimpíadas Rio 2016 em curso. Confira também as duas primeiras partes da resenha do livro de Katia Rubio (clique aqui para ler a primeira parte; e aqui para a segunda parte).

Resenha (3ª parte)

Significações

O mundo social é cada vez mais constituído e articulado em função de um sistema de significações. Cada sociedade “escolhe” seu simbolismo, principalmente o simbolismo institucional, aos quais subordina a ‘funcionalidade’, segundo o filósofo Cornelius Castoriadis, para o qual não é possível compreender a história humana fora da categoria do imaginário.

No livro “O Atleta e o Mito do Herói”, Katia Rubio volta a Gilbert Durand, para quem o imaginário e as grandes imagens arquetípicas produzem e são produzidas no trajeto antropológico.

Ela não fica apenas nos teóricos da Comunicação e da História ou Psicanálise. a pelos poetas brasileiros, como Vinícius de Moraes, quando fala sobre o regime diurno da imagem e a estrutura heroica. Transcreve pequeno trecho de uma composição do poetinha: “não existiria a luz se não fosse a escuridão”, ilustrando assim o regime diurno como o regime da antítese, regime filosófico da separação, da dicotomia, da transcendência que aparece na história do pensamento ocidental.

A negação da queda e a busca da ascensão vão determinar a dominante postural, de onde derivará a estrutura heroica. Os símbolos encontrados com mais frequência nessa estrutura são as armas – a flecha, o raio, a espada e o cetro – e as imagens que remetem à ascensão, à dominação de maneira viril. Existe uma necessidade heroica das armas e da luz.

Os símbolos ascensoriais representados pelo esquema da elevação e os símbolos verticalizantes são metáforas axiomáticas por excelência, afirma Katia Rubio. Daí ela parte para o regime noturno e as estruturas mística e sintética.

Símbolos e mitos

Quando fala do místico, as palavras veem de uma forma mais poética. Ela fala sobre o eufemismo, a melodia, as cores, a noite e os símbolos da intimidade. Fala de morte, sepulcro e mandala. Se na estrutura mística a musicalidade era apreendida pela melodia, diz ela, na estrutura sintética ela se dá pela harmonização, cuja função essencial é conciliar os contrários, dominar a fuga existencial do tempo. Os símbolos que constelam na estrutura sintética são cíclicos.

O modelo de “personalidade” nos dias atuais é respeitado e utilizado como referencial de projeção de alguém. Isso explica a necessidade de incorporar o mito e o herói no trabalho que ela propõe. A intenção da autora é demonstrar como o chamado do atleta para a prática esportiva se assemelha ao chamado do herói pela aventura, e como esse mito sobrevive naqueles que incorporam o personagem em determinado momento histórico e como acabam por se tornar referência para outros que virão.

Deuses e heróis

Quando finalmente chega ao herói como personagem mítico, a autora vai para a mitologia grega. Herói, afinal de contas, é o nome dado por Homero, lembra a autora, aos homens que possuem coragem e méritos superiores, favoritos entre os deuses. Para Hesíodo são filhos da união entre um deus e uma mortal ou de uma deusa com um mortal. Ainda na mitologia grega, os heróis são apontados como protetores das cidades. O herói é uma idealização (Brandão, 1999).

Mas o herói não é encontrado somente na estrutura mitológica grega. O mito do herói é o mais comum e mais antigo do mundo, reconhecido na mitologia clássica da Grécia e Roma, na Idade Média, no Extremo Oriente e entre diversas tribos contemporâneas.

O herói tem um poder de sedução dramática flagrante e uma importância psicológica profunda. As histórias de heróis variam de cultura para cultura.

Sobre as diferenças entre esses tipos heroicos, Joseph Campbell afirma: Existe um herói atípico das culturas arcaicas, que sai por aí matando monstros. É uma forma de aventura do período pré-histórico, quando o homem estava moldando o seu mundo, a partir da selvageria perigosa… O herói evolui à medida que a cultura evolui.

Assim o herói ganha novas formas e roupagens, completa Katia Rubio. Como Moisés que sobe as montanhas e traz as tábuas da lei; Jonas que é engolido pela baleia mas retorna vivo; ou Luke Skywalker, em Guerra nas Estrelas, que enfrenta o próprio pai para depois salvá-lo. O herói está em todas s mitologias.

A ideia de herói, portanto, é dinâmica e adéqua-se à concepção de homem e de mundo. Sustentar que só o personagem tipo homérico merece o adjetivo de herói significa postular uma visão de humanidade linear.

Temos, então, que a vitória sobre si-próprio é a grande propulsora do herói de todos os tempos. O mito se transforma com as mudanças da sociedade e da cultura.

Arthur Zanetti foi o primeiro brasileiro a conquistar o ouro da ginástica artística, em Londres 2012, na prova das argolas

Arthur Zanetti foi o primeiro brasileiro a conquistar o ouro da ginástica artística, em Londres 2012, na prova das argolas

Esporte e heroismo

Dentre os vários fenômenos que a sociedade moderna tem produzido para a emergência de atitudes heroicas, o esporte vem ocupando um dos lugares mais destacados. O esporte contemporâneo absorveu uma série de características da sociedade industrial moderna, como secularização, igualdade de chances, especialização, racionalização, burocratização, quantificação e busca de recorde, princípios que regem a sociedade capitalista pós-industrial e marcam hoje a prática esportiva, onde o rendimento é o princípio norteador.

O antropólogo Roberto DaMatta acrescenta que o esporte no mundo moderno tem forte ligação com aspectos da vida burguesa, como a disciplina e o fair play (que trivializa a vitória e o fracasso).

Diferente do atleta da Antiguidade, que tinha sua preparação física e atlética como um elemento da sua educação e da sua formação enquanto cidadão, cujos desdobramentos eram a preparação para a guerra e a proteção da polis, o atleta de alto rendimento hoje tem sua imagem vinculada ao espetáculo e ao lazer. Seus feitos são capazes de levar multidões a estádios e ginásios, em momentos de espetáculo, ou causar dor e comoção em casos de acidente ou morte.

Os feitos dos atletas, considerados quase sobre-humanos, somados ao tipo de vida regrada a que são submetidos contribui para a sedimentação da imagem do herói. Enquanto figura mítica, o herói representa o mortal, que transcende de sua condição e aproxima-se dos deuses em razão de um grande feito.

O atleta como metáfora do herói

Temos, portanto, o atleta de alto rendimento como uma espécie de herói.

Vivemos em um tempo em que o esporte é tido como atividade central nas sociedades contemporâneas, com um conjunto próprio de valores a serem observados e analisados.

Os produtos de mídia emergem e o público é atraído por mensagens e valores que refletem as expectativas contemporâneas, não de maneira direta e objetiva, mas quase sempre de maneira metafórica.

O novo Olimpo onde esses heróis habitam é o produto mais original do novo curso da cultura de massa. Os olimpianos fazem três universos se comunicarem: o do imaginário; o das normas; e o da informação, dos conselhos e incitações. Concentram neles os poderes mitológicos e os poderes práticos da cultura de massa.

O esporte, visto como mais um produto de consumo, precisa criar protagonistas para vender um espetáculo esperado e desejado. A consequência disso é a racionalização daquilo que ele possui de mítico.

Ela fala da gênese ao esporte contemporâneo. Visita a Grécia novamente e lembra que, para os gregos, a ginástica era uma obrigação moral, enquanto formação do corpo, dirigida a conseguir beleza e força. Segundo Sócrates, o descuido dessa obrigação era uma vergonha. Para Platão, o mais parecido com a agilidade mental era a agilidade corporal. A competição para os gregos era considerada um princípio vital.

O esporte e a atividade física chegam ao século XIX acompanhando as transformações políticas e sociais que começaram no século anterior com o Iluminismo, a Revolução industrial e a Revolução sa. Até o final do século XVIII o esporte era uma prática tipicamente aristocrática. No século XIX, na Inglaterra, o esporte ou a ser uma metáfora do jogo capitalista.

O Movimento Olímpico moderno renasceu da preocupação de universalizar a instituição esportiva. Em junho de 1894, diante de uma plateia que reunia representantes de 12 países para um congresso esportivo-cultural em Paris, o francês Pierre de Freddy, mais conhecido pelo título de Barão de Coubertin, apresentou a proposta de recriação dos Jogos Olímpicos para a capital sa em 1900, como parte das comemorações da virada do século. A proposta foi aprovada por unanimidade, mas acabou sendo antecipada para 1896, na Grécia, em deferência aos criadores dos jogos originais.

A seleção feminina de handebol é a atual campeã mundial e tem grandes chances de levar medalha nas Olimpíadas Rio 2016

A seleção feminina de handebol é a atual campeã mundial e tem grandes chances de levar medalha nas Olimpíadas Rio 2016

Entrevistas com os heróis

Na Cartografia do Imaginário Esportivo, a autora classifica os atletas em cinco categorias: Fase de iniciação, fase de ingresso no esporte, fase profissional, fase de afastamento e fase de recolhimento. Ela analisou de forma individual o universo do atleta na atualidade em diferentes momentos de suas carreiras.

Manifestando seu lado jornalista, a autora a a contar histórias de vida. Fala das escolhas, da infância, da rotina e das jornadas dos atletas. Para a fase de iniciação, entrevista uma praticante de ginástica olímpica. Sempre confrontando com os autores que lhe servem de referência.

Em outra entrevista fala de um atleta do voleibol, que na década de 1980 se transformou no segundo esporte mais praticado no Brasil, perdendo apenas para o futebol. Fala dos sacrifícios e dos custos a que precisa se submeter.

Na longa jornada empreendida pelo herói são inúmeras as provações concebidas para que se tenha a certeza de que o pretendente a essa condição possa realmente sê-lo.

O terceiro entrevistado é atleta do futebol, que tem para a cultura brasileira um significado particular. Ele mobiliza multidões, apresenta e reforça padrões de comportamento e se apresenta como um objetivo de desejo e realização profissional. Crianças e pais vislumbram no futebol a realização de um sonho que envolve fama, projeção e dinheiro.

Na Chegada à Ilha da Bem Aventurança, a autora entrevista uma jogadora de basquete que foi campeã mundial e vice-campeã olímpica, que iniciou precocemente e depois se retira das quadras para iniciar nova etapa de vida.

Para ilustrar a fase de recolhimento do atleta, ela entrevistou um esportista que conquistou os títulos mais almejados. O judô começou na sua vida por indicação terapêutica na infância.

Em suas conclusões, a autora afirma que o pragmatismo que favorece a fama caracteriza o esporte na atualidade e imprime a condição mítica de alguns atletas, racionalizando o mito, esvaziando-o de sua permanência mítica. Se antes o discurso olímpico, e a prática, eram divinos, hoje são mercantis e ideológicos, destituídos de conteúdo semântico. Quem escapa desta armadilha consegue superar o individualismo e trazer de volta os símbolos da aventura para a comunidade, “conquistando seu lugar no pódio das realizações humanas”.

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Olimpíadas 36256b O Atleta e o Mito do Herói /arquivos/8177 /arquivos/8177#comments Fri, 05 Aug 2016 18:31:24 +0000 <![CDATA[Adriana Menezes]]> <![CDATA[Comportamento]]> <![CDATA[Jogo Verde, Jogo Limpo]]> <![CDATA[Uncategorized]]> <![CDATA[Atletas]]> <![CDATA[Esportes]]> <![CDATA[História]]> <![CDATA[Olimpíadas 2016]]> <![CDATA[Rio 2016]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=8177 <![CDATA[Por Adriana Menezes As Olimpíadas 2016 já começaram. Hoje acontece no Rio de Janeiro a festa oficial de abertura, e o clima na cidade já é de festa. Para quem não está na Cidade Maravilhosa, restam as transmissões pela TV ou internet, nos canais convencionais ou alternativos. Muito mais que um espetáculo esportivo, todos nós ...]]> <![CDATA[

Por Adriana Menezes

As Olimpíadas 2016 já começaram. Hoje acontece no Rio de Janeiro a festa oficial de abertura, e o clima na cidade já é de festa. Para quem não está na Cidade Maravilhosa, restam as transmissões pela TV ou internet, nos canais convencionais ou alternativos. Muito mais que um espetáculo esportivo, todos nós sabemos que o evento é também político e social. Temos ali ampliados os problemas nacionais de segurança e violência, de má gestão e corrupção, de obras superfaturadas e inacabadas, de uso político, de desigualdades sociais, e muito mais. Mas temos também aquilo que nós somos. Sem ufanismos ou paixão cega, é preciso enxergar o que temos e o que somos. A minha torcida é para que a Olimpíada tenha a nossa cara, com erros e acertos, porque o esporte compõe o imaginário social e é também um bem cultural para a sociedade, diz Katia Rubio em seu livro “O Atleta e o Mito do Herói”.

olimpiadas rio 2016Para entrar no clima olímpico à distância, compartilho abaixo a resenha que fiz deste livro onde a autora mostra a diferença entre o esporte e uma simples atividade física. O objetivo de Rubio, jornalista e psicóloga, é compreender a constituição do imaginário do atleta. Publicado há 15 anos, o livro traz uma análise muito atualizada. A construção desse imaginário esportivo contemporâneo se dá a partir da relação entre os feitos atléticos e as façanhas heroicas da mitologia.

Uma versão reduzida e editada por Patrícia Mariuzzo foi publicada na Revista eletrônica Pré-Univesp (número 58, edição de junho. Confira aqui).

O texto que segue abaixo é a primeira parte da resenha, que dividirei em três partes.

livro capa o atleta e o mito do heroi

O Atleta e o Mito do Herói

Quem começa a ler o livro “O Atleta e o Mito do Herói – O imaginário esportivo contemporâneo”, de Katia Rubio (São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001) com a expectativa de que vai encontrar tão somente um texto sobre atletas e mitos, especificamente, vai se surpreender com uma análise que extrapola este universo esportivo e mitológico.

A leitura vai acrescentar conceitos e teorias de História, Filosofia, Comunicação e Psicologia, finalizando com um toque jornalístico onde a autora inclui depoimentos de atletas reais – sem seus nomes, mas que em alguns casos são facilmente identificados.

O estilo e o formato do texto estão muito alinhados à formação da autora, que é jornalista e psicóloga, mestre em Educação Física e doutora em Educação. Na atuação profissional, já participou do Conselho Regional de Psicologia (CRP) como conselheira titular e foi coordenadora da Comissão de Esportes da mesma entidade.

Katia Rubia desenvolve sua análise a partir de conceitos que ela apresenta de forma aprofundada e com muitas referências. Parte da premissa de que o esporte compõe o imaginário social e é também um bem cultural para a sociedade. Quando busca esclarecer o conceito de esporte, ela mostra a diferença entre esporte e uma simples atividade física.

O objetivo da jornalista e psicóloga é compreender a constituição do imaginário do atleta. A construção desse imaginário esportivo contemporâneo se dá a partir da relação entre os feitos atléticos e as façanhas heroicas da mitologia. A autora vai relacionar o regime de imagens de Gilbert Durand e o trajeto heróico de Joseph Campbell.

Joseph Campbell e sua obra “O poder do mito” servem de referência para a autora ao longo do seu trabalho. Por ser referência sobre a análise do mito, Campbell é muitas vezes citado. Para ele, mito é parte integrante e indissociável da existência humana. Os mitos têm sido a inspiração de todos os demais produtos possíveis das atividades do corpo e da mente humanos.

Na definição de Gilbert Durand (1985), o mito se configura como um relato (discurso mítico) que dispõe em cena personagens, situações, cenários, segmentados em unidades semânticas carregadas por uma crença. O imaginário, conforme Durand, é um sistema ordenador de imagens que permite compreender o modo organizador do indivíduo.

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O texto a ainda pelo conceito de Jung sobre arquétipo, que deriva da observação sistemática de que os mitos e os contos da literatura universal encerram temas bem definidos que reaparecem sempre por toda a parte.

A autora percorre uma aventura mítica, perseguindo o trajeto heroico dentro do esporte, buscando integrar elementos do universo esportivo competitivo contemporâneo em sua descrição. O esporte é tratado como uma expressão da cultura atual e como produto de comunicação de massas. Dentro desta cultura contemporânea, os meios de comunicação de massa vão exercer um papel crucial na construção do imaginário do mito.

O atleta enquanto herói constela entre figuras como Hércules, Ulisses, Jonas, sempre como o idealizador de feitos incomuns. Essa despersonalização vincula o herói esportivo ao herói arquetípico, conduzindo ao território do imaginário e todo um universo simbólico, porém desconhecido.

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