Apenas o setor industrial na Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou 1.850 demissões em maio, maior número desde que a pesquisa é realizada, em 2003. Neste cenário inquietante, estimular a economia regional é o objetivo central do evento “RMC: Desafios e Oportunidades”, que reunirá gestores e empresas na próxima terça-feira, dia 7 de julho, no Expo Dom Pedro.  A iniciativa é da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), Conselho Desenvolvimento da RMC e diretoria regional do CIESP. 171135

É prevista a participação na abertura do subsecretário de Estado de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita, e do presidente da Agência Investe São Paulo, Juan Quirós, entre outros. Todas as atividades na parte da manhã são abertas ao público.

Em seguida as “Perspectivas econômicas: cenário interno e externo” serão apresentadas pelo escritor e palestrante André Massaro, consultor de Economia e Finanças da Rádio Jovem Pan e apresentador do canal “Seu dinheiro na TV”, do Portal Exame.

Na sequência haverá a palestra de Agenor Duarte Júnior, sobre “Transparências e sinergias no setor público: uma visão de futuro”. Agenor é especialista da KPMG em projetos de remodelagem de custos no setor público Ocupa atualmente posição executiva da KPMG Advisory no escritório de Campinas e é professor de pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A parte da manhã será encerrada com palestra de Sérgio Rodrigues Costa, da Agência Investe SP, sobre “Oportunidades de investimentos em São Paulo”. Sérgio Costa é diretor de Relações Institucionais e Internacionais da Investe SP, agência do governo paulista que estimula investimentos no estado.

A tarde será reservada à Rodada de Negócios, com a participação já confirmada de várias empresas âncora de cadeias produtivas da região, como Elektro, Pastifício Selmi, Pirelli Pneus, Roberto Bosch e Singer do Brasil Indústria e Comércio. A expectativa é de geração de pelo menos R$ 2,5 milhões em negócios imediatamente. A participação na Rodada depende de inscrição prévia, no site www.ciespcampinas.org.br.

De forma paralela, haverá sete balcões de atendimento, do BNDES, Desenvolve-SP, Sebrae Regional Campinas, Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, Câmara Temática de Desenvolvimento Econômico da RMC e KPMG do Brasil Auditores Independentes.

O diretor regional do CIESP-Campinas, José Nunes Filho, diz que a indústria está “vendo com muita preocupação o cenário macroeconômico, em função de fatores como uma taxa SELIC de 13,75%, que representa um incremento da dívida pública para R$ 300 bilhões, recursos que poderiam ser investidos em áreas importantes para o país”. Mas salienta que ações como o evento de 7 de julho estão sendo promovidas visando “motivar a classe empresarial”.

A RMC, especificamente, complementa Nunes, tem “vantagens competitivas importantes”, e que permitem prever uma recuperação, com ações apropriadas envolvendo os setores público e privado. Ele cita o Aeroporto Internacional de Viracopos, o polo de ciência e tecnologia, as Universidades e o polo regional de logística, entre outros ingredientes. (Por José Pedro Martins)

Uma ação intermunicipal para prevenir a dengue e a Febre Chikungunya foi aprovada nesta terça-feira, 27 de janeiro, em reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), em Engenheiro Coelho. O Conselho aprovou a destinação de R$ 1,4 milhão do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano de Campinas (Fundocamp) para a aquisição de recursos como veículo com equipamento de som e nebulizador e para a confecção de material gráfico para ações educativas. O propósito é evitar uma epidemia de dengue como a que ocorreu em Campinas no início de 2014, com mais de 40 mil casos. A Febre Chikungunya também é transmitida pelo Aedes aegypti, o vetor da dengue.

“A Agemcamp e o Conselho da RMC priorizam o combate à dengue, somando esforços com os municípios e a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), da Secretaria de Estado da Saúde, que já realizam trabalhos preventivos”, afirmou Ester Viana, diretora executiva da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp).

Participaram do encontro em Engenheiro Coelho 13 prefeitos e quatro representantes de municípios, somando 17 dos 20 que integram a Região Metropolitana de Campinas. Também esteve presente o Subsecretário de Estado de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita. A reunião aconteceu no auditório do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).

Com o agravamento da crise hídrica no estado de São Paulo, o conjunto de 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) ampliará as ações no sentido de envolver as escolas da rede pública na reflexão sobre a importância de melhor uso da água. Vários municípios da RMC ainda estão adotando medidas de rodízio ou contenção do uso da água, em função da crise hídrica de 2014, que tende a se agravar em 2015.

A Câmara Temática de Educação do Conselho de Desenvolvimento da RMC será o fórum de discussões sobre qual proposta pedagógica será encaminhada à rede escolar da região, situada na área das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (RMC). “A RMC está atenta e vai intensificar as ações sobre o melhor uso da água”, assinala a diretora executiva da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), Ester Viana.

Os 20 municípios da RMC já estão no momento mapeando as suas nascentes, como parte de uma iniciativa da Agemcamp relacionada à crise hídrica. O propósito é recuperar as nascentes da região, muito degradadas, o que contribui para o acirramento da crise hídrica. O mapeamento deve estar concluído até março. Em seguida, serão identificadas as medidas adequadas a cada caso, para proteger e/ou recuperar as nascentes. O projeto tem tido a consultoria técnica do Dr.Rinaldo de Oliveira Calheiros, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Situação crítica – De fato, o desmatamento ciliar e o uso inadequado do solo, levando ao assoreamento e à devastação das nascentes, também contribuíram para a crítica situação dos mananciais ao longo de 2014. Isto ficou claro no estudo “APA de Campinas: Situação dos recursos hídricos da Bacia do Ribeirão das Cabras: Identificação, caracterização e georreferenciamento dos açudes, poços, represas e das nascentes da sub-bacia do Alto Ribeirão das Cabras”, realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Campinas e concluído em 2012.

O estudo verificou a situação de 145 nascentes principais e mais 12 associadas. O resultado mostrou que 77 nascentes estavam em condição Ruim, oito em condição Péssima, 15 em condição Regular e 57 em condição boa. Ou seja, cerca de 30% somente das nascentes estavam em boa situação, pelos critérios adotados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Campinas.

É importante observar que o estudo abrangeu somente a sub-bacia do Alto Ribeirão das Cabras, que é muito maior. De qualquer modo, o estudo comprovou a urgência de um uso mais racional do solo e de medidas de recuperação das nascentes, visando a proteção dos recursos hídricos na região da APA de Campinas, na RMC e em toda bacia do rio Piracicaba. (Por José Pedro Martins)