Agência Social de Notícias 4n4v4 IAC Notícias Wed, 11 Jun 2025 09:55:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.1.41 Queda recorde de árvores em 2014 indica impacto de mudanças climáticas em Campinas 3f2m57 /arquivos/1962 /arquivos/1962#comments Mon, 12 Jan 2015 19:52:42 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Campinas 250 anos]]> <![CDATA[Ecodesenvolvimento]]> <![CDATA[IAC]]> <![CDATA[Impacto das mudanças climáticas em Campinas]]> <![CDATA[Impactos das mudanças climáticas no Brasil]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=1962 <![CDATA[Campinas teve uma queda recorde de árvores em 2014, ano em que houve uma importante redução no volume de chuvas, mas com momentos de precipitação e ventos mais intensos. Um claro indicador do impacto das mudanças climáticas na cidade. As condições de seca extrema vêm sendo identificadas pelo Instituto Agronômico (IAC), que monitora as condições climáticas na ...]]> <![CDATA[

Campinas teve uma queda recorde de árvores em 2014, ano em que houve uma importante redução no volume de chuvas, mas com momentos de precipitação e ventos mais intensos. Um claro indicador do impacto das mudanças climáticas na cidade. As condições de seca extrema vêm sendo identificadas pelo Instituto Agronômico (IAC), que monitora as condições climáticas na cidade desde 1890. 5v202j

Em 2014 foram identificadas pela Defesa Civil 495 quedas de árvores em Campinas, um recorde na história recente na cidade. Foi quase três vezes o total de 2013, de 172 quedas de árvores, e quase o dobro de 2012, quando foram verificadas 255  quedas.

A Região Leste, compreendendo bairros arborizados como Taquaral e Cambuí e distritos de Sousas e Joaquim Egídio, teve o maior número de quedas de árvores em 2014: foram 162. Em segundo lugar ficou a Região Norte (Distritos de Barão Geraldo e Nova Aparecida e Região Amarais), com 140 quedas.

O número excepcional de quedas de árvores em Campinas em 2014 aconteceu mesmo considerando o baixo volume de chuvas no ano. Choveu pouco mais de 700 mm na cidade no ano ado, aproximadamente a metade da média anual, de 1479 milímetros.

Entretanto, houve “episódios climáticos severos”, como nota o Diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado Fernandes, como as chuvas concentradas em poucos dias no final do ano, além de ventos intensos em alguns momentos. Segundo o Cepagri, o total de chuva registrado entre 23 e 24 de dezembro na estação meteorológica da Unicamp está entre os cinco maiores volumes diários já registrados: 18 de fevereiro de 2003, 104,8 milímetros (mm); 02 de outubro de 2001, 110,4 mm; 11 de março de 1999 = 107,6mm e 25 de dezembro de 1997 = 126,5 mm. Choveu 91 milímetros em um só dia e 172 mm em um período de três dias.

Na opinião do dirigente da Defesa Civil, pode ser um sintoma das mudanças climáticas, para as quais os municípios devem se preparar cada vez mais. Desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e resiliência são, de fato, o grande tema mundial da Agência das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres nos próximos anos, nota Sidnei Fernandes, promotor no Brasil da Campanha Mundial para Redução de Desastres.

Monitoramento do IAC –  Desde 1890 o Instituto Agronômico (IAC) monitora as condições climáticas em Campinas, mantendo, por isso, um dos arquivos mais completos do setor no Brasil. Foram vários episódios climáticos extremos registrados em 2014 pelo IAC.

Já no dia 1º de fevereiro os termômetros registraram uma temperatura máxima de 35,3ºC, a mais alta desde fevereiro de 1956, quando foi apurada uma máxima de 35,2ºC.

Ainda segundo o IAC, o período de outubro de 2013 a março de 2014 foi o mais seco em 123 anos de estudos pelo Instituto. Do mesmo modo, o período de janeiro a março de 2014 foi o segundo mais seco apurado pelo IAC desde 1890. Os dados completos de 2014 estão sendo processados.

A rede meteorológica do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGO), do IAC, monitora as condições hidrometeorológicas em mais de 150 pontos no Estado de São Paulo.  Essa estrutura fornece dados atualizados a cada 20 minutos, a cada hora e totais diários dos diversos elementos meteorológicos, em especial: chuva, temperatura do ar e umidade relativa.

Remoção de árvore mobilizou várias equipes e recursos da Prefeitura

Remoção de árvore mobilizou várias equipes e recursos da Prefeitura

 

 

 

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RMC terá mapeamento e recuperação de nascentes como ferramenta na crise hídrica 2a2z32 /arquivos/1631 /arquivos/1631#comments Sat, 13 Dec 2014 13:35:35 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[RMC - Região Metropolitana de Campinas]]> <![CDATA[Bacias PCJ]]> <![CDATA[Crise hídrica São Paulo]]> <![CDATA[IAC]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=1631 <![CDATA[A Região Metropolitana de Campinas (RMC) deflagrou nesta semana um programa que resultará no mapeamento das nascentes nos 20 municípios, visando a sua recuperação e proteção, como uma das ferramentas contra a crise hídrica que afeta grande parte do estado e do país. A discussão sobre a recuperação das nascentes, fundamental para a revitalização dos mananciais, levou a ...]]> <![CDATA[

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) deflagrou nesta semana um programa que resultará no mapeamento das nascentes nos 20 municípios, visando a sua recuperação e proteção, como uma das ferramentas contra a crise hídrica que afeta grande parte do estado e do país. A discussão sobre a recuperação das nascentes, fundamental para a revitalização dos mananciais, levou a uma inédita aproximação entre a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) e a Agência das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Agência PCJ).

O programa começou com um workshop  nesta quinta e sexta-feira, 11 e 12 de dezembro, coordenado pelo Dr.Rinaldo de Oliveira Calheiros, pesquisador do Centro de Ecofisiologia e Biofísica do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que apoia a iniciativa. Cada um dos 20 municípios da RMC indicou dois técnicos, preferencialmente das áreas ambiental e/ou agrícola, para participar do workshop, no qual o Dr.Rinaldo apresentou caminhos para a recuperação e proteção de nascentes.

O pesquisador do IAC expôs aos técnicos das Prefeituras as linhas de gerais de uma ação que já está coordenando, de recuperação das nascentes em Nova Odessa, que funcionará como uma espécie de projeto-piloto para o programa metropolitano. Em Itatiba também está em curso um projeto mais ou menos semelhante.

Na quinta-feira, o Dr.Rinaldo expôs conceitos e questões teóricas. Ontem, sexta, os técnicos dos municípios foram a campo, verificar in loco como poder ser recuperadas nascentes de uma microbacia hidrográfica.

Após a capacitação, os técnicos voltarão aos seus respectivos municípios, onde iniciarão, com equipes locais, o mapeamento das nascentes nas microbacias, formadoras, por sua vez, da bacia do rio Piracicaba, onde a maior parte do território da RMC está localizada. O mapeamento ficará pronto entre fevereiro e março, quando será iniciado então o planejamento de estratégias e ações para cada uma das situações.

Dr.Rinaldo, do IAC, coordenador técnico das ações deflagradas pela Agemcamp e Conselho de Desenvolvimento da RMC

Dr.Rinaldo, do IAC, coordenador técnico das ações deflagradas pela Agemcamp e Conselho de Desenvolvimento da RMC

O Dr.Rinaldo explicou que o conjunto das nascentes na RMC apenas pode ser recuperado integralmente a médio prazo. Entretanto, notou que, com simples ações, visando o desassoreamento, muitas nascentes “já começam a produzir água a curto prazo”. As nascentes são essenciais para a alimentação do lençol freático que, por sua vez, ajuda a manter as vazões dos rios.

A recuperação e conservação das nascentes é determinante para a sustentabilidade dos recursos hídricos em uma bacia hidrográfica. No caso das bacias PCJ, é essencial, mesmo com a projetada construção de duas grandes barragens, nos rios Jaguari e Camanducaia.

“Cada nascente está em uma situação diferente da outra. É preciso caracterizar para definir as ações e estratégias”, explicou. O certo é que, por estudos já realizados e pelo relato de técnicos e mesmo de pequenos proprietários agrícolas, grande parte das nascentes da região está assoreada.

Prefeito Jaime Cruz: aproximação entre o político e a ciência

Prefeito Jaime Cruz, de Vinhedo: aproximação entre o político e a ciência

Situação crítica - De fato, o desmatamento ciliar e o uso inadequado do solo, levando ao assoreamento e à devastação das nascentes, também contribuíram para a crítica situação dos mananciais ao longo de 2014. Isto ficou claro no estudo “APA de Campinas: Situação dos recursos hídricos da Bacia do Ribeirão das Cabras: Identificação, caracterização e georreferenciamento dos açudes, poços, represas e das nascentes da sub-bacia do Alto Ribeirão das Cabras”, realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Campinas e concluído em 2012.

O estudo verificou a situação de 145 nascentes principais e mais 12 associadas. O resultado mostrou que 77 nascentes estavam em condição Ruim, oito em condição Péssima, 15 em condição Regular e 57 em condição boa. Ou seja, cerca de 30% somente das nascentes estavam em boa situação, pelos critérios adotados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Campinas.

É importante observar que o estudo abrangeu somente a sub-bacia do Alto Ribeirão das Cabras, que é muito maior. De qualquer modo, o estudo comprovou a urgência de um uso mais racional do solo e de medidas de recuperação das nascentes, visando a proteção dos recursos hídricos na região da APA de Campinas, na RMC e em toda bacia do rio Piracicaba.

Daí a relevância do programa que será implementado na Região Metropolitana de Campinas, com a provável cooperação entre a Agemcamp e a Agência das Bacias PCJ, responsável pela aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água no contexto das três bacias. Os recursos são aplicados após a definição pelos Comitês PCJ.

A diretora executiva da Agemcamp, Ester Viana, e o diretor istrativo e financeiro da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, participaram da abertura do workshop no IAC, e ambos ressaltaram a importância da iniciativa. Também presente o prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz, representando o Conselho de Desenvolvimento da RMC, que destacou a relevância da aproximação dos gestores públicos e da ciência e tecnologia produzidas na RMC, para equacionar desafios como o da crise hídrica. A crise histórica está ajudando a quebrar e gerar novos paradigmas. (Por José Pedro Martins)

Representantes das organizações parceiras reunidas no IAC: ação coletiva de perfil inédito

Representantes das organizações parceiras reunidas no IAC: ação coletiva de perfil inédito

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Pressão do setor produtivo leva a adiamento do prazo sobre restrição ao uso da água nas regiões de Campinas e sul de Minas 4hsz /arquivos/1270 /arquivos/1270#comments Wed, 19 Nov 2014 22:47:12 +0000 <![CDATA[ASN]]> <![CDATA[Ecodesenvolvimento]]> <![CDATA[ANA]]> <![CDATA[DAEE]]> <![CDATA[IAC]]> <![CDATA[Sistema Cantareira]]> http://agenciasn-br.spinforma.net/?p=1270 <![CDATA[Nesta quarta-feira, 19 de novembro, em reunião em Extrema (MG), ficou definido que será prorrogado até 1º de dezembro o prazo para que usuários de recursos hídricos das bacias dos rios Atibaia, Camanducaia e Jaguari, no Sul de Minas Gerais, apresentem sugestões para as regras e condições de restrição ao uso da água na região. Com a ...]]> <![CDATA[
Nesta quarta-feira, 19 de novembro, em reunião em Extrema (MG), ficou definido que será prorrogado até 1º de dezembro o prazo para que usuários de recursos hídricos das bacias dos rios Atibaia, Camanducaia e Jaguari, no Sul de Minas Gerais, apresentem sugestões para as regras e condições de restrição ao uso da água na região. Com a decisão, o novo prazo também a a valer para os usuários paulistas.  Nesta terça-feira, dia 18 de novembro, na reunião no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo tinham definido o prazo de 28 de novembro para os usuários apresentarem suas sugestões à proposta de restrição do uso da água nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), onde está a Região Metropolitana de Campinas (RMC).  A decisão em Extrema foi tomada pela ANA e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), responsável pelas outorgas do uso da água em Minas Gerais.
Assim como na audiência ontem no IAC, na manhã desta quarta-feira o encontro em Extrema, na Oficina Ambiental, reuniu irrigantes, indústrias e companhias de saneamento de corpos hídricos de domínio da União e de Minas Gerais na bacia do rio Jaguari. O objetivo foi discutir regras de restrição de uso na região.  As propostas de restrição do uso da água na região, concebidas pela ANA e IGAM, foram apresentadas pelo superintendente adjunto de Regulação da ANA, Patrick Thomas, e o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do IGAM, Thiago Figueiredo.
A proposta da ANA e do IGAM para o trecho mineiro da bacia do rio Jaguari a montante (rio acima) da divisa entre Minas Gerais e São Paulo é a de que seja observado o Estado de Alerta quando o rio tiver vazões acima de 2,52m³/s e menores que 5,04m³/s no ponto de monitoramento Pires. O Estado de Restrição, por sua vez, será observado em caso de vazões iguais ou menores que 2,52m³/s. Caso este cenário aconteça, haverá redução de 20% da captação do volume outorgado aos usuários ou suspensão da captação das 18h às 23h para consumo humano e dessedentação de animais.
Também foi proposta a redução de 30% a captação do volume outorgado aos usuários ou suspensão da captação das 7h às 13h para uso industrial. O mesmo percentual valerá para irrigação, mas a suspensão da captação será das 12h às 18h. No Estado de Restrição, os demais usos da água serão paralisados, exceto a aquicultura. As restrições valerão para os usuários que captam tanto abaixo de 10 litros por segundo quanto a partir desta vazão.

No caso das bacias do PCJ, a proposta que a ANA está colocando para discussão, após a contribuição dos usuários, estabelece que as novas regras para a retirada de água dos rios Atibaia e Jaguari seriam consideradas quando duas situações ocorrerem de forma concomitante: o volume disponível no sistema equivalente do Cantareira (soma dos reservatórios) for menor do que 5% do volume útil, e quando as vazões medidas nos postos fluviométricos (medição de chuvas) estiverem abaixo do de 4m³/s no alto  e baixo Atibaia, 3m³/s no rio Jaguari e 1,53m³/s  no Camanducaia. O volume útil, esclarece a ANA, é aquele localizado acima dos níveis operacionais dos reservatórios, ou seja, é retirado por gravidade, enquanto o volume morto é aquele localizado abaixo dos níveis operacionais, retirado apenas por bombeamento.

Pois a primeira condição para o acionamento das restrições em discussão já aconteceu, em função de ter sido esgotado o volume útil e desde maio estar sendo usado o volume morto do Sistema Cantareira. A proposta que ANA está apresentando para os usuários paulistas e mineiros dos dois rios indica uma redução de 20% ou suspensão da captação entre 18 e 23 horas para abastecimento ou dessedentação animal e de 30% para indústria e irrigação no volume diário outorgado, estando previstas também eventuais suspensões de captação nos dois casos (entre 7 e 13 horas para uso industrial e entre 12 e 18 horas para irrigação) quando as duas condições de restrição elencadas forem atingidas.

Para a identificação do Estado de Alerta (em que não há restrição ao uso de água) e do Estado de Restrição, serão feitas medições de vazão às segundas e quintas-feiras, em vários postos fluviométricos. As regras propostas pela ANA seguem o estabelecido na Lei Nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que determina a Política Nacional de Recursos Hídricos. Logo em seu artigo 1º, a lei federal das águas estipula que, “em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais”. O setor produtivo tem ficado particularmente preocupado com as restrições de uso da água nas bacias PCJ, em territórios mineiro e paulista.

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